“A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai e do Filho, no Espírito Santo. A sua atividade procriadora e educativa é o reflexo da obra criadora do Pai. É chamada a partilhar da oração e do sacrifício de Cristo. A oração quotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortalecem nela a caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária.” (CIC,2205)
Foi com este trecho do Catecismo da Igreja que Moysés Azevedo iniciou sua pregação que teve como base o tema central do Congresso: “Famílias, recebei o Espírito Santo!”. Não é só um pacto humano, disse ele sobre o Sacramento do Matrimônio, o Espírito de Deus vem e o eleva, e o faz capaz de amar da forma que Deus ama […]. Não faz a Família amar somente a si mesma, mas capacita a amar os outros do jeito que Deus ama. E Citando o Papa Francisco, dizia:
“No coração do cristianismo, temos esta notícia impressionante e extraordinária: quando perdes a tua vida, quando a ofereces generosamente, quando a pões em risco comprometendo-a no amor, quando fazes dela um dom gratuito para os outros, então a vida volta para ti em abundância, derrama dentro de ti uma alegria que não passa, uma paz do coração, uma força interior que te sustenta.” (Papa Francisco, 2023)
Um dos focos da pregação foi justamente o convite a que as famílias se tornem um lugar de oferecimento de si mesmos aos outros. Dizia Moysés: “O Espírito Santo vai imprimir em cada um o jeito Divino […] que é o amor, que é dom de si, que é esquecimento de si, que se doa a Deus e ao outro[…]. Famílias que se ofertam aos outros, família que sai de si mesma e se doa aos outros”. E para viver esta vida voltada para os outros seria preciso colocar no centro da Família o amor a Deus porque, continuava Moysés, “o Sacramento do Matrimônio a gente esquece, é um Sacramento de serviço, serviço a Deus e serviço ao outro.”
A motivação que fez o fundador da Comunidade Shalom foi de que as famílias se abram ao poder do Espírito Santo. E, para isso, algumas coisas seriam necessárias, entre elas a oração, o perdão, a perseverança e a esperança. Sobre a oração questionava o pregador: “Vocês rezam juntos? Vocês dialogam juntos com Deus? Rezar juntos significa render o coração diante de Deus! Como é que Deus vai ser o centro da sua família se a oração não é o centro? Vocês precisam educar os filhos de Deus na oração para que Deus seja o centro.”
E enquanto falava da vocação da família cristã à santidade, citou diversos testemunhos de famílias que buscam viver este chamando. Em uma dessas partilhas o pai dizia acerca da criação dos seus filhos:
“A cada coisa boa que nos acontece dizemos que foi Deus[…] colocamos em cada quarto um oratório. Vamos estimulando que eles se aproximem do Sagrado, dizendo sempre ‘Ele está aqui ao nosso lado’. Cultivamos com eles a oração com a Virgem Maria e sempre a amizade com os santos. Na Missa acho muito importante que os meus filhos participem comigo[…] apresento e busco apresentar aos meus filhos o Céu como o lar definitivo”
“A esperança não é passiva, ao contrário, é combativa, com a tenacidade de quem caminha rumo a uma meta segura” (Papa Francisco, 2015). Com esta frase do Santo Padre, Moysés convidava as famílias a perseverarem com paciência, mesmo em meio à dor; acreditando que no tempo certo a dor será vencida, pois ‘a esperança não decepciona’ (cf. Rm 5, 1-5). E convidava a todos a tomarem o amor como um estilo divino que o Espírito deseja fazer: “O amor se transforma em um estilo. Quando a gente está muito apaixonado isso se transforma em um estilo, mas isso precisa ser encarnado[…] vivendo para os outros.”
Uma sugestão seria ao final do artigo colocar o link do youtube para acompnhar a pregação gravada. Deus os abençoe. Shalom!