Formação

Fé no Brasil, fruto de mártires

comshalom

Mateus Moreira
Mateus Moreira

A Fé no Brasil, que nascia de maneira mais formal a partir da primeira missa celebrada em 1500. E vem sendo regada por séculos,  por homens de fé que vem se doando e dedicando a vida na condução das almas para Deus. De uma maneira muito feliz, celebramos neste dia 3 de outubro, os primeiros mártires conhecidos do Brasil, que para não renegarem a fé, foram drasticamente submetidos a morte sob muita brutalidade, regando com sangue a história da evangelização no Brasil, e se tornando semente que morre para o jardim da Igreja produzir seus frutos.

Sobre este momento, alguns dos depoimentos pontifícios em terra brasileira.

(Papa João Paulo II – homilia na missa conclusiva do XII Congresso Eucarístico Nacional – Viagem Apostólica ao Brasil – Praça do Congresso – 13 de Outubro de 1991 – “Minha carne é verdadeiramente uma comida e meu sangue verdadeiramente uma bebida” (Jo 6, 55))

“É uma circunstância feliz que o Congresso esteja sendo realizado em Natal. Precisamente aqui, em 1645 um homem simples, profundamente religioso, Matias Moreira, deu, com seus companheiros na região conhecida por Cunhaú e Uruaçú, um belo testemunho que lembra o dos mártires da Igreja. Quando insultado e ferido pelos hereges por sua recusa em renegar a fé na Eucaristia e a fidelidade à Igreja do Papa, exclamou, quando lhe abriam o peito para arrancar-lhe o coração: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.

Irmãos e Irmãs, esta magnífica profissão de fé, regou com sangue generoso a terra onde o Brasil inteiro veio reafirmar sua devoção na presença real de Cristo na Eucaristia.”

 
(Homilia do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado de sua Santidade e legado pontifício, na comemoração dos 500 anos da Primeira Santa Missa no Brasil -Porto Seguro, 26 de Abril de 2000)

Não é possível traçar o perfil histórico deste País sem considerar a presença, desde o início e na sua evolução histórica, da Igreja Católica. Quem mais ajudou a civilizar as populações indígenas que o trabalho missionário? Quem melhor amalgamou as populações dispersas em pequenos núcleos da costa ou do interior que o vigário e o cura? Quem mostrou mais empenho em conhecer, visitar, corrigir e animar o povo que os bispos e seus visitadores? Quem mais fez pela instrução do povo que ã Igreja através das escolas e colégios? Quem mais envidou esforços na moralização da família, na paz e concórdia dos cidadãos que a mesma Igreja? Como não recordar aqui a Igreja como defensora da dignidade humana e dos valores culturais dos povos indígenas presentes na época colonial, e da sua tenaz oposição à escravidão, não obstante a inexistência do trabalho assalariado?

O que são hoje os brasileiros, devem-no à generosa dedicação de numerosos cristãos, que se entregaram à causa da fé com um arrojo que supôs, às vezes, a entrega da própria vida, como foi o caso dos mártires de Cunhaú e de Uruaçu, recentemente beatificados pelo Papa.



Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.