Criada por Robert Doherty e exibida pela emissora de TV CBS, a série estreia a sexta temporada neste ano. Comecei a ver Elementary em 2017 de forma bem despretensiosa e acabei por finalizar as cinco temporadas recentemente. Confesso que no início tive resistência à produção pelo fato dela se distanciar do imaginário daqueles que acompanham há algum tempo as diversas histórias do personagem de Sir Arthur Conan Doyle.
Em uma versão contemporânea, Sherlock, Jonny Lee Miller (foto), atua como consultor da polícia de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ao chegar à cidade, ele passa por um período de reabilitação para superar o problema com narcóticos enfrentado em Londres, na Inglaterra. Após sair da clínica, seu pai contrata a doutora Joan Watson, Lucy Liu, para ser sua acompanhante sóbria. Ela se envolve com o trabalho de Sherlock e acaba se tornando sua parceira na missão de desvendar crimes.
Na série, os crimes são desvendados à lá CSI (Crime Scene Investigation). Em relação a eles, não tenho muito a comentar. A estrutura dos episódios é basicamente a mesma, salvo alguns que trazem continuações. Primeiramente, tem-se a descoberta de um crime; em seguida, começa a investigação; depois, encontra-se um suspeito em potencial; no final, uma prova já analisada apresenta uma pista ainda não percebida que remete ao verdadeiro culpado do crime. Apesar da estrutura simplificada, os episódios conseguem articular bem os elementos que constituem a narrativa policial. Por exemplo, em alguns casos se tem a arma do crime, em outros a vítima é conhecida, já em outros não há nenhuma informação.
BUSCA PELA SOBRIEDADE
Além de torcer pela sobriedade de Sherlock Holmes, é possível aprender a lidar com vícios. Em suma, a rotina do personagem excêntrico é resolver casos da polícia de Nova Iorque e participar de reuniões de pessoas que buscam superar o problema com as drogas. A série presta, de certa forma, um serviço para quem precisa aprender a lidar com vícios, pois o personagem se torna uma referência, na medida do possível. Há momentos que merecem exceção, mas, no geral, é fácil ter empatia pelo detetive.
A sobriedade é alcançada a partir do reconhecimento do problema e da busca por ajuda. Vale destacar que a sobriedade aqui não se refere somente ao vício em drogas, mas a qualquer tipo. Nesse processo, é preciso ter humildade, algo que Sherlock não tem muito, mas, com ajuda de sua parceira Joan Watson, passa a exercitar. Essa virtude contribui na ação de acolher tanto aqueles que realmente querem ajudar quanto os seus preciosos conselhos. Sherlock passou a evitar tudo o que pudesse ser para ele oportunidade de “queda”, incluindo lugares e pessoas.
AJUDA DE JOAN WATSON
Na versão original e também em outras adaptações, quem acompanha Sherlock Holmes em suas aventuras investigativas é um parceiro. Elementary inova ao apresentar a doutora Joan Watson. Sobre esse aspecto, posso dizer que no início foi difícil aceitar a personagem devido ao imaginário criado e sustentado desde o século XIX pelo criador de Holmes. Mas, ao acompanhar a série, percebi que foi uma boa escolha. Sherlock e Watson não formam um par romântico, mas criam laços fortes. Essa harmonia entre os personagens é algo que favorece o entendimento de que para superar qualquer situação difícil é preciso aceitar ajuda das pessoas certas.
PROMOÇÃO HUMANA
Com o Projeto Volta Israel, a Comunidade Católica Shalom atua no uso abusivo de drogas através da evangelização, prevenção e tratamento de adictos. Desde 1988 tem ajudado jovens e adultos a superar o problema com as drogas. O apoio se estende também aos familiares. A Comunidade também promove a reinserção social das pessoas que sofrem com a dependência química.
SAIBA MAIS
E-mail: promocaohumana@comshalom.org
Tel.: (85) 3308-7453