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Dotes divinos e femininos. Problema ou virtude?

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Uma reflexão sobre os vários posts e memes que satirizaram os adjetivos “bela, recatada e do lar”, na última semana

Recentemente, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no Brasil nasceu de matéria publicada em uma famosa revista do país. Os vários posts e memes satirizam os adjetivos “bela, recatada e do lar”, baseando-se no perfil traçado da esposa de um político brasileiro. Quem viu?

O que chamou atenção, de fato, além das críticas e palavras pejorativas contidas nos trocadilhos, sem cair no mérito se os predicados se aplicam ou não à jovem senhora, foi a inversão de valores, papéis e até mesmo de virtudes femininas nos tempos de hoje. Levando em consideração que a sociedade, de certa forma, exige e força uma suposta “igualdade” entre homens e mulheres, é nítido perceber que cada vez mais os referenciais das virtudes particulares das mulheres se diluem e se misturam com as dos homens, não deixando que elas naturalmente se distingam e apareçam nos relacionamentos.

Mas o que significa virtude a não ser uma disposição firme e habitual para a prática do bem, principalmente quando passamos a conhecer o amor de Deus por nós? Quantas mulheres foram alcançadas, resgatadas e até mesmo transfiguradas quando descobriram na Virgem Maria o modelo de mulher, que nos revela novas mentalidades e muda as antigas? Essas antigas, já tão entranhadas e caducas em nossas consciências, muitas vezes só nos levam a retroceder com atitudes competitivas em uma disputa sem fim. Homem e mulher, dois seres tão diferentes, mas que se completam…

A verdade é que conhecemos muitos testemunhos de mulheres que, a exemplo de Maria, Mãe de Jesus, tornaram-se muito mais belas ao optarem pelo recato na fala, na vestimenta e nos relacionamentos. Tornaram-se muito mais dóceis quando escolheram ser belas mulheres e, com maturidade, abriram-se à misericórdia de Deus, ao se aproximarem dos encantos do Esposo de suas almas. Exalam, assim, com suas atitudes, a verdadeira essência feminina. Quantas hoje, mesmo na luta diária do trabalho, continuam sendo do lar, multiplicando-se em mil dentro de suas condições para zelar por sua família com dignidade e amor?

Em uma sociedade moderna, onde todos são livres para expor suas opiniões construtivas ou não, sempre há alguém que critique a mulher recatada ou a que se expõe com exagero. E muitas podem perguntar: como ser uma mulher “normal”? Não existe padrão, regras ou manual. O mais importante é que a verdade forma pessoas livres, e essa liberdade edificadora nos torna realmente filhas de Deus, capacitando-nos a dizer o fiat de Nossa Senhora.

Penso que ser bela, recatada e do lar é algo honroso. Essas palavras deveriam ser tomadas como verdadeiros elogios e predicados valiosos. O hábito da oração e da vivência dos ensinamentos da Palavra de Deus, que ressaltam o valor da mulher na sociedade e na Igreja, aproximam-nos das palavras do Papa Francisco: “Os dotes de delicadeza, sensibilidade e ternura peculiares, que enriquecem o espírito feminino, representam não apenas uma força genuína para a vida das famílias, mas uma realidade sem a qual a vocação humana seria irrealizável. E isto é importante! Sem estas atitudes, sem estes dotes da mulher, a vocação humana não consegue realizar-se! ”

Vale, então, olhar-se no espelho e se questionar sobre o que se considera bom e virtuoso. E se, no caso das mulheres, estamos nos empenhando em uma luta salutar em viver nossas verdadeiras virtudes. Como filhas de Deus, esta é a batalha que devemos travar: ser, no mundo, as Marias que realmente Deus quer que sejamos.

Angela Barroso


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