Formação

A valorização do apostolado dos leigos no exercício comum

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l. Tenho muita satisfação em vos dar hoje as boas´vindas,Bispos do Regional Norte l do Brasil, por ocasião da vossa visita ad Limina.Fonte da minha alegria em vos encontrar é o ministério apostólico que nóscompartilhamos e o pensamento da profunda experiência de fé que está a vosexigir nas Igrejas que presidis, para a expansão do Reino de Deus na imensaregião amazônica. Saúdo´vos com as palavras de São Paulo: “A vós graça e pazvos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo” (Fil1, 2). Exatamente como São Paulo dividiu com os seus irmãos em Filipos a “parteque tomaram na difusão do Evangelho” (Fil 1,5), também nós, como sucessores dosapóstolos, estamos unidos na chamada maravilhosa e na consagração que nos foidada pelo Senhor para sermos servidores da Boa Nova de salvação. Com gratidãoao Senhor Bispo D. Antônio Possamai, pelas suas amáveis palavras e pelossentimentos expressos em vosso nome, asseguro´vos que me lembro de vósquotidianamente nas minhas orações e solicitudes pela Igreja.

 A grande riqueza: os fiéis leigos

 2. No passado mês de Abril compartilhei com os Bispos dasProvíncias Eclesiásticas do Rio de Janeiro e de Niterói algumas reflexões sobrediversos desafios que encontrais no vosso ministério episcopal. Em particularreferi´me ao relevante papel desempenhado pelos missionários ´ Bispos,sacerdotes, religiosos e religiosas ´ na aurora da evangelização do Brasil,querendo projetar os ensinamentos de então para o despontar de uma novaevangelização destinada a colocar os fiéis leigos perante as suasresponsabilidades no âmbito familiar, profissional e social. Nesta grandetarefa sois sustentados pela especial consagração recebida mediante o EspíritoSanto, no momento da ordenação episcopal. Com esta mesma assistência doEspírito Santo, durante estes quase cinco séculos de história, os vossospredecessores fundaram uma tradição eclesial, que contribuiu para determinar aidentidade católica do vosso povo e que não deve ser perdida nem diminuída,pois reflete uma fidelidade fundamental à comunhão apostólica e universal, quetem a sua cabeça visível no Sucessor de Pedro (cf. Lumem gentium, 18). Umdesenvolvimento concreto deste vigor eclesial é o reconhecimento da granderiqueza da Igreja no Brasil que são os fiéis leigos: homens e mulheres, decoração bom, simples e generoso, que procuram viver plenamente a consagraçãobatismal. Sua presença e atuação na vida da Igreja se reveste de grandeimportância em todo o mundo, mas de modo especial em vossa pátria, neste finalde milênio. Na nossa época, marcada pelo aviltamento da concepção cristã dapessoa devido ao relativismo ético, que abre as portas à negação de Deus e,conseqüentemente, “induz a reorganizar a ordem social prescindindo da dignidadee da responsabilidade da pessoa” (Carta enc. Centesimuns annus, 13), e à ânsiagerada pelo consumismo, que inverte o papel prioritário da ética sobre atécnica, o primado da pessoa sobre as coisas e a superioridade do espíritosobre a matéria (cf. Carta enc. Redemptor hominis, 16), é indispensávelexprimir com clareza os valores morais evangélicos e a finalidade transcendenteda vida humana revelados pelo Redentor dos homens. Por outro lado, e com sinaldistinto, ocorre insistir naquela justa autonomia das realidades temporais, preconizadapela Constituição conciliar Gaudium et spes, significando que “as coisascriadas e as próprias sociedades têm leis e valores próprios, que o homem irágradualmente descobrindo, utilizando e organizando” (n. 36). Ambas as situaçõesestão a exigir do homem atitudes cheias de responsabilidade, não apenas, para ajusta e harmoniosa convivência social, mas para recordar que “Deus o deixou´entregue à sua própria decisão´ (Sir 15, 14), para que procurasse o seuCriador e alcançasse livremente a perfeição” (Carta enc. Veritatis splendor,39).

