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Deus tem preparado tudo de forma amorosa, atenciosa e perfeita

Conheci o Fe, meu namorado. Ele ia à missa todo final de semana e, na primeira vez que me contou isso, não sabia realmente se eu achava incrível ou estranho.

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Primeiramente, é importante começar dizendo o quanto é difícil escrever a minha caminhada com Deus e com o Shalom. Não porque seja uma experiência ruim ou difícil (ninguém está dizendo que é fácil rs!), mas porque eu tenho tanto a agradecer e partilhar que fica realmente difícil ser sucinta. Talvez, se eu escrever com uma fonte beeemm pequenininha, ninguém perceba o quanto eu realmente estou tagarelando para dizer uma coisa tão simples: obrigada meu Deus por tudo o que eu sou e ainda serei, pois absolutamente toda a minha caminhada e tudo o que em mim é luz eu devo a Você.

Apesar de sempre ter estudado em colégio católico, ter sido batizada pouco tempo depois de nascer e conhecer a Deus desde que posso me recordar, eu não era uma pessoa devidamente dedicada a Ele, não trabalhava em nossa relação e, honestamente, podia passar dias sem nem ao menos dar-lhe um “bom-dia”. Que bom que nas vezes que a gente se afasta de Deus Ele nunca se afasta de nós.

Conforme fui crescendo, me recordo de ir à missa com a minha avó, mas não era frequente (sou muito grata a ela por isso). Quando tinha mais ou menos 8 anos, comecei a ter mais vontade de ir à missa, mas acredito que nesta época minha avó não morava comigo e meus pais não tinham este hábito, então era um sentimento que ficava apenas no meu coração. O tempo foi passando e eu não fazia realmente nada sobre isso; conversava com Deus, mas isso era realmente meu máximo de dedicação.

Um namorado próximo de Deus​

Anos se passaram e, quando eu paro e olho para trás, chega a ser absurda a quantidade de bênçãos que Deus colocou em minha vida mesmo com as minhas poucas orações. Conheci o Fe, meu namorado. Ele ia à missa todo final de semana e, na primeira vez que me contou isso, não sabia realmente se eu achava incrível ou estranho.

Como assim ele estava deixando de ir comigo ao cinema para ir à missa? Mas, ao mesmo tempo, “vem cá e me conta mais sobre a sua proximidade com Deus!”. Ele foi no primeiro final de semana e eu não quis ir. No seguinte, eu perguntei se podia ir junto. Neste momento começamos a nossa caminhada juntos. Como eu sou grata a Deus por isso.

Depois de um tempo, ir às missas semanais não era mais suficiente e comecei a ter uma vontade muito grande de “algo a mais”. Mas, que “algo”? Íamos a uma capela muito especial, mas não tínhamos uma vida inserida na Igreja e isso fazia muita falta.

No Shalom eu aprendi tanto e tenho tanto a agradecer a tantas pessoas e a Deus pela transformação na minha vida que eu poderia escrever um livro e ainda assim não seria o suficiente

O convite de um padre

Conheci o Shalom por uma providência de Deus. Eu estava em outro Estado viajando com uma amiga quando o avô dela faleceu e tivemos que voltar para São Paulo. Por conta disso, conhecemos o Padre José Edson e nos tornamos bons amigos – minha gratidão a Deus por ter colocado o Padre José Edson em nossas vidas é indescritível. Em nosso primeiro jantar com o Padre, eu e o Fe expressamos o quanto sentíamos falta deste “algo a mais” e ele nos perguntou se conhecíamos o Shalom. Claro que eu nunca tinha ouvido falar.

Em uma época em que eu falava “a Shalom” – e falo até hoje se não me policiar rs – disse para o Fe que a gente precisava conhecer este lugar e o fiz ir comigo no final de semana seguinte para a casa que fica em Perdizes, mas, infelizmente, naquele dia a casa estava fechada. Como eu estava tão inquieta para conhecer o Shalom, eu e o Fe ligamos para o telefone que encontramos na internet 10 vezes (literalmente), mas não conseguimos falar (depois descobrimos que estava tendo um evento em outra cidade e por isso ninguém estava lá).

Retornamos ao site e descobrimos o próximo evento que teria e nos inscrevemos. Era um evento do Projeto Mundo Novo, sobre mindfulness, e fomos assistir perto da  Av. Paulista. Ao final, fomos recebidos pela Marília que nos contou a respeito do grupo de oração e disse que passaria nosso contado para a Amanda (ah, Amanda, que presente de Deus você é na minha vida).

Aprendizados e experiências

Fomos novamente no domingo seguinte para a missa. Cheguei lá e senti realmente que era lá que eu deveria estar. Sem dúvida, mais uma das infinitas graças de Deus na minha vida – foi exatamente isso que eu pensei… até a missa. A missa começou e eu nunca havia ido à uma missa da renovação carismática (aliás muito do que eu vivenciei com Deus e aprendi eu devo ao Shalom).

