Palco montado, luzes acessas e tenda armada. A arena Halelluya tá preparada! Finalmente, chegou o primeiro dia do festival, que, por amor, acolhe você, sua família e amigos, durante cinco noites com os melhores shows de músicas católicas.
Vai começar. É hora da missa. Monta e desmonta o altar. Tá pesado! Chama alí os meninos da liturgia para dar uma forcinha aqui. Lembraram de trazer o cruxifico da procissão de entrada? São muitos os detalhes e a celebração eucarística precisa acontecer na mais perfeita ordem.
– Alô? O cantor de hoje já chegou em Fortaleza? Vai ficar onde? Lembrando que o show começa 23 horas! Não pode atrasar, pelo amor de Deus. Chega mais cedo pra não pegar engarrafamento… E a próxima atração já confirmou o repertório do show?
Pra direita, pra esquerda, tem uma vaga aqui… Vem, vem! Apito! Ai que poeira! A galera escalada pra servir no estacionamento toda de máscara. Olha o ticket pra não se esquecer de pagar o estacionamento na volta… – Vamos organizar! Tá lotado!
No palco, a iluminação encanta de ponta a ponta chamando a atenção da galera. O som equalizado mil vezes. – Alô, som, alô, som! Microfones, instrumentos, fios e mais fios que conectam sabe Deus onde, mas que no final produzem uma perfeita harmonia na voz das atrações musicais. – Boa noite, pode me informar onde fica o lounge?
– Tá faltando uma régua no contêiner da comunicação. – Corre, passa um zap no grupo e pede alguém pra trazer. Fotógrafos, jornalistas, computadores, edita aqui, refaz ali. – Que foto feed! Corre pra entrevistar o Moysés! Faz uns stories também. Cadê o link?
– Cuidado pra não queimar! Fica de olho. São os de “toquinha” branca. É a turma da lanchonete, do hambúrguer, da pizza e do refrigerante.
– Amiga, tem que ir nos caixas comprar a ficha.
– Você pode doar seu troco pro Halleluya?
Nos bastidores, tem também a alegria da galera de bata amarela (os que rezam por você), os de bata azul, vermelha e laranja. Tem o povo que organiza os cursos e as filas, a galera da limpeza, a turma da evangelização e da livraria que depois de carregar e descarregar, caixas e mais caixas, montam um stand maravilhoso cheio de opções e souvenir do Halleluya.
São milhares de coisas acontecendo antes, durante e depois do evento, que seria impossível narrar tudo aqui. Milhares de voluntários que um dia tiveram uma experiência com Amor de Deus se unem e transbordam em gratidão por meio do serviço. “Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós” (2 Cor4, 7).
Só sei de uma coisa: o Halleluya acontece de julho a julho. A festa começa nos bastidores. É por detrás de cada história de vida que se realiza o festival por pessoas que não são vistas. Escondidas em suas tarefas das mais simples às mais complexas, estão na arena da vida no palco do coração de Cristo!
Bom Halleluya! Que essa festa nunca acabe!