Eu andava sem querer saber mais de Deus, vivia uma tristeza que me fez passar cerca de seis meses roubando a minha própria vontade de sair de casa. E veja, sempre fui de dançar, tocar e interpretar. Mas não queria fazer nada disso. Percebi que as pessoas que se diziam meus amigos se afastaram do nada. E isso fez com que eu entrasse em uma grande solidão.
Depois de um tempo entrei em um grupo de música Chamado Kairós aonde fiz novas amizades. E a partir delas conheci duas pessoas da Comunidade Católica Shalom, Uberlândia e Hércules, da missão de Santa Rita, que me mandaram o link sobre a audição do jingle do Luau das Tribos e também do corpo de baile. Daí começou a minha caminhada na Comunidade Shalom Missão João Pessoa. E entre ensaios e mais ensaios fui me soltando e cada pessoa que ia conhecendo um sorriso ganhava vida em mim.
Finalmente ao chegar o dia do Luau e tendo os pés sobre aquele palco pude fazer o que mais amo: dançar. Assim consegui transmitir a alegria por meio do meu dom. Sem dúvidas, o Luau das Tribos foi um resgate para mim, o momento em que voltei a estar próximo de Deus. E ter a certeza de que não deixo nunca de dançar, pois sei que enquanto tiver energia estarei naquele palco levando meu dom para outros jovens que como eu um dia possam ser resgatados.
Adalberto Fernandes