Formação

O Sacramento do Matrimônio

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Quando pegamos as Sagradas Escrituras nós vemos várias figuras, personagens, que nos dão a dimensão e importância que tem o matrimônio para Deus.Há livros inteiros na Bíblia que falam do matrimônio. Um deles é o cântico dos cânticos, que é um livro onde todo ele vai sendo falado, mergulhado sobre o amor do esposo com a esposa. Lá no livro tem a figura exata dos noivos e dos esposos. Nós sabemos que o livro dos Cânticos tem outra dimensão que é o casamento da Igreja com o seu esposo que é Jesus. Porém, o nosso casamento com o nosso cônjuge, o seu casamento com seu esposo, esposa, na verdade ele espalha esse amor que Deus tem por nós. Se pudéssemos pegar a dimensão do matrimônio e a mensagem de Jesus, os desígnios de Deus para nós através de Jesus e tudo o que Jesus nos dá através da Igreja em Jesus como cabeça, nós vamos perceber que um espelhou-se no outro. O nosso casamento é um espelho, um reflexo do amor de Deus por nós.

O matrimônio quando a gente pega São Paulo, Oséias, quando Deus fala para nós a figura do profeta, que havia constante desentendimento com sua esposa, percebemos que Deus quer levar o nosso casamento, o sacramento do matrimônio, para que seja vivido no Senhor. E iniciemos isso, lembrando a passagem das bodas de Caná. E Jesus está naquela belíssima festa de casamento onde já vão sete dias de festa, era assim que os judeus celebravam o casamento, e a uma certa altura acaba o vinho. Todos nós conhecemos esta passagem onde Jesus diz a Maria que não é chegada ainda a sua hora porque ela o está pedindo para solucionar o problema da falta de vinho; ela nem se importa muito com a resposta dele e se vira para os servos dizendo, fazei tudo aquilo que ele vos disser, vos mandar. E esse novo vinho que Jesus transforma vem para nos significar hoje, o sabor novo que Deus quer derramar no nosso casamento. É uma figura que sempre a Igreja traz para lembrar que no casamento pode até ter acabado o vinho, mas que, pela graça que há nele, do sacramento que existe nele, esse vinho é renovado e adquire um novo sabor. É um vinho que vem em abundância e com certeza é esse número maravilhoso de casais que estão aqui, é porque na sua vida você já provou desse vinho novo, com certeza. É isso que alegra o nosso coração, é porque vocês bebendo esse vinho que renova o matrimônio, apara as arestas, que nos faz buscar a Jesus Cristo.

Então, tudo começou lá naquele dia em que nós mulheres ficamos belíssimas vestida de branco… A maioria é assim, não é verdade? A maioria é aquela festa bonita, aquele preparo. Então tudo começou na celebração do matrimônio. O sacramento do matrimônio sempre ocorre dentro da santa missa, porque a celebração da ceia do Senhor atrai todos os sacramentos para ela. Dentro dessa missa, quando ocorreu o nosso casamento ocorreu o sacramento, na verdade quem ministrou o sacramento foi você e seu esposo. Você e sua esposa. No sacramento da penitência o ministro é o sacerdote que naquela hora representa Cristo. Porém no matrimônio quem ministra não é o padre e sim os noivos que são os ministros principais e o padre e as outras testemunhas e os convidados de uma maneira geral, estão ali para assistir e confirmar aquele sacramento. Mas o sacramento é ministrado pelos pelos noivos e daí tem uma importância fundamental do sacramento do matrimônio porque muitas vezes pode acontecer de as pessoas namorarem, noivarem, planejam casar-se, fazem mil planos para casar. Chega o dia do casamento, casam-se, constituem uma família, e muitas vezes passam a vida inteira ao longo do tempo de suas vidas ou muitas vezes passam um pouco de tempo de felicidade desfrutando daquela felicidade e começa a discórdia, e começa marido e mulher a se questionarem: será se era isso que eu queria? Não é bem assim, que estava pensando. Como fulano mudou. Ele não era assim. E muitas vezes não colocaram nem isso para fora verbalmente, mas de outras formas como intrigas, raiva… E às vezes aquilo está acumulado dentro de cada um deles. O que é que acontece? Começa desde aí, o ministro desse sacramento fui e o meu esposo. Deus é tão sábio, porque ele pede de nós que é para sempre até que a morte separe, e então desde o começo foi com a minha participação, marido e mulher ministrando aquele sacramento e ali representando a pessoa de Jesus e aí nasce a celebração do matrimônio. Porém, esse, além de ser a união entre marido e mulher para que juntos sirvam melhor a Deus, é também uma união onde marido e mulher vão gerar filhos para Deus. E na dimensão nossa aqui, o matrimônio deixa de ser a busca da minha felicidade individual e passa a ser a busca da vontade de Deus para a minha família e para os meus filhos. O matrimônio, para que aconteça de fato, tem que haver entre marido e mulher o que é chamado de consentimento. Primeiro tem que haver é o consentimento, segundo, a consumação.

