Sou Gildete Matias, celibatária e membro com promessas definitivas na Comunidade de Vida Shalom. Relutei a escrever, porém, ao me lembrar de Santa Teresa, que nada queria escrever, mas o fez por obediência a Deus, assim também o faço por amor a Ele. Oxalá, sejam essas poucas linhas para honra e glória de Deus e para que Ele seja mais amado.
O celibato não é um privilégio, nem uma forma de vida melhor ou maior que o matrimônio, mas exatamente porque o matrimônio é tão sublime e sagrado, o celibato (matrimônio espiritual com Jesus Cristo) é também sublime.
São Paulo diz que Jesus Cristo ama Sua Igreja como sua esposa, assim como o esposo ama sua esposa. Essa é uma das grandes belezas do celibato e uma das grandes experiências que fiz e tenho feito; como também a verdade teológica a qual, no fim, todos nós viveremos: a comunhão perfeita com Deus no Céu. E o celibatário antecipa isso já aqui na terra.
Viver o celibato é fazer e viver a experiência com a graça de Deus a cada dia, unir-se ao Amado em seu leito, que se torna também o meu leito, que é a CRUZ. Isso acontece de forma muito concreta na conversão e configuração diária a Ele, na confiança e abandono Nele, na vivência da missão, por mais árdua que seja, na vivência comunitária, nos bons momentos, mas também nos desafios. Em todo e em cada momento, vão sendo consumados os esponsais no meu corpo, na minha alma e no meu espírito, assim, vão sendo gerados filhos e filhas para Ele, que apaixonadamente amou-me primeiro e ama Sua Igreja, Sua Esposa.
Que Ele me conceda a graça de ser uma esposa fecunda. Amém.
Gildete Matias