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Como Fio de Ouro mudou minha Vida! Por Karla Adryana

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O amor de Deus supera tudo! Trilhar um caminho de autoconhecimento, onde Deus é o guia para curar as feridas da autoimagem e ordenar todas as áreas do ser humano para o Amor é a proposta do curso Tecendo o Fio de Ouro, oferecido pela Escola de Formação da Comunidade Católica Shalom.

 

Karla Adryana Leitão Azevedo mora em Palmas – TO, e conta como foi viver a experiência de rever toda sua história pessoal e perceber que Deus sempre esteve a seu lado, mesmo no sofrimento, a preparando para viver o Amor de forma profunda.

Quando fui atraída pelo Amor e entrei no Shalom em 2007, me deparei com as formações. Achei fantásticas! Meu coração enchia-se de alegria, já que gostava muito de estudar. Observar as coisas de Deus, fazia com que minhas verdades enraizadas se abalassem. Alguns meses no grupo de oração e fui agraciada com o Fio de Ouro.

“Meu Deus, um curso de autoconhecimento! Tudo que uma pessoa precisa para se entender melhor”, eu pensava, mas não imaginava o tamanho da graça que estava reservada para mim.

Fiquei surpresa ao descobrir que não era apenas o que eu iria conhecer sobre mim, mas o que Deus pensa a meu respeito. Descer a fundo nas feridas com Deus faz toda diferença. Como sou agradecida a Deus por ter me presenteado com este curso, mais que um curso, um tratamento, cura interior. Foi um divisor de águas em minha vida.

Em 1996, com 25 anos de idade, saudável, alegre e cheia de vida, próprio da juventude, tive um derrame cerebral (AVCI). Mãe de dois filhos e grávida de dois meses do terceiro, meu mundo caiu! Fiquei em coma por outros dois meses, gestando o bebê. Os médicos queriam abortá-lo. “O bebê não tem chance de sobreviver”, diziam. Minha mãe, dona Ada, católica viva, não deixou que o fizessem. Por pura graça de Deus sobrevivemos, o bebê e eu. Depois, fiquei muda e tetraplégica por dois anos. Com muita fisioterapia e fonoaudiologia consegui recuperar alguns movimentos, poucos mas o suficiente para acariciar meu bebê. A minha barriga crescia a cada dia e limitava ainda mais os movimentos, mas não sentia que me atrapalhava, já que essa era a única felicidade que me acompanhava dia e noite. Quando o bebê nasceu, minha mãe o segurava em meu colo para que eu conseguisse amamentar. Depois de muito tempo e esforço consegui me recuperar parcialmente, andava arrastando uma perna e com um andador, mas isso era motivo de comemoração para as pessoas que estavam me ajudando. Para mim ainda não. Eu queria minha vida de volta.

Como o ouro tem que passar no fogo para ser purificado, a minha saga ainda não tinha terminado. Fui novamente “contemplada” com um problema na coluna, segundo os médicos “cirúrgico”. Espondilolistese na L3. Doenças sempre tem nomes bonitos. Deve ser para amenizar a dor. Já que eu tinha que fazer a cirurgia, que a fizessem logo. Fiquei mais um ano engessada do tórax ao joelho, em cima de uma cama.

Com tudo isso, estava destroçada, farrapo humano, como diz Emmir Nogueira. Entrei eu um processo de depressão muito sério. Com isso veio o divórcio, estávamos cansados de lutar sozinhos contra a doença pois não conhecíamos a Deus. E o que não é construído na Rocha não resiste a tempestades. Meu mundo literalmente desabava sobre minha cabeça, estava em um poço sem fim.

Sabia que algo muito grande tinha me acontecido. Sentia em meu coração mas não conseguia olhar para a grande graça, apenas para as desgraças de minha vida. Uma tristeza imensurável tomava conta de minha alma.

Sentia tudo guardado em meu coração. Deus falara comigo, me tocou com Seu amor de alguma forma, mas eu não conseguia me expressar, sair do túmulo que eu tinha me colocado. Não conseguia dar passos, falar do acontecido.

Foi quando mais uma vez a Sua misericórdia veio ao meu encontro. Me apresentou o Fio de Ouro. Como psicopedagoga, engolia os ensinamentos que me fortaleciam a cada dia, entendia que eu não precisava ser refém de mim mesma. Contemplava o grande milagre que Deus tinha realizado em minha vida. Deus me dava todas as respostas que eu tanto procurava, e a resposta era Ele mesmo, a verdadeira resiliência.

Com o Fio de Ouro fui entendendo todos os processos que estava vivendo, fui observando a grande obra que Deus estava fazendo em minha vida. “Porque eis que vou fazer obra nova, a qual já surge: não a vedes? ” (Is 43,19). Deus me tirou dos meus túmulos, me fez sair da prisão, quebrou as correntes, derrubou as muralhas e me devolveu a dignidade de filha de Deus.

E como em um “click” tudo foi ficando muito claro. Fui me sentido amada por Deus recuperando minha autoestima, naquele momento não apenas sabia mas tinha consciência do que tinha acontecido. Entendi que o segredo não é lutar contra a doença, mas unir se a ela, e pouco a pouco Deus dará um novo sentido para sua vida. O sentimento de responsabilidade aumentava diante o ocorrido.

Para saciar o desejo de transbordar as maravilhas de Deus, escrevi um livro, Silêncio Revelador, contando toda a história. Foi no silêncio que Deus falou comigo.

Dou o testemunho em escolas, presídios, para professores etc, por todo o Tocantins. Sei que quando Deus toca a nossa vida com Seu olhar misericordioso, a história não é apenas nossa e sim da humanidade ferida, machucada, sem esperança. Hoje sei que não é apenas minha história mas sim o que Deus fez nessa história,

Precisamos levar às pessoas palavras de amor e esperança. Tenho certeza que o mundo precisa de testemunhos, precisa tocar nas maravilhas de Deus, precisa saber que o amor de Deus é real. O mundo precisa viver a liberdade em Deus.

Com carinho, Karla.

 

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