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Missão Jovem na Amazônia

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Experiência com Deus… Evangelização… Namoro cristão… Algum pedido que você fez a Deus e Ele te atendeu… Vocação… Experiência com os santos, com a Igreja… O comshalom.org quer saber qual é a sua história com Deus.

Todos os dias, publicamos um testemunho novo na home. O de hoje é de Patrícia Guimarães Vieira.

Quer ter a sua história publicada aqui? Envie texto e foto para  redacao@comshalom.org e evangelize conosco.

Confira:

DSC01285 - Copia(1)Eu me chamo Patrícia Guimarães Vieira e faço parte do Shalom em Juazeiro do Norte (CE).

“Ditosos os olhos que veem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não ouviram.” Lc 10, 23b-24

Escolhidos por Deus para irmos à Primieira Missão Jovem na Amazônia, organizada pela CNBB, reunimo-nos no dia 30 de novembro de 2014 em Manaus. Jovens de todos os lugares do Brasil, além de Argentina, Paraguai e Uruguai, saímos do conforto e segurança de nossos lares durante 15 dias porque ouvimos uma voz que nos inquietou e nos enviou. Não nos conhecíamos, mas a alegria e a presença de Deus nos fez família, unindo-nos em profunda comunhão fraterna.

Entre vários sinais de Deus, percebemos um que nos chamou bastante atenção: éramos exatamente 72 missionários. Estávamos vivenciando a Palavra de Deus! Como em Lc 10,1, o Senhor nos havia escolhido e nos enviado em número de 72. Sim, Ele nos olhou e desejou cada um de nós, de forma particular. A partir daí, já esperávamos muita graça, Ele havia planejado tudo. Ele estava no comando.

O grupo foi dividido para visitarmos três dioceses: Coari, Parintins e Boa Vista em Roraima, e a prelazia de Borba. Tive a imensa alegria de ser enviada para Parintins e conhecer a realidade das comunidades ribeirinhas, que vivem à margem do rio, na Floresta Amazônica.

O Senhor nos falou o que queria de nós: não iríamos em missão para levar Cristo, mas para encontrar o Cristo que já estava lá presente nos irmãos. O Senhor, como sempre, nos surpreende e nos dá em abundância. Nesta experiência pude contemplar o rosto de Cristo em cada um dos pequeninos. Foi uma das experiências mais belas e concretas que tive com o Cristo ressuscitado.

A Amazônia me ensinou que ela não se resume a rios, florestas, onças, jacarés… a Amazônia tem um rosto, é um povo forte, batalhador, humilde e muito dedicado em manter viva a fé católica. Encontrei uma fé pura, simples, mas profundamente comprometida. Aprendi uma grande lição de amor à Igreja e a Deus.

Na Comunidade de Pari, durante todo o ano de 2014 iriam ter 3 missas. No entanto, todo domingo, famílias se deslocavam de canoa ou “voadeira” para se reunirem na capela simples e pequenina para celebrar a Palavra de Deus, participar de cursos de catequese e  grupos de jovens.

Da Amazônia não voltei só nem voltei inteira. Deixei parte de mim lá, e trago em meu coração e nas minhas orações Elias, meu afilhado de batismo com que Deus me presenteou nessa missão. Tesouro que me une à Amazônia diante do Eterno.

Em comunidades isoladas e esquecidas na Amazônia, em capelas simples e pequeninas, nos corações abertos e sedentos por Deus descobri a verdadeira riqueza, pude contemplar a face de Deus em cada irmão que lá encontrei.

Volto dessa experiência missionária com coração transbordante de alegria e gratidão a Deus. Convencida que minha vida não pertence a mim. Ela pertence a cada pequenino filho de Deus que está à espera de um olhar, de um sorriso ou de uma simples presença. Há um mundo que sofre lá fora, que espera o “sim” de cada um de nós.

Volto mais rica do amor de Deus e mais fortalecida na fé, pois ofertando o meu nada, Deus me devolveu em abundância. “Ninguém há que tenha abandonado, por amor do Reino de Deus, sua casa, sua mulher, seus irmãos, seus pais ou seus filhos que não receba muito mais neste mundo e no mundo vindouro a vida eterna.” Lc 18, 29-30

Posso dizer que esta Palavra se cumpriu e se fez viva hoje no meio de nós, 72 discípulos e irmãos!

Repito as palavras do Papa Francisco: “Jovens, não tenham medo de ser felizes!” Pude comprovar que a felicidade plena está no encontro com Deus, e este encontro se dá quando decidimos partir, sair de nós mesmos. Ao levarmos Deus, encontramos o próprio Deus.

 

 


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