 A vocação universal à santidade

 3. A ação pastoral deve, pois, poder fornecer elementos queconfirmem aquela idéia central da Exortação Pós´sinodal “Christifideles laici”,ou seja a vocação universal à santidade. Somos chamados por Deus, desde toda aeternidade, “para sermos santos e irrepreensíveis diante d´Ele no amor” (Ef 1,4). Esta vocação à santidade, que é de todos, realiza´se sobretudo nos fiéisregenerados pelo Batismo e que se tornaram “filhos adotivos por Jesus Cristo”recebendo a “redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graçaque Ele derramou abundante sobre nós” (Ibid. 5´7). Desta vocação à santidadedecorre a grandeza do sacerdócio real de todos os fiéis leigos. E éprecisamente essa condição sacerdotal que lhes confere um lugar próprio noCorpo da Igreja, fundamenta a sua dignidade e os convoca para a missãoredentora que permanece atuante na Igreja, por mandato de Cristo, até àconsumação dos séculos. O fiel leigo, na sua própria vida cristã e em suaatuação na Igreja, não é um mero auxiliar do Bispo ou do Padre. O Batismo lhedá direito e, portanto, também o dever de realizar em sua existência a açãosacerdotal de Cristo. Daí a justa autonomia do fiel leigo naquilo que lhe épróprio: em qualquer estado ou condição de vida, cada pessoa na sociedade,independentemente da sua raça e cultura, tem o lugar que lhe é devido e échamada “a exercer a missão que Deus confiou à Igreja para esta realizar nomundo” (Código de Direito Canônico, 204). A área específica do fiel leigo é oapostolado no mundo secular, inserido nas realidades temporais, participando,como cristão, das atividades inerentes a seu estado de vida e trabalho social(Ibid., 210; cf. Exor. Ap. Christifideles laici, 17). Não há pois possibilidadede confusão, ou se quisermos chamar de conflito, entre a esfera de ação laicale a eclesial; seria, no mínimo, “anacrônico”, como já vos tive ocasião decomentar (Discurso, 10´X´1990). Com efeito, convém sempre recordar o que diziaa respeito o Concílio Vaticano II: “O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócioministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenaspor grau, ordenam´se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, cadaum a seu modo, do único sacerdócio de Cristo” (LG, 10). Por um lado, aexpressão “sacerdócio ministerial ou hierárquico” designa “o ministério sacroexercitado (na Igreja, pelos Bispos e sacerdotes) para o bem dos irmãos” (LG,13); por outro, o “sacerdócio comum dos fiéis” liga´se ao sacramento doBatismo, indicando também que um tal sacerdócio tem, para o cristão, o conteúdoe a finalidade de “oferecer, mediante todas as obras, sacrifícios espirituais”(LG, 10), ou ainda, que se trata, como já explicava São Paulo, “de oferecer ospróprios corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12, 1).Deste modo a vida cristã é vista como um louvor oferecido a Deus e como umculto realizado pela pessoa, individualmente, e por toda a Igreja. A santaliturgia (cf. Cons. Ap. Sacrosanctum concilium, 7), o testemunho da fé e oanúncio do Evangelho (LG, 10) partindo do sentido sobrenatural da fé do qualparticipam os fiéis (cf. LG, 12), constituem a expressão de tal sacerdócio.Este se realiza concretamente na vida quotidiana do batizado, quando a própriaexistência se torna oferta de si mesmo inserindo´se no mistério pascal deCristo. Cooperação orgânica entre a hierarquia e o povo fiel

