Francisco e Teresa: modelo e caminho

O testemunho desta semana é a partilha da Rebecca Medeiros, disponivel em seu blog Partilhash. Confira!

“Partilho hoje com vocês uma experiência que Deus me fez ter ano passado, durante uma adoração, sobre o “caminho” e o “modelo” que o Senhor quis dar à Comunidade Shalom. Lembrando que esta é só uma partilha pessoal.”

“Neste caminho de Amor Esponsal e santidade, o Senhor nos dá um modelo: Francisco de Assis. Como o Senhor deu a Francisco um coração amante e despojado assim também Ele no-lo quer dar. Por outro lado, o Senhor nos dá um caminho a seguir: o de Santa Teresa D’Ávila. O caminho de oração, de intimidade com o seu Senhor, de união íntima com o Amado é caminho também para as nossas almas.” (Escrito Amor Esponsal, 12)

Bem, enquanto eu rezava, via-me em um caminho bem cheio de pedras, mas cercado de belezas. Ao final do caminho, uma luz, uma esperança, uma certeza de eternidade; e era lá que eu queria chegar. Mas como, se olhando para mim e para estrada, parecia-me tão impossível? Sim, certamente era belo aquilo que estava ao redor de onde eu estava, mas eu sabia que ainda não era tempo de provar daquilo tudo e que se me arriscasse, poderia nunca mais voltar ao caminho, nunca alcançar o fim da rota e perder todo o sentido daquela beleza. Era tempo de caminhar naquela estrada de pedras, caindo tantas vezes, mas sempre contemplando as belezas ao redor, que eram apenas um vislumbre daquilo que Deus quer me dar no Céu, minha Pátria.

Foi aí que eles apareceram! Primeiro foi Teresa. Ela estava ao meu lado, na verdade, um pouco atrás, segurando-me pelos ombros e me ajudando a caminhar. E depois Francisco surgiu, mas não na estrada: o Pobrezinho de Assis podia correr pela estrada, ir até o fim sem muito esforço, voltar, passar por mim, sair da estrada, tocar as belezas que eu ainda não podia tocar, etc., etc., e tudo isso cantando, pulando e dançando. Esse Francisco!

Quando o vi, meu coração ardeu. Eu quis aquilo! Queria aquela liberdade, aquela docilidade, aquela simplicidade! Mas, junto a Teresa, eu sabia muito bem que era preciso, primeiro, chegar até o final daquele caminho pedregoso.

E foi assim que eu descobri o que o Senhor quis dizer naquele parágrafo 12 do Escrito Amor Esponsal. Quer dizer… Pelo menos pra mim Ele revelou assim: Teresa no caminho, junto a mim, ela que soube tão bem percorrê-lo e que, como baluarte da vocação Shalom, estava ali pra me ajudar e me ensinar a caminhar por ele; e Francisco sendo Francisco, percorrendo livremente o caminho, as belezas, o Céu, ele que tão livremente soube caminhar, evangelizar, doar-se e que hoje é para mim um modelo. Olhar para aquela liberdade faz meu coração se dispor a continuar caminhando, sabendo que Deus quer me dar tudo aquilo.

Rebecca Medeiros escreve no blog Partilhash e é postulante da Comunidade de Aliança