"A perene juventude da igreja continua a manifestar-se também hoje: Nos últimos decênios, depois do concílio ecumênico Vaticano II, apareceram formas novas ou renovadas de vida consagrada. Em muitos casos, trata-se de Institutos semelhantes aos que já existem, mas nascidos de novos estímulos espirituais e apostólicos. A sua vitalidade deve ser ponderada pela autoridade da igreja, a quem compete proceder aos devidos exames, quer para comprovar a autenticidade da sua finalidade inspiradora, quer para evitar a excessiva multiplicação de instituições análogas entre si, com o conseqüente risco de uma nociva fragmentação em grupos demasiadamente pequenos. Nos outros casos, trata-se de experiências originais, que estão à procura de sua própria identidade na Igreja e esperam ser reconhecidos oficialmente pela Sé Apostólica , a única a quem compete o juízo definitivo. Estas novas formas de vida consagrada, que vêm se juntar às antigas, testemunham a constante atração que a doação total ao Senhor, o ideal da comunidade apostólica, os carismas de fundação continuam a exercer mesmo sobre a geração atual, e são sinal também da complementariedade dos dons do Espírito Santo. Mas o Espírito não se contradiz na inovação. Prova-o o fato de que as novas formas de vida consagrada não substituíram as antigas. Numa variedade tão grande de formas, pôde-se conservar a unidade de fundo graças ao chamamento sempre idêntico a seguir, na busca da perfeita caridade, Jesus virgem, pobre e obediente. Este Chamamento, tal como se encontra em todas as formas já existentes, assim é requerido naquelas que se propõem como novas.
Formação