O mundo de hoje recebeu o decalque da superficialidade. Só importa o agora, as manchetes, o que é quantitativo e não o que venha ser qualitativo. Nessa perspectiva podem-se enumerar algumas visões pouco profundas sobre pessoas e situações que nos rodeiam.
Na ótica do superficial Jesus Cristo não passa de um mero pacifista, como tantos outros, ou um psicólogo (dizem que o maior de todos os tempos), ou um administrador, um líder, diga-se, servidor. Estas análises possuem alguns resquícios de verdade, porém são incompletas.
Madre Teresa de Calcutá foi uma mulher de filantropia e, só. A diferença entre ela e a princesa Daina,nenhuma, dizem os comentários míopes.
São João da Cruz, santa Teresa de Jesus e outros místicos da Igreja são avaliados como loucos, esquizofrênicos, na linha, de algumas correntes da psicologia moderna quando, na verdade eram pessoas de profunda vida de oração e comunhão com as pessoas.
Os cristãos que hoje vivem a radicalidade do evangelho e dizem não aos contra valores são taxados de alienados. João Paulo II mesmo sendo considerado o homem do século nunca recebeu o Nobel da Paz, isso porque, não coadunava com os métodos contraceptivos artificiais.
Virtudes como a humildade, honestidade, pudor, justiça parecem soar muito mal na boca e o pior, nas ações de nossos coetâneos.
Dizem ainda os superficiais que qualquer religião serve o que importa é falar de Deus. Mas sabemos que não é bem assim. Rejeita-se acreditar em uma verdade absoluta, em Deus criador enquanto multiplica-se a crença em duendes, elementos da natureza e outras crendices primitivas, próprias do estado primitivo da humanidade.
O mais valoroso não é encontrado facilmente. É preciso descer às profundezas, enfrentar a força do empuxo. Ademais, como cristãos temos um papel fundamental na leitura profunda e madura de nossa civilização, de sua história e das personalidades que, de fato, contribuíram para sua edificação.