O consentimento é o ato humano pelo qual marido e mulher se aceitam mutuamente dizendo aquela fórmula que todos nós já conhecemos na celebração. O casamento tem que ter esta fórmula. Fórmula que o marido diz para a esposa e essa para o marido “eu te aceito livremente como meu esposo para te amar, respeitar, na saúde, na doença, etc… Isso é o consentimento que não pode ser induzido onde não há a liberdade e a total consciência do que se está fazendo. Na hora do casamento, o sacramento é tão sério, tão profundo, que, primeiro: a Igreja instituiu que o ministro são os noivos; segundo: tem que ter esse consentimento de maneira livre. Esse consentimento produz o matrimônio, dali em diante estão casados, falta a consumação que se dá pelo ato conjugal. Só vão está casados de fato, quando tiverem o primeiro ato conjugal após o consentimento. Aí, sim, estão casados. Porque a Igreja dá o valor necessário que existe no ato sexual. Tem o seu valor primordial para a Igreja, porque o sacramento do matrimônio, é o único que existe que dá direito a uma pessoa “usar” o corpo da outra santamente. É o único que existe na Igreja, espiritualmente falando, de qualquer maneira, em qualquer linguagem que se fale, só se pode usar o corpo do outro através do sacramento do matrimônio. Usar o corpo de outro de qualquer outra forma, seria ilícito. Só podemos usar o corpo do outro através do sacramento do matrimônio, e isso é muito importante. Poderíamos agora falar um pouco da moral, dentro do matrimônio. Aí é o fundamento de tudo. Daí porque a Igreja zela pelo controle da natalidade; daí porque o papa pediu aos médicos cristãos para que encontrassem um método natural de controle da natalidade. Aí surgiu o casal australiano que nos trouxe o método de billings. Porque só o sacramento do matrimônio dá direito ao homem de usar o corpo da mulher santamente e ter prazer e vice-versa. Lógico, não ferindo a moral da Igreja, nem os outros aspectos que envolvem a sexualidade.

Então é importante que percebamos a graça, a dimensão do consentimento. Você consentiu, participou, esteve lá, aos pés do padre e disse: eu te recebo, e é para toda a minha vida! Você disse, eu disse, nós dissemos isso. Aquele padre ouviu isso em nome da Igreja, as testemunhas ouviram isso de nós em nome da sociedade. É como que algo mágico! Aquelas palavras que dissemos produziram o sacramento do matrimônio e esse, com o consentimento e com a consumação, existe para sempre. Porém, dentro do matrimônio tem o elemento essencial e a propriedade essencial. O que é o elemento essencial? São dois: primeiro casamos para ter filhos, segundo é um consórcio para toda a vida. Por exemplo, principalmente as mulheres, novas, bonitas, o corpo esbelto, e muitas talvez ouviram, eu já ouvi isso: “eu vou casar, mas vou pensar se eu vou querer ter filhos”. “Eu não quero ter filhos, nós não vamos ter filhos”. Para um casamento com esse pensamento e se persistir o pensamento, isso é um grave engano e pode ser que esse casamento não tenha existido porque de alguma maneira fere o elemento essencial ou a propriedade essencial, pode ser que o casamento nunca tenha existido. A Igreja não aceita o divórcio. O que acontece em alguns casos que são levados para o tribunal eclesiástico, e esse chega a conclusão de que não houve sacramento.

