Formação

A missão é permanente

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A V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho chegou ao fim no último dia 31 de maio. Neste domingo celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, e é uma boa ocasião para recordarmos esse grande acontecimento que a Igreja da América Latina viveu dos dias 13 a 31 últimos.

Entre bispos, presbíteros, religiosos, religiosas, cristãos leigos, membros de outras igrejas cristãs, pessoas vindas de todas as regiões da América Latina e do Caribe e representantes de todos os lugares do mundo estávamos em mais de 250 pessoas, além dos assessores, peritos e pessoal de serviço.

Essa conferência foi para refletirmos sobre a Igreja Católica em nossa região do mundo à luz do discipulado e da missionariedade, olhando com responsabilidade para os nossos povos e levando a todos Vida em abundância.

Tudo aconteceu de forma muito fraterna e muito produtiva! Ao final aprovamos 2 documentos: o chamado “Documento de Aparecida”, será enviado ao Papa, que foi quem convocou e abriu esse encontro, para que seja aprovado e depois enviado a todas as comunidades para que estudem, aprofundem e aproveitem para seus planos de pastorais.

O outro, a “Mensagem Final”, foi publicado como a palavra dos pastores para todos os povos da América Latina. Uma exortação que nos anima e nos envia para a grande missão continental, ou seja, para que “sejamos uma Igreja em permanente estado de missão”!

Tanto o documento final como a mensagem nos comprometem com essa missão, que, embora orientada e com subsídios do Celam (Conferência do Episcopado Latino-americano), será de responsabilidade das Conferências Episcopais do nosso subcontinente. Ela visa a fazer com que o discípulo enamorado e animado por Jesus vibre e anuncie a Boa Notícia a todos permanentemente.

A grande questão colocada para todos nós é que a missão não pode ser uma ocasião, um mês, ou alguns meses, nem mesmo um ano ou alguns anos – a missão deve ser permanente; devemos estar constantemente em estado de missão! Eis o grande desafio que nos é colocado e que o Documento de Aparecida e a Mensagem Final da V Conferência colocam para nós!

Para executarmos esse trabalho é necessário termos, com ânimo renovado, nossas paróquias “como comunidades de comunidades”, ou então cada paróquia ter a rede de comunidades, que, encarnadas e inculturadas em cada situação de nossa arquidiocese, estarão, no entanto, unidas formando o povo de Deus como o Corpo Místico de Cristo – Ele, cabeça e nós, os membros! Essa capilaridade deve fazer parte de nossa missão tanto para dentro de nossas comunidades, indo ao encontro daqueles que nós batizamos, como também levando o nome e a vida de Jesus para todas as pessoas, testemunhando com a nossa vida a beleza do encontro com Ele e, para que, por isso mesmo, sem fazer proselitismos, exista a atração pelo Cristo e sua mensagem.

O nosso Plano de Pastoral Arquidiocesano de uma certa forma já contempla tudo isso e já nos tem levado adiante nessa reflexão, pois partimos da realidade que vivemos e chegamos às conclusões que ora norteiam a vida pastoral de nossa Arquidiocese.

Na próxima quinta-feira, dia 7 de junho, Dia de Corpus Christi, teremos oportunidade de reafirmar a nossa unidade em meio à diversidade e de nos colocarmos juntos nessa caminhada para que a missão a que nós nos propomos encontre corações renovados e animados pela missão.

Sabemos que a nossa Festa da Unidade Arquidiocesana em torno da Eucaristia, fonte e ápice de toda a nossa vida cristã, nesta semana que vivemos a Semana da Eucaristia, é também dom de Deus para a Vida do Mundo. Eis a nossa alegria e nosso compromisso!

Com o mandato de vários ministérios nesse dia e com a consagração de todos nós ao Cristo na Eucaristia, começando pela Missa na Escadinha das Docas e continuando com a nossa procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas de nossa capital, chegaremos à Praça do Santuário para o encerramento e a bênção final.

Hoje, Solenidade da Santíssima Trindade, estamos nos encontrando com as novas comunidades no Centro de Cultura.

Faço aqui o meu convite para que todas as paróquias, comunidades, pastorais, movimentos, escolas, religiosas e religiosos, presbíteros, seminaristas, irmandades, associações, grupos e todo o povo de Deus estejam presentes nessa nossa festa de Corpus Christi! Que este momento sirva para que o trabalho que já fazemos seja ainda mais e melhor incrementado, tendo conseqüências não só na missão específica, mas também na transformação do mundo.

Nesta mudança de época que vivemos não temos tempo para divisões e necessitamos nos encontrar na unidade e no entusiasmo de nossa vida cristã. Eis a oportunidade, eis o momento propício!

Com uma bênção especial para todos!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de Belém (PA)

Fonte: CNBB


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