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Pecado e Salvação: “há algo em nós que deseja o lugar de maior destaque”

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Com o tema “Pecado e Salvação”, Pe. Weber, consagrado da Comunidade de Aliança, realizou a pregação principal deste segundo dia de retiro. Caminhando por Gen 2,8, no qual somos apresentados à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e à Árvore da Vida, bem como a realidade do pecado original a partir de Gen 3,1, no qual é retratado uma “fotografia da vida de todo o homem”.

“Quando nos decidimos por nossos desejos, eles nos encaminham à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, ao nosso intrínseco desejo de nos tornarmos como deuses, como donos de nós mesmos”, afirmou em sua pregação. “Há algo em nós que deseja o lugar de maior destaque”.

Em comparação à essa necessidade vazia de autorrealização e busca por coisas que passam, o padre usou a figura do chester, que só possui o peito estufado, onde nós mesmo queremos nos bastar, buscando “ser a nossa própria paz”.

Numa condução de meditar sobre os frutos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal na realidade do homem, “que somos todos nós, sem exceção”, afirmou que estes são frutos que nos incham de forma a nos tornar donos de nós mesmos. “Quando eu tomo o fruto da árvore que a serpente me oferece, os meus olhos se abrem. Contudo, Jesus nos disse que os nossos olhos são a lâmpada da alma”. Desta forma, o homem passa a olhar para si, voltando sua atenção à sua nudez. “O homem, que buscava orgulhar-se, sente vergonha. O que resta é a vergonha de si”.

Contudo, como se não bastasse esse olhar sobre sua própria miséria, isento de toda e qualquer misericórdia, o homem também se afasta de Deus. “A segunda consequência desse fruto, é o escondimento do homem diante de Deus”, continuou. “A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal têm consequências, mesmo que a árvore em si seja bonita, mas tem seus limites”. Dessa forma, o homem na sua busca incansável de saciamento, se encontra sem rumo, visto que nada o preenche: “Eu quero buscar frutos no topo da árvore, mas já alcancei todos e ela já não pode me levar além”. Assim o homem que buscava a paz em si mesmo, em seu ego, é conduzido para uma abismo cada vez maior.

“A paz não é uma coisa que me divide e separa dos outros, mas ela me reconcilia com outro”. Levando a assembleia a meditar sobre a segunda consequência, Pe. Weber apresentou o real significado da primeira pergunta bíblica: “Deus que estava acostumado a encontrar o homem a esperá-lo, talvez, próximo de uma Jabuticabeira, não o encontra mais e se desespera de amor: ‘Onde estás?’ não é um grito de um Pai que anseia julgar seu filho, mas sim apenas reencontrá-lo”.

Assim, para a salvação desse filho que livremente quis se perder, Deus vê a necessidade de que a Árvore da Vida ressurja, que é a Cruz de Cristo, onde estão todas as graças, todas as virtudes: “Quem vai a Cruz de Cristo encontra tudo o que o coração do homem almeja e procura”.

Por fim, explicou que se não fosse na história do homem, que somos todos nós, a triste escolha pela Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, não conheceríamos a Árvore da Vida, no qual reside o Amor de Deus.

 

 

 

 

Por Jéssica Verônica


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