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Eu sou Shalom!

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944626_633217490030626_2023905330_nSou Isaak, postulante da Comunidade de Vida na missão de Belém/PA e quero partilhar com vocês a feliz aventura que vivo com Deus e que hoje me faz estar em missão, ofertando-me inteiramente em favor da humanidade.

Muito cedo, o Senhor me separou para Ele. Aos 14 anos, fiz meu primeiro Seminário de Vida no Espírito Santo na Renovação Carismática e tive a graça de, por meio deste movimento, inserir-me na Igreja e nela permanecer, sem nunca ter me afastado. Na RCC, permaneci durante 5 anos, lá pude ver nascer meu amor pela Igreja, pelos homens e pela evangelização.

Depois da minha experiência com o Espírito Santo, nunca tive dúvida da minha identidade carismática, e, com o passar dos anos, ia aumentando no meu coração um desejo de dar a Deus algo a mais do que o que eu estava dando na RCC. Não era um sentimento de insatisfação, ao contrário, era uma satisfação tão grande em evangelização na força do Espírito que me levava a querer só aquilo. Isso se somava a um certo incomodo ao perceber que, em meio a todas as minhas atividades, eu acabava por sufocar esse anseio por dar a Deus a prioridade.

Na cidade em que eu morava do meu nascimento até os 18 anos, Acari, interior do RN, as novas comunidades são uma realidade um tanto quanto distante, por isso, até então não tinha tido contato direto com nenhuma.

Em 2012, estando eu com 18 anos, naquela fase de vestibular, curso técnico, estágio, TCC… o inesperado aconteceu: eu, que assoberbado sufocava a ação de Deus, fui alcançado de forma decisiva!

Nesse ano eu coordenava o segmento juvenil da RCC da minha paróquia, o Ministério Jovem, e competia-me organizar a caravana dos jovens da cidade para o “Bote Fé Diocesano”, no qual haveria um show com o Missionário Shalom. Conhecia poucas músicas da banda, visto que o Missionário, para mim, era mais uma das bandas que tocavam no meu mp3. Mas nesse dia, 12 de fevereiro de 2012, Deus me surpreendeu!

Ver naquele palco a Cruz da JMJ, o ícone de Nossa Senhora, ver aqueles cantores, jovens como eu, transbordarem por meio das músicas e danças uma alegria que me alcançava e causava em mim um sentimento: “É assim que eu quero ser, é desse jeito, é com essa alegria, rezando desse jeito, falando com os jovens dessa maneira, é isso que eu quero pra mim”. Lembro que, já no finzinho do show, ajoelhados diante da Cruz peregrina cantávamos exultantes a canção “Ressuscitou”. Hoje posso afirmar que ali, diante da Cruz nos dada por São João Paulo II, no colo da Mãe Santíssima, ao som da musicalidade Shalom, eu tive minha experiência pessoal com o ressuscitado que passou pela Cruz. E a partir de então, essa magnífica vocação, até então desconhecida, passou como que a me perseguir.

De tão forte que foi a experiência que vivi no show, quis ouvir todas as músicas do Missionário… depois do Davidson Silva… depois da Suely Façanha… depois dos álbuns dos primeiros tempos da Comunidade… Ouvindo as músicas fui tento meu primeiro contato com um tal “Amor Esponsal”, com um dar “tudo o que tenho e sou”, com Maria que é “Porta do Céu”, com o Deus que nos arrasta até Ele. Digo que, certamente, os elementos que constituem o Carisma Shalom foram se formando em mim a partir das canções da Comunidade.

Do amor pelas músicas veio o amor pela comunidade. Um desejo de, por meio da internet, ler as formações da Comunidade que estavam disponíveis no comshalom.org, ver pregações do Moysés e da Emmir e de quem mais tivesse veiculado a esse Shalom que me conquistava.

Aqui destaco uma pregação da Gabriela Dias no CJS de 2009, que providencialmente chegou até mim. Ao ouvir seu testemunho, que tanto me impactou, e ao vê-la falar com tanta propriedade sobre o deixar tudo para seguir a Jesus Cristo, comecei a juntar as peças do quebra-cabeça que Deus ia construindo em minha vida: aquele primeiro anseio de dar a Deus a prioridade total e absoluta, a identificação com a Comunidade que tive no show, e o Ser Shalom, ser Comunidade de Vida apresentado na pregação.

Contemplar esses e outros sinais levaram-me a uma decisão. Sem nunca ter ido a um Centro de Evangelização, sem nunca ter partilhado meu anseio com alguém que bebesse do Carisma, ainda que nunca tivesse com algum consagrado da Comunidade, eu me vi decidido: “Eu sou Shalom! Na verdade sempre fui, só não tive ainda a oportunidade de viver como Shalom. Mas eu sou Shalom, e se sou, isso me fará dar passos concretos em direção ao viver como Shalom”

Foi então que resolvi dar passos concretos. Pela internet descobri o Vocacional a Distância; partilhei minha história e iniciei o processo de discernimento no vocacional. Teria que esperar mais alguns meses, estávamos em setembro e o novo ano vocacional só começaria em abril de 2013. Só então eu saberia se tinha ingressado ou não no Caminho Vocacional. Nessa espera, continuei me dedicando à conclusão do curso, ao serviço pastoral, e, claro, a cultivar esse “novo” que Deus ia me fazendo contemplar.

Em janeiro de 2013, mais uma surpresa: eu havia sido aprovado para cursar biologia na Federal do RN, em Natal, e isso exigiria que eu me mudasse para a capital. Fiquei muito feliz com a aprovação, um sonho antigo que se realizada.  Mas, não nego, uma das minhas primeiras reações ao ver meu nome na lista de aprovados foi “Em Natal tem Shalom! Então, assim que eu chegar em Natal eu vou correr atrás do que Deus tem pra mim!”.

Quando fui a primeira vez para o Centro de Evangelização, o assunto era o Encontro Vocacional Aberto… Vi os jovens que estavam a 2, 3 anos frequentando a Comunidade inquietos com a vocação e por um instante me questionei se não seria o caso de eu permanecer no Grupo de Iniciantes que estava frequentando e seguir um “caminho comum” e só procurar o caminho vocacional no ano seguinte… foi então que Deus interviu novamente: numa carona, oferecida por uma irmã da Comunidade de Aliança que eu tinha acabado de conhecer, ela me partilhou que sentia no coração que eu deveria participar do Vocacional Aberto. Isso calou meu coração quanto a não ir ao encontro, pois, sem eu ter partilhado nada sobre o que tinha vivido antes de chegar ali, ela foi canal para Deus falar sua vontade.

Participei do encontro vocacional, procurei a Secretaria Vocacional da missão para demonstrar meu interesse, meu ingresso foi discernido, trilhei um ano de muita purificação, mas de um puro sentimento de estar na vontade de Deus. Logo cedo Deus veio confirmar que a Comunidade de Vida era o caminho da minha felicidade. Não foi fácil deixar família, projetos, a vida antiga… Mas hoje, na comunidade, percebo que Deus sempre tem bem mais pra nós do que o que nós temos para Lhe dar. E que Ele nunca se cansa de mostrar Sua Vontade para nossa vida, bastando que nós tenhamos apenas a disposição por fazer seu plano em nós se cumprir.

Que Maria abençoe esse nosso caminho de e para a felicidade.]

por Isaak Felipe de Araújo Sales

 


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