Meu nome é Isabella, tenho 15 anos e sou da Obra Shalom de Imperatriz; sou filha de uma postulante da Comunidade de Aliança, meu pai e meu irmão são vocacionados e posso dizer que é uma grande alegria, um sim feliz!
Em 2020, quando a pandemia começou, tudo mudou de uma hora para outra. As escolas fecharam e, de repente, eu não podia mais ver meus amigos e familiares. Eu me sentia sozinha. Foi nesse período que, com apenas 11 anos, tive minha primeira experiência com Deus e, na época, eu nem imaginava o quanto isso ia mudar tudo em minha vida, a partir dali tudo mudou, tudo era muito novo para mim: novas pessoas, novos hábitos e uma nova vida. Tive a graça de participar de um seminário de vida no Espírito Santo presencial em novembro de 2020, o primeiro depois de muitos online.
Aos 15 anos de idade e há quatro anos na Obra Shalom, Isabella é a mais nova no grupo jovem mais antigo da Missão de Imperatriz (MA).
No meu primeiro dia do seminário, eu não sabia o que esperar, mas confesso que estava com o coração fechado e só tinha ido por uma grande insistência por parte do meu irmão que na época já era da Obra e minha mãe. Durante todo o seminário, a cada pregação eu ia descobrindo algo novo, ia descobrindo um amor que me amava incondicionalmente, amor esse que não me tirava nada, pelo contrário, Deus me dava tudo!
No fim do seminário, eu estava muito alegre e me encontrava extremamente ansiosa para o reencontro que seria no sábado seguinte. Aquele dia foi muito marcante para mim. Mas, durante toda a semana, eu ia tendo uma grande relutância em ir pelo fato de que tinha apenas 11 anos e a maioria dos jovens que participavam tinham de 15 pra cima, eu me perguntava como eu ia me sentir em meio a tantas pessoas mais velhas, por fim resolvi ir.
Cheguei lá e teve aquela acolhida de costume que faz você nem querer passar da porta de tanta vergonha mas, de já eu me sentia muito alegre porque aquele pessoal era muito doido e alegre, uma alegria extremamente contagiante. Na animação, eu já não tinha tanta vergonha e até dancei. Depois disso, eles falaram sobre o grupo de oração e explicaram tudo, fui muito alcançada pela vida de todos os irmãos da Comunidade que estavam lá.
Cada vez que conhecia um pouco mais da Comunidade, me apaixonava um pouco mais, eu pensava que, de fato, era um carisma incrível. Quando me perguntaram se eu desejava participar, aquela relutância voltou já que os outros participantes que iam participar do grupo eram todos maiores de idade, mas eu me lembrava daquele Amor que experimentei no meu seminário e por fim resolvi participar, hoje sou muito feliz com essa escolha.
Na primeira vez que servi num seminário, eu tava muito ansiosa porque se participar era bom, imagina servir?
Dar de graça aos jovens, o que de graça recebi e ainda recebo.
Foi incrível e eu descobri que em meio a tanto cansaço em servir há sempre alegria de ofertar, alegria em vê a obra de Deus na vida dos participantes, muitas vezes não é fácil e dá vontade de desistir, muitas provações, às vezes parece que não vai dar certo, muitas ofertas que doem, mas como fala o Canto das Írias: “Vai doer, mas é amor.” E essa é a mais pura verdade.
Hoje, depois de quatro anos ainda sou muito apaixonada pela Vocação Shalom e participo do grupo Berith, na fase metanoia do Caminho da Paz, e sou muito feliz tendo em vista um único desejo: ser santa; e uma única direção: o céu!
Nesse mês da Vocação Shalom, quando olho para trás, vejo como o Shalom foi um presente de Deus na minha vida. Ele me ajudou a crescer na fé, a confiar mais em Deus.
Mesmo sendo jovem, sei que posso fazer a diferença e que Deus tem um plano especial para mim.
Com isso posso dizer com toda certeza que Deus me ama muito através da Vocação Shalom e que é possível ser jovem e buscar a santidade nas pequenas coisas.
“Recomeçar a cada dia, todos os dias; cada dia mais, todos os dias um pouco mais, até a vitória total dos esposos: Solo Dios Basta!”
Isabella Moreira Coelho
Grupo de oração Berith