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Salve, Ó Cruz

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Dom Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, MG

 

No próximo dia 14, a Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz,cuja instituição relembra o episódio de Santa Helena, mãe do imperador romano,Constantino, que, após três séculos de perseguição, deu aos cristãos o direitode celebrar sua fé. Santa Helena teria trazido a cruz encontrada em Jerusaléme, em Roma, a introduzido solenemente nas basílicas constantinianas.

 

Tomada pelos Persas, no século VII, foi reconquistada peloimperador Heráclio em 629, que a re-introduziu solenemente na cidade eterna.

 

Santo Agostinho, já celebrando o cristianismo liberto,exaltava a cruz que brilhava nas coroas reais e encimava as construções ecolinas das cidades.

 

A cruz é realmente um sinal de contradição, como o próprioCristo, conforme predissera Simeão ao tomá-lo nos braços no templo deJerusalém. É sinal de vida e ressurreição para os que crêem e de morte paraquem nele não reconhece o Filho de Deus.

E para nós, o que é a cruz?

Paulo, escrevendo aos cristãos da Galácia, (Gal. 6,14) nosdá o sentido da cruz: “Eu, porém, não quero saber de gloriar-me a não ser nacruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mime eu para o mundo”

 

A cruz representa o momento em que pela morte de Cristo comoHomem, submisso à condição de toda a criatura, econhecem te para quem nruz quebrilhava nas coroas reais e encimava as construç nele e com ele morria o velhoAdão para renascer na nova criatura, no novo Homem, no seu corpo espiritualglorificado, na plenitude da imortalidade, na união íntima com Deus.

 

Na cruz, pelas águas redentoras do batismo, todos os querecebemos o Filho de Deus, na sua morte também morremos para a carne e, naesperança, já temos a plena participação em Cristo. Morremospara o mundo, para o pecado. Vivemos a plenitude da graça: “o mundo estácrucificado para mim e eu para o mundo”.

 

Do instrumento da morte, renasce a árvore da vida doparaíso: “Salve o cruz, árvore entre todas nobilíssima, na floresta não hánenhuma igual na beleza dos ramos, das flores e dos frutos “(canto litúrgico).

 

A cruz é motivo de nossa glória. É nosso sinal que nosidentifica com o Redentor. Nela não estacionamos. É a porta pela qual passamoscomo o Homem Jesus, para fazermos parte da Humanidade redimida.

 

Quando depois da confissão de Pedro, Jesus expôs aosdiscípulos a caminhada para Jerusalém, onde deveria padecer e morrer para serglorificado e resgatar o mundo do pecado e da morte, também nos indicou o mesmocaminho se quisermos ganhar a vida(Cf. Mt. 16, 21-28; Mc. 8, 31-38;Lc.9,21-27).

 

E na semana da sua Paixão, ao entrar na Cidade Santa, afirmaque, na cruz, em que será exaltado, o mundo já foi julgado e o príncipe destemundo lançado fora, e a si todo o universo atraído (cf. Jo. 12, 31-33), poisnele consta todo o universo (cf. Col. 1,17), nele todas as coisas se completam(cf. Ef. 4,9). Cristo é tudo em todos (cf. Col.3,11). Ele renova todas a coisas(cf. Apoc. 21,5).

 

Assim, quando este sinal aparecer no céu, quando o Senhorvier a julgar, os servos da cruz, que conformaram sua vida com o Crucificadoacorrerão com grande confiança (da Imitação de Cristo II, cap.12) porque porEle se deixaram atrair e viveram seu batismo, vencendo a carne e, na esperança,já têm a vida do espírito. Já são a nova criatura.

 

Resgatados por Cristo na cruz, tenhamos grande respeito poreste sinal. Com ele, como discípulos e missionários, vamos anunciar a salvaçãoe mostrar ao mundo o grande amor com que somos amados apesar de pecadores,porque que nela o Filho de Deus se entregou à morte por nós, ensinando-nos aviver no amor aos irmãos, e assim construir o Reino de Deus.


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