Fazendo uma rápida pesquisa sobre o significado desta palavra, há sempre uma conexão com termos como: violência, transformação, mudança e radicalidade.
De fato, estamos acostumados a ouvir falar de revoluções que provocaram importantes reformas políticas, industriais, econômicas e culturais ao decorrer da história. Estas transformações, dependendo dos princípios e dos meios utilizados, bem como, dos fins almejados, contribuíram tanto para o progresso e o bem comum, quanto para verdadeiras catástrofes sociais.
Se, no passado, o anúncio destas revoluções já produzia algum estardalhaço, atualmente o alcance destas notícias é imenso, ainda mais com toda a evolução dos meios de comunicação digitais, aos quais temos livre acesso.
Entretanto, existe um tipo de revolução que, ordinariamente, é bem desconhecida pela maioria das pessoas no mundo. Trata-se daquela revolução que nasce silenciosamente em alguns corações violentos e radicais, que, sim, anseiam por mudanças e transformações, mas não através da rebelião ou anarquia, mas por meio da mais poderosa arma que existe desde o princípio dos tempos e que jamais passará ou poderá ser vencida por qualquer mal: o amor.
Exatamente. O amor. Não no sentido “romântico”, mas no seu real significado.
Ocorre que, nos dias atuais, grande parte da humanidade desconhece o verdadeiro sentido do amor, e acaba por reduzir o seu significado tão grandioso a um reles sentimento passageiro, apego ou atração por algo ou alguém.
As consequências deste desconhecimento do que é o verdadeiro amor são terríveis, pois, desconhecendo o real significado do amor, que é o próprio Deus, o homem desconhece a única e autêntica fonte da sua própria capacidade de amar, perde o seu referencial de vivência do amor e acaba por cair em um profundo engano: é comum crer que se está amando alguém, quando, de fato, não se está vivendo nada mais do que a permissividade, omissão ou até uma desordem emocional.
Assim, a dica de leitura de hoje é uma obra que nos apresenta a vida de uma jovem revolucionária que, na solidão e recolhimento da vida carmelita, ensina a conhecer o amor em seu sentido profundo, como esta capacidade de oferta de vida e decisão pelo outro, que provém totalmente de Deus.
Refiro-me ao livro “Teresinha – A Santa Revolucionária”, escrito por Vicente Tomaz e lançado em junho deste ano pelas Edições Shalom.
Nesta obra, o autor ressalta alguns aspectos importantes da espiritualidade e missionariedade desta jovem francesa que entrou no Carmelo de Lisieux aos quinze anos de idade e ali faleceu nove anos depois, tendo deixado nestes breves anos de vida e vocação um legado de santidade que até hoje influencia inúmeras pessoas a também buscarem viver a caridade do Evangelho em sua radicalidade.
De fato, Teresinha foi uma dessas pessoas que deixaram com que Deus revolucionasse tanto sua vida, que, de uma criança altamente frágil e mimada, foi transformada em santa e doutora da Igreja, sendo declarada também como a santa padroeira das missões.
Enquanto as revoluções do mundo continuam a estrondar e fazer tanto barulho – muitas vezes por nada-, este livro é um convite a, com o auxílio de Teresa de Lisieux, termos nós também a coragem de entrar em nosso interior e permitirmos que as mudanças comecem a partir de cada um de nós.
Concluindo, este livro é uma excelente opção para quem deseja conhecer um pouco mais da vida de Santa Teresa de Lisieux e sua pequena via, aprendendo dela o que só é possível viver pela silenciosa e radical revolução do amor.
“Compreendi que o Amor encerrava todas as vocações, que o Amor era tudo, que ele abrange todos os tempos e todos os lugares… numa palavra, que ele é eterno! Então, no excesso de minha alegria delirante, exclamei: Ó Jesus, meu Amor… minha vocação, enfim eu a encontrei, minha vocação é o amor”.
Ficha
Autor: Vicente Tomaz
Idioma: Português
Número de Páginas: 160
Acabamento: Brochura
Editora: Edições Shalom
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Boa leitura!