Então vamos lá. O elemento essencial, casar para ter filhos. Surje um problema de esterelidade ou coisa assim, mas, mesmo assim, há dentro do coração daqueles esposos um desejo de ter filhos. Nós casamos para ter filhos. O consórcio é para a vida toda. Não podemos, dizer de maneira leviana: “Eu vou casar, se não der certo, separo”. Pode ser que uma pessoa pensando assim e insistindo nisso, que este casamento não exista, porque eu tenho que ter consciência de que é para sempre e disse lá na Igreja que era na saúde e na doença, na alegria e na tristeza… Acontece que quando vem a primeira doença, as vezes prolongada, começa a surgir o pensamento, ah não, eu casei para ser feliz não foi para se enfermeira, e coisas assim. Mas nós dissemos lá que era na dor, na doença, na tristeza, também. Então é para sempre, até que a morte nos separe.

Tem também no matrimônio a propriedade essencial. Primeiro a unidade dentro do matrimônio tem que ser um homem e uma mulher. Não pode haver entre os dois uma terceira pessoa, ninguém, ninguém interferindo entre os dois. Não quero falar aqui na dimensão das famílias que muitas vezes interferem; sogro, sogra, irmãos, pais… Não deixem ninguém interferir no casamento de vocês. Tem que ter a unidade , nem os filhos podem interferir. Existem muitos casos de esposas quando começam a ter os filhos que esquecem o marido, porque é algo que encanta é um tesouro, é maravilhoso, algo maior que nós. Mas muitas vezes o marido fica jogado em quarto ou quinto plano. Até que aquele pimpolhinho maravilhoso deixe de ser isso e fique um pimpolhão, dando trabalho que, aí, a mãe, “fulano, você precisa dar um jeito nesse menino”. E o fulano já está para lá de Bagdá, porque enquanto aquele pimpolhinho ficou um pimpolhão, a mulher esquecia totalmente do marido. Então ninguém pode interferir entre marido e mulher, nem mesmo os filhos. Porque nós somos um, é com o esposo e esse é um, é com a esposa. Os filhos são frutos disso. Como tem lá no Salmo, os filhos são como flechas na aljava, vão ser lançados para longe. Tem que ser educados para serem homens e mulheres maduros para decidir a sua vida. Então, a propriedade essencial do matrimônio é a unidade. Mas essa unidade desse homem e dessa mulher, é no sentido de fidelidade. Por exemplo, o casal que casa e na época do sacramento, algum dos cônjuges tinha um relacionamento com outra pessoa. Relacionamento íntimo que após o casamento, persiste nessa relação isso não pode existir e acontecer porque quebra a unidade. Dentro do sacramento tem que haver essa dimensão e esse caráter da fidelidade. Esse casamento corre um sério risco de vida porque quando foi instituído o sacramento do matrimônio, quando a Igreja percebeu que existia esse elemento essencial e essas propriedades, à luz do Espírito Santo ela sabia que se não houvesse isso daí, era impossível viver aquela dimensão do matrimônio até que a morte os separe. Porque quem vai separar agora não é mais a morte , mas essa terceira pessoa. Então é a dimensão profunda que Deus quer da fidelidade. Deus mostra profundamente a fidelidade dele para a Igreja.

A outra propriedade essencial é a indissolubilidade. Se o casamento valeu diante de Deus, ele é indissolúvel.

Nada pode dissolver. E nada é nada. É tão nada, que os filósofos pararam para entender o que era o nada. E como não conseguiram entender, decifrar o nada, encontraram um nome bem bonitinho para ele, que é o niilismo. Nada é nada. Então se o casamento valeu, ele é indissolúvel, nada pode dissolver o nosso casamento. Sabe quando é que o nosso casamento se dissolve? Quando um dos dois não acredita no fundo da sua alma, que Deus dá a graça, que o casamento é indissolúvel, que eu assumi um compromisso diante da Trindade e foi um compromisso tão sério que Deus não colocou o padre par se comprometer no meu lugar ou para dizer a fórmula no meu lugar. Fui eu mesma, que ministrei o sacramento. No matrimônio foi você mesmo que quem ministrou o sacramento porque a partir do momento que você diz aquela fórmula, lógico, dentro de todo um contexto espiritual, dentro da celebração eucarística o casamento passou a existir.

