Formação

Homem-Bomba do Espírito

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    Outro dia ouvi o Moysés pregando sobre Jesus Ressuscitadoque apareceu aos discípulos no Cenáculo comunicando-lhes a Paz. Eleesforçava-se de todo jeito para descrever seu entendimento de que Jesus estavatão cheio do Espírito Santo que “transbordava- O” por todos os “poros” de seucorpo glorioso. Por Suas palavras, Seu sopro sobre os discípulos, Suas chagasgloriosas, especialmente a do coração transpassado.

    Fiquei a imaginar esta explosão silenciosa de Paz, estenão-se-conter e não desejar fazê-lo. Pelo contrário. Na verdade, acaracterística principal do Espírito, deste Ruah, não seria exatamente não sedeixar conter por nada nem ninguém e soprar como um vento indomável que tem opoder de renovar todas as coisas?

    Foi fácil passar daí para imaginar que nós, que recebemos oEspírito Santo, deveríamos nos tornar verdadeiros homens-bomba do EspíritoSanto. Cheios da Ruah de Deus (ruah, em hebraico, é feminino, e significavento, sopro) podemos, como fez Jesus Ressuscitado, transbordá-lO por todos osporos, em nossas palavras, gestos, olhar, ações, comportamento, em uma“estratégia terrorista” para renovar a face da terra.

    Certa feita assisti uma cena de um destes filmes deviolência que alguns canais a cabo esmeram-se em exibir. Dois homensestavam lutando corpo a corpo. Um estava de roupa clara, ocidental e o outro depreto, com as feições típicas dos habitantes do Oriente Médio. Depois de muitochute, murro, queda, gemido, grito, aflição, o de roupa bege finalmente dá umafacada no de preto, que tomba por terra quase na porta da galeria de um prédio.Para a surpresa de todos, ao tombar, já agonizante, o homem de preto pega algodebaixo da jaqueta, coloca-o na mão do homem de bege e diz: “Lembrança daMatilda”. O homem ocidental olha o que tem na mão e não tem tempo de fugir aoperceber que segurava o anel de uma granada. Havia lutado e matado umhomem-bomba e este acabara de “detonar-se”!

    A explosão que se seguiu impressionou-me sobremaneira. Nuncahavia visto a explosão de um homem-bomba: uma grande bola de fogo saiu dagaleria. Na rua em frente, pessoas e pedaços de corpos voavam para todos oslados. Pessoas que executavam atividades corriqueiras como comprar frutas eramjogadas pelos ares. O poder da destruição daquele homem que dava a vida poródio alcançava prédios, lojas, pessoas, famílias, sociedade, corações, almas eos marcava para sempre.

    Logo saí da sala, impressionada com o poder mortífero dequem transpira ódio. Daí, transpus a cena para nós. Quem sabe poderíamos, logode manhã cedinho, repor nossa munição de Espírito Santo através da Eucaristia esairmos dispostos a “nos explodir” por amor! Quando alguém nos “atacar”,explosão de amor! Quando alguém tentar nos ferir, é só puxar o anel da granadae… explodir de amor! Quando a mesma pessoa nos fizer a mesma ofensa pelasétima vezes setenta e sete vezes, a solução será fácil: conectar ocinturão-bomba e explodir de Espírito Santo!

    Alguém se aproxima de nós com rosto triste: bomba de amornele! Alguém não nos cumprimenta? Destroçamos seu coração duro com uma explosãoespecial do Espírito Santo. Alguém nos cumprimenta? Dose extra de EspíritoSanto para ele, para que também ele saia explodindo amor por aí. Falta comida?Explosão de Espírito. Falta coragem? Anel de granada pelos ares. Faltaesperança? Explosão. Falta fé? Explosão. Falta amor? Pela explosão do amor daTrindade, poremos amor onde não há amor!

    Como é bom viver assim! Como é bom explodir de tanto EspíritoSanto, de tanto amor da Trindade, como aconteceu a Jesus Ressuscitado! Como ébom reabastecer a munição pela Eucaristia, Oração, Palavra, vida comunitária!

Fico imaginando a foto “de despedida” deste terrorista doEspírito, pronto a “explodir-se” por amor e de amor: No lugar do uniformecamuflado de guerrilheiro, a veste branca do Batismo. Em substituição ao gorroou boina, a coroa de rosas com a qual o Amado coroa sua amada no Cântico dosCânticos. Ao invés da sisuda cara de ódio, um feliz sorriso de amor. Olhosbrilhantes de esperança e fé substituem os olhos sem brilho das fotostradicionais. Ao invés da grande arma, uma grande cruz ou um ostensório, comopreferir. Pode-se acrescentar a palma do martírio na outra mão ou sob a cruz ouostensório. Vem bem a calhar. A foto, como é de costume, sai nas TVs e revistasdo mundo inteiro, em especial nas redes que espalham o desamor e o ódio, e temo divino poder de fazer as pessoas se encherem de esperança.

    Haverá algumas diferenças cruciais, é claro: a explosão deamor é silenciosa e gera vida; não gera escândalo e é humilde; é bondosa epaciente, espera o tempo de Deus e suporta tudo. A diferença fundamental,porém, é que uma mesma pessoa pode “explodir-se” várias vezes e quanto mais “seexplode”, mais se assemelha ao Ressuscitado e mais o Espírito renova a face daterra.


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