Pela primeira vez, um pontífice irá participar da reunião de cúpula do G7 , que acontecerá de 13 a 15 de junho em Puglia. O Papa Francisco viajará na próxima sexta-feira, 14, e fará um discurso sobre a inteligência artificial em sessão destinada a nações convidadas para o evento.
Além de contar com os líderes dos sete países mais ricos do mundo, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a cúpula contará com a participação de países convidados que não são membros do G7, como é o caso do Brasil e da Argentina.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni agradeceu ao Papa por ter aceitado o convite e disse que sua presença dá brilho à nossa nação e a todo o G7″.
“Estou convencida de que a presença do Papa contribuirá decisivamente para a definição de um marco regulatório, ético e cultural, para a inteligência artificial”, assegurou Meloni.
Um assunto recorrente nos discursos de Francisco
Em seu discurso, o Papa irá abordar sobre os riscos e oportunidades da inteligência artificial. Esta não é a primeira vez que ele falará sobre o tema. Na mensagem deste ano para o Dia Mundial pela Paz, ele se dirigiu aos governantes e a todo o povo de Deus afirmando que:
“…a inteligência artificial deve ser entendida como uma galáxia de realidades diversas e não podemos presumir a priori que o seu desenvolvimento traga um contributo benéfico para o futuro da humanidade e para a paz entre os povos. O resultado positivo só será possível se nos demonstrarmos capazes de agir de maneira responsável e respeitar valores humanos fundamentais como a inclusão, a transparência, a segurança, a equidade, a privacidade e a fiabilidade.”
Também na Mensagem para o Dia da Comunicação, ele comentou sobre como a inteligência artificial afeta radicalmente a sociedade civil:
“…é importante ter a possibilidade de perceber, compreender e regulamentar instrumentos que, em mãos erradas, poderiam abrir cenários negativos. Os algoritmos, como tudo o mais que sai da mente e das mãos do homem, não são neutros. Por isso é necessário prevenir propondo modelos de regulamentação ética para contornar os efeitos danosos, discriminadores e socialmente injustos dos sistemas de inteligência artificial e contrastar a sua utilização para a redução do pluralismo, a polarização da opinião pública ou a construção do pensamento único.”
Além disso, de acordo com o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, na ocasião, o Santo Padre irá realizar algumas reuniões bilaterais com presidentes e chefes de Estado de algumas nações.
Com informações de Vatican News.