Então, essa indissolubilidade muitas vezes dá-se o nome também de vínculo. É um vínculo que existe agora entre os dois. Há muitos casais que, dizem, se parecem até fisicamente, não é verdade? Ao longo do tempo, nós mesmos achamos isso. É um vínculo estreito que existe. É tão forte que os casais que se atreveram a se separar, porque isso é um atrevimento, é ser atrevido diante de Deus, é brincar diante de Deus, foi uma separação com dor, dolorosa, gera traumas. É um vínculo invisível que há. É algo que não podemos apalpar, mas existe. Os casais que se separaram foi a custa de muito trauma, de muita dor. Até mesmo a família… Há todo um contexto de dor, porque querem quebrar, romper um vínculo que Deus colocou. E como não rompe, porque é indissolúvel, há aquele constrangimento. E embora estejam separados fisicamente, e daí para frente decidam sua vida de maneira errada, o vínculo existe. Embora negado, rejeitado, o vínculo está lá. Porque faz parte da propriedade, é a essência do sacramento.

Antes de passar para a segunda parte, eu gostaria de dizer que os casais que percebam que houve algumas dessas coisas que eu coloquei, que são ditas até de maneira vã, basta que os dois, o casal, renovem o consentimento e fazer o compromisso diante de Deus de viverem o seu matrimônio santamente.

Então, quando é que pode acontecer faltar o consentimento? Pode acontecer quando há em um dos noivos a falta do uso da razão. Se houve algum problema de saúde e depois é constatado, aí houve a falta do consentimento, o erro de pessoa. As pessoas namoravam por correspondência e casaram por procuração. Alguns meses depois que vão s encontrar, caem de costas. “não, com essa daí eu não agüento. A vida toda? Não era esse retrato que eu recebia todo mês. Gente isso é real, vocês pensam talvez que eu estou querendo fazer vocês rirem, não é?. Aí manda a foto e fica se correspondendo. “Eu não sou muito maravilhosa, a minha colega aqui é. A gente tem até o mesmo cabelo preto, então me empresta a tua foto. E passa o namoro todo se correspondendo. O outro se empolga e casa por procuração. Isso pode ser causa do casamento não valer porque não houve o consentimento.

Em outros casos a pessoa queria casar com outro, contanto que ele tivesse saúde e quando ela casa, descobre que o marido tem uma doença como a lepra, por exemplo. Isso foi escondido dela propositadamente. Soubesse ela não sabia e ele tão pouco disse que era doente. Alguns que são estéreis e escondem isso, porque o outro deseja muito ter filhos. Nesses casos há aí uma falta do consentimento na hora ele consentia em casar, mas não sabia que estavam escondendo dela esse detalhe. Gente o casamento é para toda a vida e por isso, a Igreja exige que haja essa verdade, essa transparência. Não se pode esconder, simular, induzir a pessoa a ir para o casamento enganada. Ela tem o direito de saber com que está casando. Ela tem o direito de saber, quem é a outra pessoa e a partir daí, escolher porque é para toda a vida. Por exemplo, filhos adotados. Alguém quer casar e é filho adotivo. E ela pensa que é legítimo. E depois que casa descobre que foi enganada por aquela família, ele ou ela era adotado. Isso pode acontecer de ter aí a falta do consentimento. Eu dei meu consentimento, mas eu pensei que estivesse casando com filho legítimo. Aí a gente pensa que isso é uma tolice, mas não é, porque o casamento é tão sério que temos que saber com quem estamos casando. Tem que haver essa verdade, essa transparência. Tudo isso que estou falando é levado pela simulação. Mas, eles casam, há a consumação e tempo depois aparece uma doença, um fato novo, mas que não era simulação, algo escondido, não é motivo para achar que o casamento não está valendo pois tem que haver essa característica de simulação, de esconder a verdade. Tem que haver entre os noivos a transparência. Com quem eu vou casar, construir meus filhos… Partilhar como é que eu vou educar os meus filhos, haver esse aprofundamento, é toda uma vida que vai ser construída.

