A Irmã Kelly Patrícia foi a segunda atração a subir ao palco do Meu Amigo é Massa neste sábado, 6.
O evento está sendo realizado no Colégio Santa Isabel. Durante o show, a artista levou o público a rezar, cantar, dançar e se emocionar.
A cantora relembrou músicas que marcaram sua carreira e trouxe novos sucessos. A música “Não estou só”, do CD Filhos da Luz, levou os jovens aos gritos empolgados. Durante a canção, a irmã utilizou a famosa guitarra.
Em entrevista exclusiva ao Comshalom, a artista falou sobre sua experiência com Deus, a fundação do Instituto Hesed, sua carreira e a gravação do seu primeiro DVD acústico. Ela também respondeu a perguntas de fãs que estavam no Meu Amigo é Massa. Confira.
Comshalom: Com que idade a senhora teve a sua experiência com Deus e como? (Pergunta da fã Marceli Viana, 22)
Irmã Kelly Patrícia: Minha família sempre foi muito católica, principalmente minha mãe. Ela era de missa diária, grupo de oração. Minha mãe deixava a gente no colégio e ia para a capela fazer oração pessoal antes de ir ao trabalho. Sempre fui criada ligada à religião e à vida espiritual. Rezávamos o terço todas as noites. Minha experiência com Deus foi crescendo…
Mas teve um momento em que senti que Deus queria me chamar para a vida religiosa. Tinha 13, 14 anos e acompanhava minha irmã mais velha no vocacional. Ela queria ser freira. Eu ainda não queria ser religiosa, estava lá por causa de uma aula de italiano que tinha no vocacional. Mas nesse grupo, comecei a sentir o chamado para me consagrar a Deus. Com 15 anos, decidi que seria religiosa de vida contemplativa.
Comshalom: Como veio o chamado para fundar o Instituto Hesed? Este grande sonho do coração de Deus… Deus já colocava algo novo em seu coração?
Irmã: Deus estava colocando no meu coração, mas não que eu soubesse conscientemente. Depois, olhando minha história, vi que Deus estava me lapidando, me formando para este momento em que Ele contaria o grande segredo do coração Dele, o Instituto Hesed. Esse segredo, Ele contou também para a Madre Jane. Costumo dizer que ela é a fundadora porque entramos juntas e ela é mais velha. (Risos)
Fiz experiência no Carmelo por dois anos e meio, depois convivi com a Comunidade Mariana Oásis da Paz e a partir daí tive o desejo de ir a Medjugorje.
Comshalom: Irmã, quando foi essa viagem a Medjugorje?
Irmã: Foi em 1996 e lá conheci Irmã Jane. Ela era leiga, tinha dois filhos, mas nunca foi casada. O testemunho dela é muito belo. Fomos acompanhadas por um sacerdote devoto de Medjugorje para nos ajudar a discernir a vontade de Deus para nós. Resumidamente foi isso… (Risos).
Comshalom: A música sempre esteve presente em sua vida desde a adolescência. Em que momento da sua vida quis evangelizar através da música? (Pergunta do fã Erisson Alves, 25)
Irmã: As coisas foram acontecendo providencialmente. Com 12 anos, aprendi a tocar violão e comecei a tocar na paróquia, mas nunca tive a pretensão de ser uma missionária própria disso, em especial quando descobri que a minha vocação era contemplativa. Jamais tive a pretensão de evangelizar, como faço hoje… Mas como eu gravei uma fita com a espiritualidade carmelita junto com a Comunidade Shalom no inicio dos anos 1990, as pessoas sempre me pediam para gravar outro trabalho. Então as coisas foram acontecendo… (Risos)
Comshalom: O desejo de gravar canções com a vida de santos como Santa Teresinha, São João da Cruz e Santa Teresa ganhou corpo já em 2001 e a senhora gravou sucessos como “Regaço Acolhedor”, ” Passarinho”, “Prisioneiro do Amor” e “Via Sacra”. Recentemente, assumiu a guitarra em seus shows. Os jovens são a inspiração?
Irmã: As músicas parecem estilo de rock e pop. Os jovens são sim a grande inspiração. Os jovens gostavam do estilo original, mas havia aqueles que não e nós queríamos atingir mais jovens; até todos! Olha que pretensão… (Risos).
As poesias dos santos são palavras muito fortes, muito mais do que as minhas porque são palavras de pessoas que viveram o Evangelho e que nos são dadas como modelo pela Igreja. Eu estou tentando… Mas eles viveram isso!
Comshalom: Irmã, depois da guitarra nos shows, que novidades podemos esperar para sua carreira? Alguma para este ano?
Irmã: Vamos lançar um DVD acústico. Bem diferente. (Risos). Acho interessante que na nossa Igreja temos várias moradas, diversos ritos. O estilo novo não significa que eu mudei, mas que acrescentei.
Mas este DVD acústico está muito gracioso. Espero que agrade as pessoas. Sairá este ano, se Deus quiser, com músicas belíssimas, algumas de Santa Teresinha dedicadas ao Menino Jesus. Tenho muita devoção à infância do Menino Jesus. Aguardem!
Terezinha Fernandes