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Entrevista com Aurinilton Leão sobre a Difusão da Obra Shalom

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O Setor de Difusão da Obra promoveu retiro de 12 a 16 de fevereiro de 2014, em Fortaleza, com o objetivo de treinar os líderes da Obra Shalom de lugares onde ainda não há presença de missionários da Comunidade. Confira entrevista com Aurinilton Leão, coordenador do setor.

“Tudo começa a partir de um pequeno grupo de oração”

aurinilton difusao da obra– Quem participa do retiro? Quem são as lideranças da Difusão da Obra Shalom?
O Retiro de Lideranças da Difusão da Obra é pensado para pessoas de cidades que ainda não possuem a presença da Comunidade mas que desejam vivenciar o Carisma Shalom.  Então, a forma que encontramos para capacitá-los e dá-lhes uma visão mais completa do Carisma foi um treinamento. Daí a necessidade do retiro e treinamento compactados. A primeira edição aconteceu em 2013.

Nós temos cidades como Linhares (ES), onde a Obra Shalom já tem aproximadamente sete anos. Nessa cidade, temos irmãos da Comunidade de Aliança como missionários. Temos outras cidades como Manaus, cuja presença do Carisma já tem seis anos. E temos outras cidades mais recentes, que começaram no ano passado, como Vitória (ES), Assunção (Paraguai), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS). Também temos Assunção, no Paraguai, visto que a Difusão do Carisma acontece tanto na dimensão nacional, quanto internacional em suas características próprias.

Os participantes desse retiro são, em sua maioria, o responsável pela Obra, pelo processo de implantação e consolidação do Carisma, mais duas ou três pessoas que possam colaborar com esse processo. Nas cidades em que a Obra já está estruturada, vêm as autoridades da própria Obra. Nas cidades onde se está começando, vêm os coordenadores e seus convidados.

– Como acontece a evangelização “no Carisma Shalom” em lugares que ainda não contam com a presença da Comunidade? Como começa a difusão da Obra?

Tudo começa a partir de um pequeno grupo de oração. Essas pessoas interessadas na espiritualidade ou identificadas mesmo com a Vocação Shalom solicitam ao setor da Difusão a abertura de um grupo de oração. A partir deste grupo, começa-se um processo de formação e acompanhamento e, passo a passo, eles começam a desenvolver aspectos da própria Comunidade através da dimensão apostólica. Ou seja, todas as ações apostólicas próprias de cada fase do Plano Evangelizador começam a acontecer nessas cidades, a ponto de, em um futuro breve, essas cidades poderem ter um centro de evangelização e passem a evangelizar tal qual uma missão da Comunidade. O mais interessante desse processo é que começa com as pessoas da própria cidade. Então vem uma graça particular, porque essas pessoas, partindo-se do princípio, do conhecimento do Carisma, elas revivem aquilo que vivemos há 31 anos, que é a própria graça de uma fundação. Então, aquilo que o nosso fundador, Moysés Azevedo, teve há 31 anos é confiada a eles para desbravar uma nova cidade, desposar um novo povo. Essa é uma beleza muito grande da difusão do Carisma.

– Depois desse processo, uma obra de difusão se torna uma missão?

Por um determinado período, nós acompanhamos e vemos o desenvolvimento desse grupo. Vendo que há passos concretos em relação à fidelidade ao Carisma, ao desejo do Carisma, nós iniciamos as dimensões apostólicas, até o momento em que se tornam uma Obra com grupos de oração, com evangelização constante, com Seminários de Vida no Espírito Santo, com todas as dimensões próprias de uma missão. Depois, vem o surgimento da secretaria vocacional, da promoção humana, da secretaria jovem e assim por diante. Estando em condições de se tornarem missões, existe um diálogo com o bispos das dioceses e é apresentada ao Conselho Geral uma indicação de cidades que possam ser futuras fundações da Comunidade. E aí, depois de um discernimento do Conselho Geral, as obras de difusão podem se tornar missões, recebendo a presença de missionários da Comunidade de Vida e de Aliança.

– Houve um marco para essa expansão da presença da Comunidade Shalom em várias partes do Brasil e até em outros países?

Eu creio que o ponto decisivo, que culminou com esse ápice da difusão, foi o Reconhecimento Pontifício em 2007, porque a Igreja, ao reconhecer um Carisma, deseja que esse Carisma se espalhe pelo mundo inteiro como um dom, como é próprio de todas as expressões da Igreja. E a partir de 2008, foi feita uma reestruturação interna da Comunidade onde se começou a falar de forma mais evidente sobre a necessidade de difundirmos o Carisma em vista de sua universalização. Então, surgiu o novo setor, que é o da Difusão da Obra, que é este formato que temos hoje e que promove o retiro de treinamento. Há uma nova missão para a Assistência Internacional da Comunidade, no âmbito também de espalhar o Carisma além do Brasil, e várias outras frentes que fazem parte deste processo da difusão como as Edições Shalom, os meios de comunicação, como o nosso portal, as redes sociais, e tantos blogs. Então, a Comunidade tem se preocupado com a difusão do Carisma. Todas as oportunidades que estão aparecendo nós as temos tomado para ir avançando e implantando o Carisma em locais onde ele ainda não existe, que são os desertos da fé. Então, pode acontecer pela Assistência Apostólica, pela Assistência Internacional, pelos meios de comunicação, pelas viagens do fundador, cofundadora e de outros irmãos da Comunidade, por participações dos padres em retiros da CNBB e outras conferências, e assim por diante. Hoje a Comunidade tem uma nova visão, uma visão estratégica do que significa difusão do Carisma.

Emanuele Sales


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