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Shalom Maná: “Venha o teu Reino!”

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Neste mês, na Revista Shalom Maná, refletimos sobre a grande graça do Natal, que é preparado pelo tempo do Advento. O cristão espera confiante e expectante o Senhor Jesus, mesmo em meio aos desafios desse mundo. Confira, a seguir, trecho de artigo publicado na Shalom Maná de dezembro.

Por Pe. Rômulo dos Anjos
Missionário da Comunidade Católica Shalom em Pacajus/CE

revistaTanto o Natal como o caminho de preparação para ele, o tempo do Advento, constituem uma grande graça para nós, pois manifestam a epifania divina, que chega ao seu ponto máximo na Encarnação do Verbo. Sendo o Advento um caminho, devemos sempre zelar por ele, pois somente no seu seguimento seremos conduzidos à meta que desejamos alcançar. Na verdade, fomos antes alcançados por Deus, foi Ele que veio ao nosso encontro e agora espera de nós um acolhimento da Sua presença na nossa vida e na vida do mundo. Deus revela a Si próprio não somente por meio da criação, mas também na história e através da história, inicialmente na de um pequeno e fraco povo, depois esta revelação atinge seu ponto mais alto: Jesus Cristo. É nele que culmina cada promessa do coração do Pai e também culmina a história de Deus com os homens.

Pater

Esta epifania nos revela a face do Pai, nos permite descobrir Deus Pai na nossa existência. O Senhor, por meio de Suas palavras e atos, manifesta o Pai e o Seu amor como nunca tinham sido revelados antes. Em tudo Jesus quer revelar e manifestar esta verdade, sendo Ele o único caminho para que o homem encontre a vida e o seu verdadeiro sentido. Esta experiência nos revela o valor da nossa existência e que a vida não é um absurdo, não é algo sem sentido, privado de significado e de um senso definitivo, como afirmava Friedrich Nietzsche e afirma muitos dos nossos contemporâneos. Em Cristo, o homem encontra o porquê e o para quê da sua própria existência e experimenta a força do “ordo amoris”, da ordem do amor. Encontra a paz que é a tranquilidade de viver nesta ordem divina. Ou seja, quando tudo está ordenado, o coração inquieto do homem começa a repousar, repouso que só pode encontrar na amizade divina.

Advéniat

Imediatamente após ensinar a chamar Deus de Pai, o Filho amado nos ensina a pedir que venha o Seu Reino. Este pedido não se limita a um simples momento da nossa história, mas deve permanecer sempre presente na nossa oração e na nossa vida, como nos mostra o Apocalipse, que conclui com o pedido esponsal da Igreja: “Amém. Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,20b). Este clamor deve perdurar até a vinda definitiva do Senhor, quando viveremos definitivamente este reinado. De todo modo, este desejo já começa a ser atendido no tempo em que vivemos, tempo particular de manifestação da misericórdia divina revelada na pessoa do Filho unigênito.

Regnum tuum

Esta presença já é um fato, como rezamos na primeira antífona da celebração das vésperas do I Domingo do Advento, que diz: “Transmiti aos povos este anúncio: eis que vem Deus, o nosso Salvador”. Com efeito, Deus vem. Ele é o Emanuel, Deus presente, Deus conosco, como contemplamos no Natal do Senhor. Ele continua presente e está no meio de nós. Pela fé, esperança e caridade podemos realmente senti-lo e tocá-lo. Deste modo, na comunhão eclesial, Ele hoje continua vindo. São Bernardo de Claraval nos fala dessa vinda, “intermediária” e “oculta”, que é para nós “descanso e consolo”, enquanto esperamos a vinda final de Cristo.

Fiat

Diante de tudo o que refletimos e afirmamos acima, não poderíamos deixar de concluir este tema sem falar de Maria, que diante de toda realidade divina, respondeu sempre e definitivamente: “fiat”. Esta é uma atitude tipicamente mariana. Sua atitude existencial a levou a fazer de toda sua vida um espaço de encontro com Deus, em que se realiza a vontade divina, que é o Seu Reino. Por meio deste tempo litúrgico, somos inseridos na graça do encontro com Deus, pois Ele veio habitar no meio de nós e viver conosco. O nosso “fiat” nos permite entrar neste encontro e vivê-lo de forma pessoal e comunitária com Deus. Leva-nos a edificar, criar, construir uma cultura do encontro, como nos diz o Papa Francisco.

Leia o artigo na íntegra na revista Shalom Maná deste mês.

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