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Dom Nelson Westrupp
Overdadeiro cristão não só vive e pratica a virtude teologal daEsperança, mas é ao mesmo tempo convidado a estar sempre pronto a dar arazão de sua esperança a todo aquele que a pedir (cf. 1 Pd 3, 15).
Iniciarum novo ano é dar espaço a perspectivas de novas esperanças, éalimentar sonhos de novas realizações e desejar dias melhores. Dois mile nove será melhor ou pior do que 2008? Por si só nenhum ano é pior oumelhor do que o outro. Somos nós a fazer o ano ser o que ele é.
Anossa condição de peregrinos da esperança, aguardando o advento doReino definitivo, não pode estar marcada pela tensão entre o que já éuma realidade e o que ainda não acontece plenamente.
Luzese sombras marcaram o percurso do ano recém-findo. Catástrofesambientais e outras provocadas pela insensatez dos seres humanos,assolaram a humanidade em diversas partes do mundo.
Apesardas crises econômicas e políticas, da violência espalhada por todos oslados, da corrupção crescente e descarada, do desrespeito aos maiselementares direitos humanos. Ainda que a injustiça social continue amassacrar milhões de pessoas e os conflitos entre as nações não cessem.Mesmo que o egoísmo, o individualismo, o hedonismo, o consumismo edemais “ismos” continuem a subjugar os seres humanos. Não obstante apersistência da cultura de morte reinante, o cristão não pode perder aesperança nem desanimar. Não pode fugir à missão de ser luz e sal daterra e de fermentar a massa. Não podemos pecar por omissão nem deixarde testemunhar que Cristo, nossa esperança, está no meio de nós ecaminha conosco.
“Graçasà esperança podemos enfrentar nosso tempo presente: o presente, aindaque custoso, pode ser vivido e aceito, se levar a uma meta e sepudermos estar seguros desta meta; se esta meta for tão grande quejustifique a canseira do caminho” (Spe Salvi, 1).
Nossaatitude cristã deverá transparecer serenidade de espírito por aquiloque já alcançamos e muita esperança na conquista do que ainda nosfalta. Entremos, pois, na corrente e no movimento dos que “estão sempremelhor do que merecem”. No coração do cristão não há lugar parapessimismo ou derrotismo. Amanhã poderemos ser melhores do que hoje.Não percamos de vista a meta final que dá sentido e valor ao caminharnosso de cada dia. Busquemos diariamente motivações sólidas e empenhorenovado na transformação da realidade segundo o projeto do Criador.
Omundo precisa de esperança. Precisa da minha, da nossa esperança.Precisa de “profetas da esperança”, de apóstolos da esperança que levemas pessoas sem esperança a receber esperança, ou seja, a um encontrovivo e real com o Deus da esperança, capaz de nos encher de todaalegria e paz, em nossa vida de fé (cf. Rm 15, 13), com o Deus que nosamou, e ama ainda agora. Assim, ao contemplar o mundo aparentementeperdido, uma nova esperança nos impulsionará para a solidariedadefraterna e a participação efetiva na construção de uma sociedade quefará surgir “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21, 1). Fica então oconvite a que cada discípulo/a de Jesus alargue o coração e se coloquea serviço da Esperança.
Maria Santíssima, “Estrela da esperança”, caminhará conosco na peregrinação para o Reino que não terá fim.