 4. Apoiando´nos então nestas premissas, entende´se como osacerdócio comum e o sacerdócio ministerial dos Bispos e dos presbíteros,embora distintos, são inseparáveis. O sacerdócio comum atinge a plenitude dopróprio valor eclesial graças ao sacerdócio ministerial, enquanto este últimoexiste em vista do sacerdócio comum. Bispos e presbíteros são indispensáveis àvida da Igreja e dos batizados, mas também os Bispos e presbíteros são chamadosa viver em plenitude o mesmo sacerdócio comum, e sob este aspecto, precisam dosacerdócio ministerial. “Para vós eu sou bispo, convosco sou cristão” diz S.Agostinho (Serm. 340, 1). Mais ainda, como vos dizia em certa ocasião: “Existeuma cooperação orgânica entre a hierarquia e o povo fiel. Evidentemente estacooperação não consiste em que o leigo tome o lugar do clérigo para realizarfunções clericais, nem que o clérigo assuma o papel do leigo para desempenharfunções laicais; mas que um e outro cooperem entre si a realizarem a funçãouniversal da Igreja ( … ); cada cristão, ajudado pela fé e movido pelacaridade, procurará pessoalmente (através das estruturas de ordem temporal)atuar com justiça, que para ele vem a ser, com freqüência um grave dever moral”(Discurso, 30´IX´1990). Não raro ouve´se comentar que faltam hoje no Brasil,nos diversos campos da vida secular, nos meios de comunicação social ou na vidaartística, literária, política e científica, cristãos autênticos e coerentes,que saibam unir a competência e credibilidade de sua atuação pública com umtestemunho explícito de fé e de compromisso com o anúncio do Evangelho. Emoutras épocas não faltaram em vossa pátria tais líderes leigos católicos queconstituíram a brilhante geração que deu tanto destaque, por exemplo, à AçãoCatólica no Brasil. Isto não significa que faltem hoje no país leigoscatólicos, mas, sem sombra de dúvida, a sua atuação pública nem sempre emergecom o destaque que gostaríeis e que seria lícito esperar num país que possuiuma tradição cultural tão marcada pela fé cristã. Quais seriam as causas destapouca visibilidade do apostolado dos fiéis leigos? A resposta encontra´se, emprimeiro lugar, na mesma valorização dos fiéis leigos inseridos por excelêncianas realidades temporais, e na sua legítima autonomia. Estareis certamente deacordo comigo que não basta aglutinar os fiéis para que assumam simplesmente umtrabalho pastoral. As grandes urgências da evangelização e o insuficientenúmero de ministros ordenados certamente pedem tal cooperação dos leigos. Masreduzir a sua ação à cooperação com os Pastores não esgota nem realiza aplenitude da sua missão própria e específica. Eles não são meros colaboradorese coadjuvantes do ministério ordenado. Atuando sob vossa direção pastoral, e norespeito às legítimas disposições por vós aprovadas (cf. CDC cân. 212, § 1),eles são chamados a agir na realidade temporal e no campo das próprias capacidades,na construção de uma sociedade permeada pelos valores evangélicos. A sua açãoespecífica possui, pois, uma feição bem diversa da atuação própria dos bispos.A lei canônica assegura este direito aos leigos, ao qual vai facilitado eapoiado o seu exercício (cf. ibid. cânones 215´216). Neste sentido, não há comonão reconhecer no florescimento espontâneo de movimentos religiosos antigos enovos um dom especial de Cristo a sua Igreja, um sinal inequívoco de que oEspírito Santo que é a vida do Corpo Místico de Cristo, nele age e “distribui acada um os seus dons conforme lhe apraz” (l Cor 12, 11). Tais movimentos eassociações religiosas dos fiéis leigos, a par de uma necessária quantoobsequiosa união com a própria Igreja local e com o seu Bispo, possuem umadinâmica de vida e, muitas vezes, uma estrutura organizacional que vão além dasfronteiras de vossas Igrejas particulares; especificamente, o direito deassociação compreende: fundar associações, inscrever´se nas existentes, bemcomo a autonomia estatuária e de governo das mesmas associações (cf.Apostolicam actuositatem, 19). Há na Igreja uma riqueza e multiplicidade dedons e carismas que nela fazem brotar essa enorme variedade de propostasespirituais nas quais se manifesta a ação do Espírito Santo. A imprescindívelformação doutrinária e espiritual do fiel encontra em tais propostas caminhosconcretos, definidos, experimentados e aprovados pela competente autoridadeeclesiástica.

