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A relação entre as paralimpíadas e Santa Teresa de Calcutá

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Celebramos no mês de Setembro dois grandes eventos que nos ensinam que é sempre possível escolher a vida superando os mais profundos limites humanos. Em Roma, a festa da Canonização da Madre Teresa de Calcutá e, no dia 7, no Rio de Janeiro, o início das Paralimpíadas  2016.

Teresa nos ensinou  a amar e a abraçar com mais esperança a humanidade ferida e sofrida e, portanto, a nossa própria humanidade “A maior doença do Ocidente hoje não é a lepra nem a tuberculose; é ser indesejado, não ser amado e ser abandonado. Nós podemos curar as doenças físicas com a medicina, mas a única cura para a solidão, para o desespero e para a desesperança é o amor. Há muitas pessoas no mundo que estão morrendo por falta de um pedaço de pão, mas há muito mais gente morrendo por falta de um pouco de amor. A pobreza no Ocidente é um tipo diferente de pobreza – não é só uma pobreza de solidão, mas também de espiritualidade. Há uma fome de amor e uma fome de Deus.” A maneira com que esta Santa cuidou e amou dos mais pobres dos pobres,  pessoas muitas vezes jogadas no lixo pelos próprios familiares, traz uma importante lição para um mundo onde crimes como a eutanásia e o aborto são promovidos sem rubores.

Com alguns valores semelhantes aos de Madre Teresa e opostos aos da chamada Cultura de morte, as Paralimpíadas são a prova cabal de que aqueles que seriam descartáveis ou desprezados por seus limites podem não só ser reconhecidos, mas também acolhidos, admirados e vitoriosos.

A esquiadora americana Caitlin Sarubbi, que veio participar dos Jogos no Brasil, nasceu com uma rara e gravíssima síndrome que a deixou cega. Seus pais só descobriram isto no momento do nascimento. O que poderia ser um trauma irreversível se transformou em mais um motivo para lutar e escolher a vida com alegria e gratidão.  

A atleta já declarou que foi o apoio dos seus pais um dos fatores principais para a  superação de suas limitações físicas e a consequente participação em diversas competições da esgrima em seu país e, agora, no mundo. “Minha filha foi completamente aceita por nós e isto nos deu a força necessária para trazê-la para o mundo lá fora, e nunca mais parar.” Afirmou sua mãe, Cathy, que ainda gerou mais quatro irmãos após o nascimento da atleta.

Santa Teresa de Calcutá e testemunhos como os de Caitlin Sarubbi nos ensinam a sempre celebrar a vida, mesmo em suas mais profundas e dramáticas belezas. Escolher a vida é sempre o melhor.

Mesmo em meio aos limites humanos podemos, confiando em Deus, saber que algo maravilhoso se esconde por traz de cada sofrimento. Afinal, sem exceção, aconteça o que acontecer, Deus deu a todos os seres humanos a grande oportunidade de viver uma vida onde a vitória final será eterna e sem limites.

Hannele Boell


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