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Como provar da fidelidade sem ouvirmos a promessa?

Hoje eu entendo que vivo coisas que são a realização do cumprimento das promessas de Deus, promessas feitas no meu Acamp’s.

comshalom

Meu nome é Thais, tenho 23 anos e sou carioca.

Prestes a completar 18 anos eu tinha uma vida aparentemente normal, morna. Nada de extraordinário acontecia, nada de extraordinário eu sentia … eu estava apenas arrastando meus dias. Cansada das mesmas coisas, das mesmas pessoas, cansada até de mim. Cansada também de um Deus que a meus olhos era um Deus distante. Fui nascida e criada dentro da igreja católica, toda a minha família é de caminhada. Meu relacionamento com Deus era com data e hora marcada, grupo de oração nas quintas e missa aos domingos. Eu saia da minha paróquia com vontade de mais, era como se eu tivesse acabado de almoçar e continuasse com fome, não sei ao certo explicar o que eu sentia. Até que surgiu a oportunidade de ir pro Acamp’s, em janeiro de 2012.

Assim que pisei no sítio eu me arrependi de ter ido. Estava sozinha, mesmo sendo muito comunicativa eu tinha certeza que não faria nenhuma amizade, minha vontade era nem descer do ônibus e dali mesmo voltar pra casa. Fui recepcionada por 6 meninas muito felizes. Elas tinhas outras características, mas a felicidade estampada no rosto e nos olhos delas me impactou. Eu detestei toda aquela simpatia e acolhimento. Elas eram felizes e gente feliz me irritava. Os dias foram passando e pela primeira vez ouvi a voz de Deus. Eu já tinha tido minha experiência com Ele, mas lá eu tive minha experiência com Ele dentro do Carisma Shalom e eu garanto: foi totalmente diferente! Foi como eu precisava. Ouvi Ele chamar meu nome e dizer que me amava. Mas não só dizia, o surreal é que eu sentia esse amor! Naquele momento eu entendi que Ele me chamava pra perto, só não fazia ideia de como seria isso. Além disso Ele me prometia a felicidade, me prometia também a união da minha família. Saí do Acampamento tendo estampado no rosto o mesmo sorriso que de cara eu tinha detestado. E o mais engraçado foi que pela primeira vez eu não estava me forçando a rir pra mostrar que estava bem, era natural.

O tempo passou eu eu comecei a frequentar a obra shalom, sempre com aquela voz guardada. Mas eu sempre fui muito imediatista, querendo tudo pra ontem. Sabemos que Deus tem Seu tempo e que nem sempre é o mesmo que o nosso, hoje eu entendo mas na época não. Eu ainda tinha muita sede, muita vontade de continuar com essa felicidade e de ouvir a Deus, essa sempre foi minha maior vontade. Mas como eu disse, Deus tem Seu tempo e eu não soube esperar. Aos poucos fui me afastando. Quando nos distanciamos de Deus, nos distanciamos de nós e eu fui pra tão longe que acabei me perdendo de mim mesma, me perdi dentro de mim. A vergonha do retorno é companheira do medo do recomeço, os dois unidos nos paralisam. Andei muito, corri de todos, de Deus, de mim. Corria mas não saia do lugar. Eu procurei, tentei … parece que eu fazia questão de me enganar. Queria me saciar mas tinha pressa. Esperar Deus e Seu tempo não estava dentro das minhas opções. Minha sede era cada vez maior. Quanto mais bebia do mundo, mais seca eu ficava. Como voltar? Eu já não me recordava nem do caminho. O buraco que tinha no meu coração eu estava tentando tapar com coisas e principalmente pessoas. É como se esse buraco fosse no formato de um triângulo e tudo o que eu tentasse encaixar fosse um quadrado. Por mais força que eu fizesse não entraria. E o que eu consegui com isso? Me machucar. Cansada, desmotivada, decepcionada e entrando numa crise de depressão, assim eu me encontrava no final do ano de 2015.

Minha mãe já não suportava ver meu estado e me obrigou a ir com ela pra missa de Natal no Shalom. Durante a ação de graças eu revivi todo o meu acampamento, ouvi novamente a Voz que chamou meu nome, dessa vez com mais firmeza, Ele sempre soube como falar comigo. É difícil voltar, dói. Doeu por muito tempo, principalmente pelo fato de ter que admitir que eu precisaria recomeçar. Vergonha e medo eram presença mas não mais totalidade.

Antes do retorno em si é preciso haver a decisão de retornar, isso sim é difícil. Mas eu fechei o olho e fui. Aquela Voz dessa vez chegou aos meus ouvidos de forma irresistível. Eu já tinha me entregue a tantas coisas, tantas pessoas … porque não? Naquela missa eu disse pra Deus “é a última chance que tenho pra ser feliz, eu to cansada de tentar”. Lembrei dos sorrisos do acampamento, dos sorrisos que recebi ao chegar e do sorriso que saí daquele lugar. Deu saudade do que eu vivi, senti saudade de Deus! É estranho saber que a todo o tempo Ele esteve comigo e por opção minha eu não mais O ouvia. Mas até nisso o cara lá de cima é sábio. Tenho plena certeza que tudo o que eu vivi foi necessário, até as dores. Ele sabia que eu precisava ir, só assim eu daria valor e conseguiria reconhecer o meu lugar. Nesse tempo fora Deus me livrou da morte, me livrou de mim e após eu reconhecer isso percebi que minha vida não teria mais sentido se eu não conseguisse mostrar pras pessoas que esse Deus é louco de amor por nós! Louco e paciente, Ele me esperou voltar.

Ele continuava me chamando, parece que agora Ele tinha mais vontade, mais pressa. Me chamou pra mais perto e eu fiquei 6 meses em missão na cidade de Guarulhos (foi a coisa mais incrível que já fiz na minha vida #váemmissão). O convite foi feito em 2012, eu demorei um pouco pra responder e aceitar. Entendo que esse tempo foi necessário, Ele é sábio.

Sou atriz e tenho uma lanchonete, larguei faculdade e a loja pra responder o pedido do Amor. De primeira pareceu loucura, mas loucura maior foi lembrar que antes eu aceitava tudo o que todos os meus outros amores me ordenavam. E Deus simplesmente pediu, não mandou. Como negar um pedido do Amor?

Hoje sou vocacionada, voltei de missão tem 2 meses e estou prestes a mandar minha carta pedindo ingresso na comunidade. Eu sempre fui Shalom, mas demorei pra entender isso, aqui é meu lugar e eu nunca fui tão feliz.

Tudo isso só foi possível pois no meu Acamp’s eu permiti ser amada. Tudo o que Ele me prometeu no meu acampamento, no Seu tempo se cumpre.


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