 A eficácia do trabalho apostólico

 5. A região onde o Senhor vos constituiu pastores abrangeextensa área de terras brasileiras densa de florestas e de uma vasta rede decursos fluviais, freqüentemente a única via de ligação, além da aérea, entre asvárias localidades. Ante a baixa densidade demográfica, em proporção à superfíciede cada Diocese, tendes, em contrapartida, necessidade de fazer frente aosdesafios das migrações internas, do crescimento da população urbana atraídapelos pólos de desenvolvimento, da ação missionária em remotas regiões dafloresta habitadas, por vezes, somente por indígenas. “Dou graças ao meu Deus,por Jesus Cristo, em nome de todos vós” (Rm 1, 8). Apropriando´me das palavrasdo Apóstolo das Gentes, é meu propósito agradecer´vos o diligente zelo pastoralunido ao sacrifício com que vos dedicais à causa do Evangelho. Ao mesmo tempo,minha ação de graças vai dirigida a todos estes missionários dos temposmodernos, religiosos e religiosas que, junto à multidão de leigos das inúmerasComunidades eclesiais, dão vida às vossas metas pastorais. Se não pudésseiscontar com eles, ficaríeis de mãos amarradas. Os leigos especificamente, alémde constituírem a maioria do Povo de Deus, têm, por maior razão, “parte ativana vida e ação da Igreja. A sua ação é tão necessária nas comunidades eclesiaisque, sem ela, o próprio apostolado dos pastores não consegue atingir plenamenteo seu efeito” (AA, 10). Nas vossas relações qüinqüenais este tema foi objeto departicular atenção, e, acertadamente, chamasses a atenção à questão doprotagonismo dos leigos, ou ainda ao protagonismo dos leigos na evangelizaçãourbana. Este protagonismo, tal como proposto pelo Documento de Santo Domingo(n. 97 ss.) deve ser entendido no quadro da sua vocação específica. Comoconscientizá´los da própria missão eclesial? De que modo poderão inserir´se nasociedade como “fermento na massa”? Vós, caríssimos irmãos, em virtude dosacerdócio hierárquico, no qual agis na pessoa de Cristo´Cabeça, tendes comograve dever santificar, formar e dirigir o povo sacerdotal, como nos ensina oConcilio Vaticano II (cf. Presbyterorum ordinis, 7). A eficácia do trabalhoapostólico do fiel leigo está intimamente associada à sua base espiritual, àsua vida de oração pessoal e comunitária, à freqüência na recepção dosSacramentos, sobretudo a Eucaristia e a Penitência e à sua reta formaçãodoutrinária. A comunidade eclesial se reúne em torno ao seu Bispo e, em seunome, em tomo ao presbítero, não para uma simples troca de experiências ou paraestabelecer um clima de reivindicação social, mas para escutar a Palavra daVerdade, o Evangelho de Cristo, transmitida sem distorções e com fidelidade aoMagistério da Igreja. Dentro da ampla liberdade de iniciativa que cabe ao leigoagir, quer individual quer comunitariamente, há um denominador comum, o daprópria fé conscientemente assumida e diligentemente divulgada, que não épossível eludir sem pôr em risco a autenticidade da crença professada. Aosfiéis leigos pertence´lhes, em particular e tendo em vista a sua participaçãono múnus profético de Cristo, “dar testemunho de como a fé cristã (… ) seja aúnica resposta plenamente válida para as esperanças que a vida põe a cadahomem” (Exor. ap. Christifideles laici, 34). Por isso, foi também com grandeesperança que, recentemente, quis acentuar “o papel [profético] que a mulher échamada a desempenhar na edificação da Igreja” (cf. Carta aos Sacerdotes, 1995,6). Como não recordar o heróico e perseverante testemunho dado por tantasmulheres ´ simultaneamente a homens de grande valor ´, como primeirastransmissoras da fé no âmbito familiar? Nem poderia deixar de referir aqui, comimensa gratidão, a dedicação paciente e sacrificada de inúmeras religiosas ouleigas empenhadas na catequese das crianças em âmbito paroquial. Elevofervorosas preces a Deus´Pai, para que as abençoe e as recompense!

