Formação

Santa Clara e a TV do bem e do mal

O Papa Pio XII via no fenômeno televisivo algo de fantástico e passível de comparação com o milagre vivido por Santa Clara, então sugeriu comemorar o Dia da Televisão no dia em que se refere a morte da santa.

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Foto: Unsplash

Santa Clara de Assis em 1958, foi escolhida pelo Papa Pio XII como a padroeira da Televisão. Conta-se que certa vez, impossibilitada de assistir à missa matinal do dia de Natal, ficou em seu quarto sozinha, meditando e orando ao menino Jesus. Milagrosamente, Clara conseguiu ouvir e “assistir”, visualizando de uma forma fisicamente inexplicável, tudo o que se passava na referida missa, nas paredes de sua clausura, deixando mais tarde, suas companheiras perplexas ao narrar cada momento.

O Papa Pio XII via no fenômeno televisivo algo de fantástico e passível de comparação com o milagre vivido por Santa Clara, então sugeriu comemorar o Dia da Televisão no dia em que se refere a morte da santa, hoje dia 11 de agosto, pois, em se tratando de um veículo de comunicação de massas, seria importante ter a TV uma imagem associada a um santo católico.

Com a televisão invadindo todos os lares primeiramente com imagens em preto e branco e depois em cores, São Josemaria Escrivá, o santo do cotidiano, falecido em 1975, também se surpreendeu ao ver pela primeira vez as belas imagens com um colorido tão natural, e disse: “A cor é tão atrativa que nos mete aí dentro, na tela, seja o que for que transmitam…”

Após desligar a TV, elogiou e deu glórias a Deus pelos grandes e pequenos progressos, pois “todo o trabalho humano nobre, bem realizado e bem empregado, é um instrumento prodigioso para servir a sociedade e para santificar-se”.

Para o santo, os meios de comunicação poderiam ser usados tanto para o bem ou para o mal. No caso da TV, um veículo “formidável”, seria um bem pelo fato de “chegar a muitas pessoas, captando-lhes a atenção de um modo muito atrativo”. Já para o mal, Josemaria acreditava que as imagens e textos da TV poderiam ir metendo doutrinas errôneas e falsa moral: “as pessoas engolem esses erros e essas falsidades sem perceber, como se fossem ouro puro”.

O apostolado através dos meios de comunicação, para ele, sempre seria de muita, muita importância e ia além de seu tempo, em suas claras e atuais advertências: “Os católicos que tiverem essa vocação profissional, os jornalistas, os comunicadores da imprensa, rádio e televisão devem estar presentes e bem ativos: ausentar-se seria desertar”.

Cabe então a cada um de nós telespectador, a luz de Santa Clara, descobrir por meio de nossos discernimentos cristãos, o que realmente será benéfico entrar em nossos lares por meio da televisão. O que verdadeiramente vale a pena captar a nossa atenção, selecionar filmes, programas e principalmente desenhos animados para as crianças, que inocentemente nas atrações do colorido da TV, vão engolindo falsas ideologias.

Santa Clara, rogai por nós!

Por Angela Barroso

 

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