Você já ouviu falar de algum lugar em que ocorrem visões de Nossa Senhora? Já recebeu alguma mensagem no celular com possíveis locuções interiores de Jesus? Já assistiu algum vídeo com orientações a partir de uma presumida mensagem ou presumido fenômeno vindo do céu? Se já respondeu que sim para uma ou algumas dessas, provavelmente sentiu a necessidade de um posicionamento seguro da Santa mãe Igreja.
Na era das “redes sociais” tais fenômenos deixam de ser locais e passam rapidamente para a mão de quem segura um dispositivo móvel. Assim, se faz necessário um novo posicionamento que nos ajude a “julgar” e ficar com o que é bom nesse novo tempo.
O Dicastério para a Doutrina da Fé exerce esse ofício em nome e com autoridade do pontífice para o bem das Igrejas e em serviço dos Sagrados pastores, com função de governo. Ele acaba de publicar, na última sexta-feira, dia 17 de maio, as novas normas sobre presumidos fenômenos sobrenaturais que entram em vigor no dia 19 de maio, Festa de Pentecostes.
Tal posicionamento não visa inibir a dimensão sobrenatural que é viva na história da Igreja, mas promover o dom do discernimento amparando os fiéis e Bispos com um papel mais explícito do Dicastério. As normas anteriores possuíam o foco mais voltado na definição de sobrenaturalidade do fenômeno, o que poderia constranger o fiel que não é obrigado a crer nas revelações.
Além disso, o fenômeno poderia receber um juízo definitivo que, com o tempo, não era comprovado ou seria purificado por fraquezas humanas, abusos, espírito de divisão e erros doutrinais que comprometem o fenômeno, mesmo que houvesse o caráter sobrenatural inicial ou sobreposto. Tais fatos precisam de maior clareza por parte dos nossos pastores e podem se encaixar em diversas categorias que auxiliem os fiéis, para além do categórico “é sobrenatural”.
As novas normas preveem a avaliação da ação Divina, conformidade com a fé, frutos espirituais e a advertência aos fiéis sobre os perigos potenciais. Não serão mais declarados a sobrenaturalidade do fenômeno, mas os sinais positivos e negativos que incentivem, ou não, a devoção e as peregrinações com a devida prudência.
Dessa forma, após análise do Dicastério em comunhão com a Igreja Local e suas comissões, são seis possibilidades ao final do discernimento:
1- Nihil Obstat:
2- Prae oculis habeatur:
3- Curatur:
4- Sub mandato:
5- Prohibetur et obstruatur:
6- Declaratio de non supernaturalitate:
Que grande graça de paternidade espiritual recebemos da Igreja nesse Pentecostes! Somos incentivados apermanecer na escuta do Espírito, mas aplicando o discernimento que vem Dele, para não sermos confundidos nem manipulados, crescendo na virtude da prudência e amparados por nossos pastores.
>> Acesse o documento na íntegra.
Participe da Escola de Oração, Cura e Aconselhamento
A Comunidade Shalom lança a primeira edição da Escola de Oração, Cura e Aconselhamento que acontecerá a partir do dia 03 de junho no formato virtual e abordará temas como discernimento dos espíritos, oração por cura e libertação, dom de sabedoria, ciência no aconselhamento, dom de cura física, cura interior e cura nas gerações.
As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pela plataforma de vídeo Shalom Play.
Serviço:
Escola de Oração, Cura e Aconselhamento
Início das aulas: 03 de junho
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Mais informações: grupo do Whatsapp
Por Leandro Rua