 A evangelização dos meios de comunicação social

 6. Por outro lado, tenho conhecimento de várias iniciativaspromovidas em algumas Igrejas locais do Brasil e destinadas à formaçãoespecífica dos leigos. Conheço também quanto se dedicam nesse sentido algunsmovimentos religiosos e associações que trabalham na mesma direção dos seusBispos, trazendo inclusive de volta para a Igreja uma multidão desorientada,tanto pelo progressivo esvaziamento espiritual causado pelos males da sociedademoderna a que antes me referia, quanto pela proliferação das seitas. Gostaria,porém, de chamar a vossa atenção para outro campo, de não menor importância eque, pelas dimensões continentais do vosso país, adquire um significadocapital. Já tive ocasião de ressaltar a responsabilidade que cabe aos agentespastorais no campo das Comunicações Sociais, tendo em vista a reta divulgaçãode valores éticos (cf. Discurso pronunciado em 1´IV´1995). Hoje, minha atençãovai dirigida a alguns dos protagonistas deste fenômeno de massa. Todos sabemosque a mentalidade das pessoas sofre uma influência decisiva destes veículos decomunicação. Neles se acha a chave do mundo de valores que vai reger asgerações de amanhã. Já o destacara o Concílio Vaticano II no Decreto Inter mirifica:“Visto que a opinião pública exerce uma poderosa influência em todas as ordensda vida social ( … ) é necessário que todos os membros da sociedade cumpramos seus deveres de justiça e de caridade ( … ) e procurem formar e divulgaruma reta opinião pública” (cf. n. 8). Deveis, portanto, empenhar vossos fiéisleigos na evangelização dos meios de comunicação social e difusão cultural,incentivando também programas de promoção humana, adaptados às exigências decada segmento social, e que sirvam de estímulo à solidariedade cristã. Comojornalistas, cronistas, articulistas, produtores de filmes para o cinema e atelevisão, atores, músicos ou artistas plásticos, deverão unir seu talentopessoal, sua arte e seu prestígio no meio em que trabalham a um testemunhoinequívoco de sua fé em Jesus Cristo. Cabe´vos, como Pastores, incentivar,apoiar e orientar a ação apostólica inserida nas realidades deste mundo tãocomplexo em que atuam estes vossos fiéis, a fim de que estes, mediante a forçado Evangelho, possam se tornar verdadeiramente sal da terra e luz do mundo (cf.Mt 5, 13´14).

 Saudação final

 7. Gostaria de concluir este nosso encontro, estimadosIrmãos, renovando´vos o meu agradecimento e o meu apreço. Quando regressardesàs vossas dioceses, peço´vos que saudeis cordialmente os vossos sacerdotes, osreligiosos e os fiéis. Já na perspectiva da festa de Pentecostes, na qual secomemora o dom do Espírito Santo aos Apóstolos, os primórdios da Igreja e oinício da missão desta a todas as línguas, povos e nações, convido´vos adirigir, uma vez mais, vossos olhares ao Círio pascal no qual brilha a luz,símbolo do Cristo Ressuscitado. Ante a imensidade da missão que vos é confiada,jamais vos deixeis subjugar pelo cansaço ou pelo desânimo. Jesus, Redentor doshomens, caminha convosco e torna fecundos todos os vossos esforços.Compartilham as vossas ânsias apostólicas muitos colaboradores generosos, tantoentre o Clero e os Religiosos como entre os leigos. A vós, venerados irmãos noEpiscopado, a tarefa de conduzir este Povo de Deus à plenitude da resposta fielao desígnio divino. Acompanhe´vos neste árduo mas exaltante caminho, Maria, aRainha do Céu, que, “como trouxe Cristo no seio” (cf. Regina Caeli), prosseguesua missão materna em relação aos fiéis, obtendo´lhes com a sua intercessão avida divina do Ressuscitado. A cada um de vós, bem como aos Sacerdotes, aosReligiosos e às Religiosas e a todos os leigos das vossas Comunidades, concedocom afeto a minha Bênção Apostólica.

 


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