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Moysés Azevedo e Dom Antônio Augusto respondem perguntas dos jovens

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Em visita ao Rio de Janeiro, o fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo, participou de um encontro com os jovens da missão. Acompanhado do bispo auxiliar da arquidiocese, Dom Antônio Augusto, ambos responderam a questionamentos da juventude. Confira os principais pontos abordados no encontro.

COMO MANTER UMA FIRMEZA NA DECISÃO POR CRISTO SEM PERDER O AMOR
“Antes de eu escolher a Deus, eu fui escolhido, amado. Isso é o que em grande parte nos sustenta. É essa escolha que nos sustenta. A perseverança se dá todos os dias, sobretudo na busca da graça de Deus. Deixar que ele fortaleça o nosso coração, deixar que a Palavra nos interpele. Isso vai fortalecer a nossa vontade, para que o nosso sim seja diário. Por isso precisamos da graça diariamente. A cada dia basta o seu cuidado. Se hoje, apoiado na graça de Deus eu der o meu sim a Deus, é o próprio Deus que garante o meu futuro”, disse o fundador da Comunidade Shalom.

COMO SE POSICIONAR DIANTE DA CRISE POLÍTICA DO PAÍS
“As crises mundiais são crises de santos. Falta santos nos meios de comunicação, na política. As grandes revoluções na humanidade foram feitas pelos santos e não pelos revolucionários. A humanidade é convertida pelas pessoas que vão na contramão dos golpes. Como um santo revoluciona o mundo! Essa pessoa é capaz de mover os jovens a uma mudança de vida. Aqui no Rio de Janeiro nós temos esse testemunho com o Guido. Em dezembro vai ser enviado o processo para o Vaticano. A santidade atrai as pessoas, a santidade cria círculos concêntricos em volta da pessoa que responder com sim diário a chamada de Deus. Os jovens podem contribuir com o mundo deixando-se atrair por Cristo”, explicou Dom Antônio.

COMO TESTEMUNHAR CRISTO NA VIDA PROFISSIONAL
“Alguns de vocês sabem que eu sou médico. Uma das doenças do mundo moderno é justamente a pressa do pensamento. Uma doença que está enchendo consultórios de psicólogos e psiquiatras. O excesso de rapidez causa dispersão mental. É preciso dar espaço para o silêncio senão somos devorados pela pressa exterior e mental. Sem silêncio não há contemplação e, sem contemplação, não há uma ação efetiva. Os grandes foram pessoas contemplativas. Pasteur se definia: eu vou do laboratório para o oratório. Um cientista necessita do silêncio para ter a serenidade para contemplar a natureza e encontrar os seus segredos. Se temos a pressa mental somos desconhecidos de nós mesmos. A gente tem que ter silencio. Por isso é tão importante a oração para ouvir Deus falar. Não fujam do silencio, especialmente o silencio do retiro. Precisamos usar muito bem o nosso mundo interior. A gente tem que amar o silencio. Quem perde o silencio perde uma dimensão significativa do nosso ser”.

COMO TER POSICIONAMENTO SEM SER INTOLERANTE
“No mundo inteiro existe uma radicalização de posições. Não podemos cair nestas armadilhas que ideologias os aprisionem, porque nós somos homens e mulheres de fé. Nós temos que, sustentados por Jesus Cristo, não permitir que isso nos destrua. Nós temos que construir pontes. O que uma ideologia faz é nos levar a achar que somos os absolutos, donos da verdade e que os outros são ignorantes. Então a gente cega e fica preso a um pensamento. Nisso nos ensina muito o Papa Francisco. Ele lança pontes. Mais do que nas palavras, ter a sensibilidade de ver o outro, ver o que o outro está dizendo e aproveitar o que o outro tem de bom. Imagine se Jesus olhasse para Zaqueu a partir dos seus rótulos. Mas Jesus soube olhar para ele e ver no coração dele um homem sedento. Jesus vai sempre além dos preconceitos, Ele olha o outro, Ele tem um olhar misericordioso. E foi isso que Ele fez comigo. Como Jesus nos olhou, nós também devemos olhar os outros. Ele é um amado de Deus que deve ter todo o meu respeito. Não tem fórmula. Mas eu tenho como te ensinar a amar como Jesus amou. Se você olhar para os outros como Jesus olhou para ti, amar como Jesus te amou… Deus me olhou quando eu era inimigo de Deus, assim também eu devo tratar os outros. Essa é uma doutrina segura. Aí a gente constrói pontes. O mundo não vai ser transformado pela força das nossas opiniões, mas pela força do amor que nos une. Eu acho que este é o caminho, o caminho da Misericórdia. Se cobrem de pedras, cubra de amor. A questão fundamental é esta: se estamos convencidos de que a força da Misericórdia transforma o mundo. Eu acredito em Jesus Cristo e acredito que o que transforma o mundo é a Misericórdia”, finalizou Moysés.


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