Há também o caso de medo. Isso aconteceu muito tempo atrás. Quem de nós ouviu falar da história do rapaz que casou obrigado, com o revólver. Ele não era livre. Isso pode ser também uma característica de falta de consentimento. Mas, mesmo que tenha acontecido alguns desses fatores na época do casamento, mas os noivos se amam, se querem, basta renovar o consentimento. A graça do matrimônio é imensa, ultrapassa o nosso entendimento. Casais onde há muita briga, tem muita dificuldades, tem que procurar alguém que ore por eles, mas é fundamental que renovem em sua vida particular, no seu relacionamento mútuo, aquelas palavras que foram ditas lá no altar e que tem uma graça e uma dimensão de cura interior profunda, porque é através dela que Deus instituiu o sacramento. Podemos até pensar que são palavras a mais, que são ditas ou algo para mexer com os sentimentos. Não é. Assim como a confissão renova as graças santificantes do batismo, renovar esse consentimento é renovar o matrimônio, é como que dar a ambos o começar de novo, resgatar a graça que foi dada no dia do sacramento é um resgate dessa graça.

Muitas pessoas vivem numa imaturidade tão profunda ou numa busca desenfreada de prazer, e num egoísmo tão grande que vemos um caso desses. Isso, infelizmente, é o reflexo da nossa sociedade. Muitas vezes é o reflexo dos nossos filhos que não são preparados, acompanhados e ajudados para tomar decisões na vida. E quem tem mais de 5 anos de casados com certeza sabe disso, que casamento não é brincadeira, é muito difícil, eu me pergunto se não é a vocação mais difícil de levar para Deus, mas não é. Quando queremos levar a coisa a sério diante de Deus começamos a perceber as dificuldades. E o casamento é maravilhoso, tem a graça de fazer homem e mulher uma só pessoa é o único sacramento que tem a graça de homem e mulher ser um só, mas tem desafios a vencer, como é que educamos nossos filhos? Acorda de manhã, tem tudo nas mãos, volta do colégio, tem tudo nas mãos. Ah ele não pode passar dificuldades. Na briga do colégio a culpa é do outro, levou, dê duas. Aí fulano pediu meu caderno, para que você emprestou? E vamos criando dentro do lar pessoas egoístas. Vamos vivendo em um ambiente onde os filhos não podem passar sacrifícios. Conheço uma família que eu fiquei abismada, que para fazer os 15 anos da filha, venderam carro, telefone, quando casa dá nisso. Não quer dizer que não houve casamento. É simplesmente fruto da sociedade; de uma má formação, má educação, da busca desenfreada de si mesmo.

Ninguém anula casamento. Não existe casamento anulado. O que existe é o tribunal reconhecer que o casamento nunca existiu. É diferente… Pode acontecer que ele nunca tivesse existido. Em todos os casos quando uma das parte está sofrendo de alguma forma, ela deve ir atrás do tribunal eclesiástico, mas quem vai decidir isso é a Igreja. Eu conheço um casal de perto, acompanhei todo o namoro e todo o noivado. Era um casal exemplar! Quando casaram, todos nós ficamos felizes com o casamento deles. 4 meses depois, se separaram. E realmente todo mundo ficou pasmo. E se questionando como podia acontecer isso… O certo é que depois um deles procurou um tribunal e em todo processo alguns amigos foram chamados para depor. Lá no tribunal foi analisado e é quase certo que o casamento deles nunca existiu. O que é que acontecia? Todas as vezes que ele procurava ela para o ato conjugal, ela saia provocando, vomitando, passando mal e tinha horror. E todas as vezes que ele procurava ela de maneira carinhosa, ela não suportava e se separaram. Houve consumação? Não houve. Ninguém pode julgar, falar, ninguém pode. Deus é quem tudo vê e deu à Igreja a sabedoria para analisar cada caso. E quando eu soube desse resultado, eu tive pena mas ao mesmo tempo glorifiquei a Deus. Fiquei realmente com muita compaixão, mas, ao mesmo tempo fiquei feliz porque não era a desestrutura que eu pensava, então cada caso é um caso.

Tudo que falei aqui, gostaria que ficasse fundamentado em nosso coração que temos uma graça muito grande em nosso casamento que é derramada por Deus constantemente. E devemos sim, renovar esta graça constantemente. Repetir a fórmula muitas vezes, na sua oração pessoal, de maneira individual, para nós mesmos. Precisamos alertar o nosso coração o quanto está egoísta, rejeitando o outro. Acontece muitas vezes que esquecemos que é para sempre, até que a morte os separe, porque conduz ao céu. Deus espera isso de nós, porque isso é uma maneira de servir a Deus também, de servir a Jesus.


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