Achei incrível, até começar a oração em línguas (eu não fazia ideia do que estava acontecendo!), momento este em que olhei para o Fe e ele estava achando tudo muito normal. Nunca imaginei que esta oração poderia me tocar tanto quanto toca hoje. Mais um dos infinitos aprendizados e experiências que tive na Comunidade.

Após a missa teve o grupo de oração. Poderia escrever um texto enorme sobre o grupo de oração porque me permitiu uma caminhada completamente nova e especial com Deus. Além disso, ganhei uma nova família, a família Amariah, e, de repente, os domingos a noite não eram mais de tristeza de começo de semana, mas passaram a ser muito esperados e iluminados.

Outro presente de Deus na minha vida foi a Crisma! Como eu aprendi e cresci em todas as aulas! Poderia escrever outro texto enorme sobre isso. Quando falei com o Matheus (catequista) a primeira vez e descobri que eu era a mais velha da turma, me perguntei se iria me sentir deslocada. Como sabemos, Deus não faz nada imperfeito e, a uma semana antes da Confirmação, percebo que não mudaria absolutamente nada na caminhada que Ele escolheu para mim. Cada aula foi tão importante na minha caminhada, me ajudou tanto a crescer na fé, além de ter conhecido pessoas maravilhosas, que eu sou extremamente grata por ter sido exatamente como foi.

O tempo de Deus é perfeito

Aliás, vou tomar um minuto para falar das minhas diversas frustrações (vazias) quanto ao tempo de Deus. Não sei dizer quantas vezes rezei para Deus pedindo o que tenho hoje e achava que ele não estava me dando respostas. Desde as coisas mais simples como um lugar (eu não sabia qual) onde eu pudesse viver mais para Ele e conhece-lo melhor, até a minha vontade de fazer Crisma e etc. Mas, como sabemos (e nem sempre respeitamos), o tempo dEle é perfeito e hoje eu vejo com grande claridade que era exatamente isto que Ele estava fazendo: preparando tudo de forma atenciosa, amorosa e perfeita para mim.

Hoje, tudo o que eu vivi e ainda vivo na caminhada ao lado dEle, eu não mudaria em absolutamente nada, porque sei o quanto Ele se atenta para que tudo seja no momento correto (independentemente das minhas diversas reclamações que só o amor dEle para me aguentar).

Este ano iniciei meu caminho vocacional, conhecendo a Tay, que foi mais uma das grandes bênçãos que Deus me presenteou nestes últimos meses. Está sendo uma nova jornada detalhista, de muito autoconhecimento e aprofundamento da minha fé. Acredito que nunca busquei tanto ouvir a voz de Deus e rezo muito para que, independentemente do que Ele tenha em seus planos para mim, a minha escuta quanto a vontade dEle nunca mude. Isso é uma coisa que o Shalom vem me ensinado muito a trabalhar.

Para ser sincera, no Shalom eu aprendi tanto e tenho tanto a agradecer a tantas pessoas e a Deus pela transformação na minha vida que eu poderia escrever um livro e ainda assim não seria o suficiente e muito menos faria jus a realidade. Deus sempre me deu muito mais do que eu jamais pude sonhar e com a Comunidade não foi diferente. Eu sinto não apenas a transformação na minha vida, mas, também, na vida das pessoas a minha volta. Estas pessoas veem o quanto eu mudei, percebem o quanto eu tenho algo na minha vida que me faz infinitamente mais feliz e ficam interessadas em conhecê-Lo melhor.

O amor e a dor andam de mãos dadas

Também é importante dizer aqui que o amor e a dor andam de mãos dadas e que, ao mesmo tempo que sempre foi e continua sendo um caminho de amor, também é um caminho difícil e que muitas vezes traz dor. Dor por si só, das mudanças e do autoconhecimento. De saber o quanto Ele faz e o quanto o meu retorno é pequeno. Mas hoje eu sei o quanto eu quero ser o meu melhor para Ele, aos Seus olhos, ainda que isso nunca chegue próximo do quanto Ele é por mim, já que isto eu jamais serei capaz de retribuir.

Como eu disse no começo, tudo isso que eu tentei falar resumidamente (e claramente falhei), a única coisa que eu poderia dizer e que seria uma verdadeira e transparente realidade de tudo o que eu vivo na minha vida e no Shalom seria: obrigada meu Deus por tudo o que eu sou e ainda serei, pois absolutamente toda a minha caminhada e tudo o que em mim é luz, eu devo a Você. Porque tudo o que eu sempre pedi e sempre sonhei, não chegam nem aos pés de tudo o que Você é e faz para mim.

Bárbara Sanches Decara Corrêa Lino
Vocacionada da Comunidade Shalom na Missão São Paulo


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