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Descobri um câncer de mama aos 13 anos de idade

O autoexame pode auxiliar no diagnóstico precoce do câncer

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Como é bem conhecido, o Outubro Rosa é o mês reservado para campanha de conscientização com o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.

Débora Nunes, de 25 anos, viu seus planos tomarem um rumo diferente, quando em 2003, com 13 anos, conheceu através de uma novela o caso de uma mulher que descobriu o câncer de mama fazendo o autoexame. Mesmo ainda criança, atenta as recomendações que toda mulher deveria fazer, fez o autoexame como indicava na novela. Nesse exame de toque Débora descobriu que tinha um pequeno caroço na mama que era até grande na época. Ao saber disto, a mãe ficou desesperada e logo correram para uma ginecologista que confirmou a presença de um nódulo. Então foi necessário fazer uma punção, que consiste na aspiração do conteúdo do nódulo mamário através do posicionamento de uma agulha em seu interior. Como a punção não resolveu, foi necessário fazer uma primeira retirada cirúrgica para a biópsia.

Dois anos depois, já com 15 anos, foi necessária fazer outra cirurgia porque Débora sentiu não só um, mas outros nódulos, como se eles se multiplicassem e crescessem também, já que na segunda cirurgia ela retirou um nódulo do tamanho de uma laranja. Novamente após 2 anos os nódulos retornaram. Agora eram 12 nódulos em cada mama e todos maiores. A mama estava totalmente deformada e não tinha mais nada de mama em si. A saída era fazer mastectomia retirando 95% de tecido. Mesmo com a reconstrução da mama, o que mais a deixou abalada, na época estava com 17 anos, era ter que deixar para trás o sonho de ser mãe e amamentar. Naquele momento ela recebeu a notícia que não poderia amamentar devido a retirada da mama.

Depois disto as biópsias foram feitas e todas apontavam nódulos benignos, apesar da grande multiplicação. A família de Débora tem histórico de câncer de mama, sua bisavó, sua mãe e sua irmã tiveram nódulos e a avó por parte de pai morreu de câncer de mama. Após essa reconstrução e com uma parte do tecido ainda preservado Débora recebe a notícia que teria que voltar mais uma vez para a mesa de cirurgia porque apareceram 3 novos nódulos nessa pequena parte que restou. Então ela se tornou mastectomizada total.

Canto das Írias

Débora conheceu a Comunidade Shalom em 2012 por meio do Acamp’s do meio do ano. Ela conta como a primeira experiência com Deus foi fantástica, de mudança de vida e como fruto a proporcionou fazer parte do elenco do Canto das Írias, onde ainda hoje participa das apresentações. A parte que mais a move em relação a sua experiência com Deus foi também a experiência com Nossa Senhora. Na época, ela não tinha tudo uma proximidade tão grande com Nossa Senhora, então 2012 foi um ano muito importante pra ela, onde de fato ela reconheceu essa maternidade de Nossa Senhora.

Com a autoestima traumatizada e com o sonho da amamentação, ela teve uma experiência como filha. Hoje ela vê Nossa Senhora como mãe e entende que maternidade nem sempre é aquela que amamenta, mas quem está do lado, zelando por seus filhos como também somos cuidados. Hoje ela sente Nossa Senhora muito presente em sua vida, através dessa parte de sua história, que tudo tem a mão e o cuidado da Virgem Maria. Débora destaca: “É muito importante que existam campanhas e que as pessoas frisem a necessidade de fazer o autoexame. Evitou muitos problemas na minha família, inclusive o meu, e pode resolver o problema de muitas outras pessoas”.

Apesar do autoexame ser recomendado para mulheres maiores de 20 anos de idade, muitos casos têm sido identificados ainda na adolescência. Quando alterações suspeitas são detectadas em fases iniciais as chances de tratamento e cura aumentam. Para tanto, é necessário que a mulher esteja atenta ao próprio corpo, e ao identificar qualquer alteração, seja através de surgimento de nódulos na mama ou axilas, alterações no aspecto da pele ou no formato, deve procurar atendimento imediato.

Câncer de mama

A médica Wacilla Batich, vocacionada na Comunidade Católica Shalom, explica que o câncer de mama é o segundo câncer mais frequente nas mulheres na maioria das regiões do país, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Dada sua alta frequência e impacto na vida das mulheres, na década de 90 nasceu o movimento Outubro Rosa, destinado a alertar as mulheres para um diagnóstico mais precoce.

O câncer de mama decorre da proliferação anormal de células malignas na mama. Wacilla fala sobre as causas: “Alguns são de proliferação mais rápida, outros mais lenta. Não existe uma causa única para seu surgimento, é uma associação de fatores ambientais/comportamentais, fatores da história reprodutiva/ hormonais, fatores genéticos e hereditários. Não é uma patologia exclusiva das mulheres mas do total apenas 1% dos casos é diagnosticado em homens.”

Em torno de 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com hábitos de vida saudáveis como: prática regular de exercícios, dietas pobres em gordura, combate a obesidade e aumento da cintura abdominal, sabidamente relacionadas com o aumento do risco. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que todas as mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia de rastreio a cada 2 anos. O rastreio permite diagnosticar o câncer no início, favorecendo um tratamento menos agressivo, diminuindo também a mortalidade.

 

Por Bruna Fernandes

 

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