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Consciência iluminada pela Verdade, que é Jesus Cristo

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rezarQuando grande parte das pessoas reclama da ausência de referências e indicadores do caminho para a verdadeira felicidade, quando o nosso país se vê em meio a tantos escândalos com os nossos representantes políticos, quando somos surpreendidos por atitudes de pessoas que deveriam defender os direitos humanos, a dignidade da pessoa, somos obrigados a nos perguntar sobre até quando esta barbárie na consciência das pessoas durará? Até quando “os planos de morte”, e não da defesa dos direitos humanos, não terão mais espaço nas consciências de pessoas tão inteligentes? Não nos é difícil encontrar uma resposta: Trata-se de colaborar para que a consciência do homem seja iluminada com a Verdade. Não a verdade individualista, fruto de uma “ditadura da autonomia” pessoal ou coletiva, pois não podemos negar que exista uma consciência coletiva que maquina o mal e quer destruir o homem em nome dos interesses de uma minoria, mas, a verdade que provém do amor, Deus é amor (I Jo 4,8).

Mais do que nunca nos perguntamos: onde estão os profetas do nosso tempo? Será que simplesmente falamos dos mártires cavaleiros? Dos heróis desbravadores da história? Dos que deram a vida nas arenas e coliseus? Simplesmente não! Perguntamo-nos pelos mártires batizados, chamados a dar testemunho da fé que receberam da Igreja! Perguntamo-nos pelos que vão à Santa Missa cada Domingo, pelos que fazem o sinal da cruz diariamente, pelos que se debruçam no presépio, pelos que celebram a noite da páscoa, os que se dizem devotos de Maria, dos Santos, dos Anjos, dos homens e mulheres de fé que a história nos legou! Perguntamo-nos pelos católicos, mesmo os que sempre reclamam da vida, do mundo, da Igreja, da violência e dos que não querem mais saber de Deus ou que pretendem “viver a vida sem estarem presos a uma moral religiosa”, às obrigações de fé, mas, no entanto, sempre assumem que são católicos!

Temos necessidade de amigos de Deus, de pessoas que compreendem que a fé e suas implicações não podem estar dissociadas da existência concreta, das vicissitudes da vida humana. Não queremos somente falar de Santa Teresinha, de Madre Teresa de Calcutá, de João Paulo II, de Dom Hélder Câmara ou mesmo de Dom Oscar Romero, eles continuam referenciais e luzeiros seguros para a nossa geração, mas queremos também falar dos homens e mulheres do anonimato, dos que estão em nossa casa, na sala de aula, no ônibus, no cursinho, na faculdade, no trabalho, na festa, no bate-papo da web. A ação da graça de Deus e a evangelização devem passar por esses homens e mulheres, não distantes, mas próximos a nós. Outro dia uma pessoa me dizia: “Amigo, em Jesus Cristo e mediante a Sua graça, quero dar a minha vida para que outros vivam melhor e, sobretudo, vivam em Deus, sejam felizes! Quero dar a minha vida para que a mentira não prevaleça, ainda que nas pequenas coisas, entre meus amigos, na minha casa, na minha vida” E pensei comigo: É isto, Senhor! Esta é a motivação profética de que precisamos nas consciências cristãs de hoje. Destas “pessoas anônimas” é que o mundo precisa. Um anonimato que faz diferença, porque quem é batizado, na verdade, não é anônimo, mas está ligado à família das testemunhas da esperança, testemunhas da verdade, que é uma Pessoa, Jesus Cristo. Jesus é a Verdade que deve iluminar toda consciência humana.

“Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar frutos. Se não der, então tu a cortarás” (Lc 13, 9). A justiça humana não é redentora, mas a justiça de Deus o é. No entanto, que a nossa fé e convicções não nos faça omissos. Foi o apóstolo quem disse: Vou cavar em torno dela e adubá-la, Senhor, para que dê frutos. Caso contrário, deves arrancá-la. Há uma parte indispensável que Deus não quer fazer por nós porque “somos livres em meio a homens livres”, mas nossa liberdade tem um distintivo: a Verdade, Jesus Cristo!

Por: Antonio Marcos

Formação: Novembro/2012


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