Formação

”Nós vai, a gente vamos”

comshalom

Calma! Não é o que você está pensando. Sabe-se que poucos são conhecedores da forma culta da língua portuguesa, embora nos comuniquemos através dela, eu me coloco entre a maioria. Assim, o Ministério da Educação vai permitindo situações nada educadoras ao longo dos últimos 16 anos.

Não porque muitas pessoas não sabem escrever e falar corretamente é que a língua está errada, a língua continua portuguesa, sim senhor. Guardada as devidas proporções, vamos legalizar o roubo, pois existem muitos ladrões, afinal se o parâmetro for um número significativo de praticantes de tais coisas, a roubalheira será legalizada. Usar, portanto, a desculpa que devemos falar errado para incluir quem não teve a oportunidade de aprender a forma correta é no mínimo nivelar todos por baixo, mas pior que isso, é constatar a incapacidade do governo em proporcionar à população ensino de qualidade, onde todos possam aprender pelo menos a língua oficial.

Usar a chamada "classe dominante" como inimiga para manter a população no marasmo em que se encontra a educação brasileira é muito mais maléfico. Não é difícil imaginar o que veremos no MEC daqui a alguns anos e o que será da educação brasileira, com esta inusitada proposta, que de original, "só pode ser no Brasil", o país dos contrastes. A questão aqui não é discriminar quem fala com erros o português clássico, mas evitar que as pessoas sejam mal interpretadas, pois escrever errado, por exemplo um documento, pode invalidá-lo completamente, retirando seu real significado e prejudicando, inclusive seu autor. Não estamos falando aqui de corrigir ou discriminar pessoas que falam errado. Quero saber como será um profissional brasileiro daqui a 20 anos falando errado neste mundo globalizado, onde a comunicação é abrangente e exige conhecimento até de outros idiomas, se nem a sua língua pátria se aprende corretamente.

Mas do MEC, ultimamente, tem saído pérolas em forma de cartilhas. A população nem sempre ouve falar e muito menos tem acesso aos conteúdos e imagens. Circulam na internet, sobretudo, o conteúdo e a foto da cartilha do governo contra a homofobia, mesmo que o MEC tente negar o inegável, nela além do conteúdo, que a meu ver não combate a discriminação, mas incentiva comportamentos que a criança até então não tem e que poderá desenvolver, desnecessário para sua felicidade, traz na capa uma fotografia de duas crianças do sexo masculino, com menos de 10 anos de idade, beijando-se na boca, e em seu interior, segundo demonstrou à imprensa o deputado Anthony Garotinho, cenas de sexo anal entre homens. Todo esse conteúdo para crianças da mais tenra idade!

Em relação ao português, com tais práticas há duas décadas iniciadas, passaremos a falar dialetos, pois toda forma de falar e escrever será correto. Já no caso da cartilha contra a homofobia, para crianças de idade entre 6 a 7 anos não irá motivar o respeito a possíveis homossexuais, porém ela será empurrada a experimentar práticas que a maioria absoluta das pessoas jamais experimentaria e isto não é preconceito, é fato, pois a criança não precisa começar a exercitar a sexualidade genital precocemente para ser uma criança desenvolvida, ela precisa sim, de respeito, de amor e de ter preservado o direito de ser criança.

Mas o pior de tudo isso é que os pais estão fora desta discussão. Quando foi que o MEC chamou a população para discutir a validade destes materiais? Na realidade, quando a bomba vem à tona, aí o governo se faz de vítima, como agora, dizendo que não pode julgar o caso dos erros de português porque o MEC não é o ministério da verdade. Ora, se não é, por que quer que todos aceitem tais cartilhas?

Outro fato grave é criar leis que punem a maioria. A lei não pode dizer o que deve ser feito, mas o que não deve, caso contrário, vira ditadura stalinista.

Pe. Crispim Guimarães
Laguna Carapã – MS


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.