A multiplicação e a abundância com que o Espírito Santo está derramando os carismas nos mostra que são muito importantes para o crescimento da Igreja (Mons. Uribe Jaramillo), portanto não podemos exercê-los irresponsável e indiferentemente, com desprezo, de forma inconsequente, olhando os nossos próprios interesses, ou dando aos carismas relevo tão singular e único como se fossem bens totais e absolutos sobre os quais não há nada mais excelente e primeiro.
A estima aos carismas não pode nos cegar nem arrastar-nos a dar-lhes o lugar que somente corresponde a Jesus e ao Seu Espírito, doador de todos os dons, o que nos levaria a cometer exageros e ferir a sua autenticidade. Precisamos ter sempre diante dos nossos olhos a finalidade dos carismas que é a colaboração com Cristo na restauração da obra perfeita de Deus na criação. Se é importante para a Igreja o derramamento dos dons, na mesma medida, é importante o bom uso dos carismas.
A humildade e a obediência, como já escrevemos anteriormente, são virtudes fundamentais para uma vida plena no Espírito Santo. Sem a verdadeira humildade, nenhum cristão pode edificar uma santidade sólida e duradoura. Ela é a base sobre a qual se edifica toda a vida cristã que aspira sinceramente a união íntima com Deus (Como usa-los carismas – Benigno Juanes – pág. 37).
O carisma e a virtude
Todos aqueles que são discípulos de Jesus devem percorrer o mesmo caminho que Ele percorreu, e Jesus é o mestre da humildade. “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. Por isso, Deus O exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes” (Fil 2, 5-11). Exercer os carismas na humildade é exercê-los sem exibicionismo, sem buscar prestígio, honra, poder. É se fazer humilde como criança, que reconhece sua pequenez.
É também exercê-lo sem autossuficiência (Mt 18, 3-4) nem individualismo, sabendo que necessitamos da ajuda dos irmãos para confirmar ou discernir a vontade de Deus para o seu povo, reconhecendo que a comunidade é termômetro valioso para comprovar a voz de Deus. É ainda não ter escrúpulos de exercer os carismas, não ter medo de exercê-los, conscientes de que são dons de Deus, que sua manifestação depende única e exclusivamente de Deus, e que somos simples canais de Sua graça.
Bibliografia Consultada
- Bíblia Ave-Maria
- Estudo Bíblico Enchei-vos
- Carismas – Coleção Paulo Apóstolo
- O despertar dos Carismas
- Catecismo da Igreja Católica
- Christisfidelis Laice
- Como usa-los carismas – Benigno Juanes
- Lumen Gentium
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