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Santo Padre suplica misericórdia de Deus sobre nações submetidas

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Constatando a grande necessidade que a humanidade tem da misericórdia de Deus, bento XVI suplicou neste domingo que esse dom seja derramado sobre as nações que padecem o drama da violência.

De fato, a paz é o dom que Cristo ressuscitado deixou «como bênção destinada a todos os homens e a todos os povos», sublinhou o Santo Padre antes de rezar o Regina Caeli.

Bento XVI acabava de celebrar a Eucaristia deste Domingo da Misericórdia em ação de graças pelos seus 80 anos de vida e pelo segundo aniversário de sua eleição à sede de Pedro.

Antes de dar a bênção, dirigiu seu agradecimento aos concelebrantes, participantes e 50 mil fiéis e peregrinos que o acompanharam na Praça de São Pedro, no Vaticano, em um clima de alegria e festa.

Este tempo da Páscoa «não é um tempo cronológico, mas espiritual, que Deus abriu na estrutura dos dias quando ressuscitou Cristo dentre os mortos», explicou o Santo Padre.

«O Espírito Criador, infundindo a vida nova e eterna no corpo sepultado de Jesus de Nazaré, levou a cumprimento a obra da criação dando origem a uma ‘primícia’: primícia de uma humanidade nova que ao mesmo tempo é primícia de um mundo novo e de uma nova era.»

E «esta renovação do mundo pode ser resumida em uma palavra: a mesma que Jesus ressuscitado pronunciou como saudação e como anúncio de sua vitória aos discípulos: ‘A paz esteja convosco!’».

O Papa quis destacar que «A Paz é um dom que Cristo deixou aos seus amigos como bênção destinada a todos os homens e a todos os povos».

Não se trata de uma «paz segundo a mentalidade do ‘mundo’, como equilíbrio de forças, mas uma realidade nova, fruto do Amor de Deus, de sua Misericórdia. É a paz que Jesus Cristo ganhou pelo preço de seu Sangue e que comunica a todos aqueles que confiam n’Ele».

Por isso, «Jesus, em vós confio» são as palavras nas quais se “resume a fé do cristão, que é fé na onipotência do Amor misericordioso de Deus», sintetizou Bento XVI.

Depois de ter centralizado sua homilia na misericórdia de Deus, o Santo Padre voltava, assim, a aprofundar no sentido da festa deste domingo, dedicada à Divina Misericórdia por vontade de João Paulo II.

A devoção à Divina Misericórdia constitui um autêntico movimento espiritual dentro da Igreja Católica, promovido pela Ir. Faustina Kowalska (1905-1938), a quem o Papa Karol Wojtyla canonizou no dia 30 de abril de 2000.

Depois daquela cerimônia, João Paulo II anunciou: «No mundo inteiro, o segundo domingo da Páscoa receberá o nome de domingo da Divina Misericórdia».

O legado espiritual da religiosa polonesa à Igreja é a devoção à Divina Misericórdia, inspirada por uma visão na qual o próprio Jesus lhe pedia que se pintasse uma imagem sua com a legenda «Jesus, em vós confio».

Carregada pelos peregrinos, tal imagem se destacava neste domingo na Praça de São Pedro, sob um esplêndido sol.

Bento XVI confiou todos os presentes a Maria, «Mater Misericordiae», «Mãe de Jesus, que é a encarnação da Divina Misericórdia».

«Com sua ajuda — convidou –, deixemo-nos renovar pelo Espírito para cooperar na obra de paz que Deus está cumprindo no mundo e que não faz barulho, mas se realiza nos inúmeros gestos de caridades de todos os seus filhos.»

Ao cumprimentar em polonês os muitos compatriotas de João Paulo II presentes, o Santo Padre recordou que seu antecessor «confiou o mundo inteiro à Divina Misericórdia, da qual a humanidade tem tanta necessidade cada dia».

«Peçamos que este dom de Deus seja concedido sobretudo àquelas nações onde domina a humilhação, o ódio e a tragédia da guerra — acrescentou. Que o Divino Amor derrote o pecado e que o bem vença o mal.»

Com muitos aplausos se acolheu também sua saudação aos peregrinos italianos.

Ele se dirigiu «em especial aos fiéis que, por ocasião do Domingo da Divina Misericórdia, estiveram na igreja de Santo Spirito in Sassia», e foram à Praça de São Pedro para a oração do Regina Caeli.

«Alento a obra de tal Centro de Espiritualidade e invoco sobre ele a celeste proteção de Santa Faustina Kowalska e do Servo de Deus João Paulo II», expressou Bento XVI.

A igreja do Espírito Santo em Sassia (www.divinamisericordia.it) — a alguns metros do Vaticano — foi consagrada como santuário da Divina Misericórdia por João Paulo II em 1993. O lugar acolhe constantemente peregrinos do mundo inteiro.

Sobre a devoção à Divina Misericórdia existem diferentes materiais à disposição do internauta no site www.ewtn.com.


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