Formação

Igreja tem necessidade de consagrados valentes e criativos, asseg

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Bento XVI considera que para apresentar Deus a um mundo que experimenta o impacto do hedonismo, do materialismo e do individualismo, a Igreja necessita do testemunho de castidade, pobreza e obediência dos consagrados.

Assim expôs esse sábado ao encontrar-se na Sala Paulo VI do Vaticano com oito mil religiosos, religiosas e membros dos institutos seculares, assim como das sociedades de vida apostólica da diocese de Roma.

«A Igreja tem necessidade de vosso testemunho, tem necessidade de uma vida consagrada que enfrente com valentia e criatividade os desafios do tempo presente», disse o Papa no discurso que lhes dirigiu depois que os presentes foram apresentados pelo cardeal Camillo Ruini, bispo vigário da cidade eterna.

«Ante a sede de dinheiro –continuou dizendo–, vossa vida sóbria e disponível ao serviço dos mais necessitados recorda que Deus é a autêntica riqueza que não perece».

Por último, «ante o individualismo e o relativismo, que levam as pessoas a converter-se na única norma de si mesmas», o bispo de Roma considerou que a vida fraterna dos consagrados, «capazes de deixar-se coordenar e, portanto, capazes de obedecer», confirma que eles colocam em Deus sua realização».

Deste modo, assinalou, «o consagrado vive no tempo, mas seu coração está projetado para além do tempo e testemunha ao homem contemporâneo, com freqüência absorvido pelas coisas deste mundo, que seu verdadeiro destino é o próprio Deus».

O segredo para que a vida dos consagrados converta-se em um «sinal profético» do Reino dos céus, segundo o Papa, consiste em amar a Deus com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças, antes que qualquer outra pessoa ou coisa.

«Não tenhais medo de apresentar-vos, inclusive visivelmente, como pessoas consagradas, e tentai com todos os meios manifestar vossa pertença a Cristo, o tesouro escondido pelo que haveis deixado tudo», aconselhou o pontífice.

Como síntese de sua mensagem, o Papa propôs aos consagrados assumir o lema programático de São Bento: «Não anteponhais absolutamente nada ao amor de Cristo», frase que se converteu em uma das mais citadas por Bento XVI.


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