Senhor, faze de mim um discípulo e ministro de tua Paz.
Sei que dela ser discípulo é acolher a Ti, que és a Paz, e que dela ser ministro é dar-me todo como Tu, que, em mim, és Paz.
Onde houver ódio, que eu viva o amor, O amor que se expressa quando vivido, que transforma em vida a morte do desamor.
Onde houver ofensa, que eu seja perdão, pois sei que a ofensa golpeia o que sou, o que meu irmão é, e que é preciso ser perdão para nos curarmos. Onde houver dúvida, que eu construa a fé.
A dúvida da desconfiança destrói meu irmão de tal forma que somente pela fé que confia é possível reconstruí-lo. Onde houver erro, que eu liberte com a verdade.
A fofoca e julgamento aprisionam meu irmão no erro da mentira e a verdade, com o diálogo, o libertam e unificam. Onde houver desespero, que eu cure com a esperança.
O desespero é doença que corrói e desorienta e a esperança é bálsamo de renovada confiança.
Onde houver tristeza, que eu cultive a alegria, A tristeza cai e cava ferida com a rapidez de um raio que fere a terra, mas a alegria precisa ser pacientemente cultivada.
Onde houver trevas, que eu seja luz, eu que sou chamado a ser luz do mundo, luz dos corações,
e que não levarei a luz se meu coração forem trevas.
Oh Mestre, faze com que eu procure mais Consolar, que ser consolado, uma vez que ser ministro da paz é consolar sempre.
Compreender, que ser compreendido, enxergar o erro com clareza, e ainda assim acolher aquele que erra, sem restrições.
Amar, que ser amado: ser ministro da paz é amar sempre, é ser sempre terceiro.
Pois é dando que se recebe, e eu creio em Tua Vida entregue livremente e amorosamente restituída.
É perdoando que se é perdoado, e eu quero participar de Tua Vida que se dá pelo que erra.
É morrendo que se vive para a vida eterna, e eu creio em Tua Cruz que aponta o grão de trigo, caído na terra, silencioso e livremente vazio de si porque escolheu dizer “sim”’ a ser DISCÍPULO E MINISTRO DA PAZ.
Maria Emmir