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Laicismo

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laico estado“Estado Laico” é o estado sem religião oficial, é o estado que convive em seu território com a mais ampla liberdade de crença e, por isso, com uma diversidade imensa de organizações religiosas.

Em primeiro lugar, cumpre ressaltar que nossa visão do bondoso estado que nos permite privadamente amar o nosso Deus e realizar nossos cultos religiosos é na verdade uma grande balela. Não somos nós os gratos servos, mas os verdadeiros donos deste território. Viver em uma democracia implica não permitir que um pequeno grupo tome para si as rédeas de nosso país e o governe da forma que quiser, reservando para nós as mais variadas formas de opressão.
O Estado não tem que permitir, ele, na verdade, não deve se intrometer em nossa liberdade. Quando grupos e movimentos sociais, levados arbitrariamente ao poder, tentam a todo custo calar a religião, demonstram claramente repúdio à democracia. O que se quer quando se tenta calar a poderosa e sábia Igreja Católica é reunir poder e controle para realizar planos perversos e dissociados da realidade custe o que custar.

Quando se ignora o debate trazido pela Igreja Católica Apostólica Romana, não só os católicos perdem, mas toda a sociedade. A própria história, quando não falseada pelo ideal marxista, pode provar isso. Após a queda de Roma, nossa igreja se viu em meio a povos bárbaros, nada mais tinha sobrado da civilização. O que restava eram grupos de homens que não se diferenciavam em nada de bestas selvagens. O império havia caído e com ele todo o mundo que havia provado da humanização do próprio homem.

A beleza, a arte, a arquitetura, a literatura, a política, a democracia, os “germens” de ideais de liberdade e direitos, tudo isso seria esquecido se não fosse o trabalho árduo de mártires e santos da nossa Igreja. Os bispos, no lugar de abandonarem-se em seus encantadores monastérios, foram à luta, encarar sozinhos exércitos inteiros de torturadores bárbaros. Clóvis, líder dos Francos, foi, por providência de Deus, convertido ao catolicismo, e a Igreja então pôde continuar seu belíssimo trabalho de evangelização, extremamente essencial para viabilizar a sociedade ocidental moderna.

Se não fosse a Igreja a ensinar os bárbaros que a civilidade nos faz sublimes e permite que nos organizemos de forma a que nenhum homem seja desprezado, não teríamos a liberdade, o direito, a caridade, o estado, a democracia e tantos outros institutos que tanto prezamos na contemporaneidade.

A Igreja, iluminada pela revelação, percebeu que o mundo tem uma ordem natural que não pode e não deve ser pervertida pelo Estado ou pela barbárie. Sem o casamento, sem o respeito à mulher, sem o fim dos duelos, das lutas entre gladiadores, sem o fim o infanticídio, sem a proibição do suicídio, nada teríamos hoje. Isso é uma realidade conhecida por quem está no poder, mas ignorada propositalmente para que o objetivo de implantar o caos revolucionário de suas mentes seja atingido.

A Igreja construiu o mundo que vivemos. Antes dela, o que tínhamos era somente a barbárie. Fechemos os nossos ouvidos ao que a Magnânima e Santa Igreja nos diz e tudo estará novamente perdido. Se nos perguntarmos o que os teóricos ateus nos trouxeram, perceberemos que a decadência de nosso mundo se deve exclusivamente ao caminho contrário à ordem natural de Deus tomado pela humanidade.

Se a Igreja nos diz: ‘sejam fieis ao matrimônio’, ‘vivam a castidade’, não faz isso sem conhecimento de causa. Se ela nos diz para não nos drogarmos é porque conhece o rosto do homem sem controle, se nos diz que o diálogo, a catequese e a promoção do homem por meio da religião são essenciais à sociedade civilizada, ouçamos essa voz, os riscos de haver prejuízos por não o fazermos serão gigantescos e terríveis.

Sejamos católicos de verdade, vistamos nossas santas vestes e façamos como o Papa Leão, saiamos de nossos mosteiros com nossa cruz à frente e encaremos Átila e seu exército de bárbaros. Atrás de nós estarão as miríades de anjos, os santos de todas as épocas, o clero, o Papa, o Deus criador do universo, o Espírito Santo e a doce Virgem Maria. Peçamos a Deus que nos ensine a sermos católicos. Leiamos a história da Igreja, percebamos como foi que agimos durante estes séculos e salvemos o que for possível salvar destas almas e deste mundo.

 

Marília Bitencourt C. Calou


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