Eles já estavam a poucos quilômetros de Belém. José percebeu que a estrela mais brilhante do céu os acompanhou durante todo o percurso e isto o deixou confiante de que tudo estava acontecendo de acordo com o que fora planejado. Tudo ficaria bem. Yeshua nasceria em casa.
Logo que entraram na cidade perceberam o caos. Pessoas gritando por todos os lados, muita gente nas ruas, vendedores oferecendo as maiores novidades da região… uma loucura que parecia não ter fim. E foi naquele exato momento que Maria disse: “José, está chegando a hora do Menino nascer!”.
O Pai e o Espírito estavam unidos ao Filho. E realmente era a hora Dele nascer, era possível perceber pelo rosto do Pai, que esboçava um sorriso gigantesco. O Espírito estava dançando, como era de costume nos momentos de grande festa. Sim! Aqui estávamos todos em festa, pois a partir de hoje os homens teriam Deus entre eles.
José respirou fundo e pensou “Será mesmo?”, mas, com certeza, Maria não se enganaria quanto a isto. Ele olhou a sua volta e se lembrou de que não havia confirmado com seus parentes se poderia ficar com eles durante a estadia em Belém. Foram muitas coisas para providenciar e, como pensara que chegariam antes na cidade, não precisariam se preocupar com a hospedagem, teriam muitas opções.
Mais uma vez, respirou fundo e lembrou de seu primo que administrava uma pousada na cidade e que poderia oferecer um quarto para que passassem a noite. No dia seguinte encontraria um lugar mais aconchegante, com a família.
José ficou feliz
O que José não previu, era que justamente por causa do recenseamento, a cidade estava muito mais lotada do que o normal. Seu primo ficou extremamente sem graça ao dizer que a única opção de abrigo restante era a estrebaria. Apesar de preocupado, quando escutou a notícia, José ficou feliz, disse que era exatamente o lugar que esperava e pediu para que sua prima fornecesse lençóis para que pudesse arrumar um lugar para que sua esposa descansasse.
Aquela felicidade que José sentiu foi inspirada pela Família, que desde o momento em que decidiu que o Filho desceria para encontrar a criação, sabia que Ele precisaria chegar da maneira mais simples que alguém poderia nascer desde o princípio da história. E o lugar era exatamente naquela estrebaria, situada em Belém.
Yeshua nasceu em meio ao som das trombetas e dos coros dos anjos que há muito ensaiavam para este dia. A estrela brilhava mais forte e guiava viajantes do Oriente para que conhecessem o novo Rei dos judeus nascido entre os pequeninos. Um coro específico foi enviado para anunciar a grande novidade aos pastores da região. “Gloria! Gloria! Gloria in excelsis Deo!”. No mesmo instante eles desviaram seus caminhos para a manjedoura em que se encontrava o Menino Deus. É impressionante como os corações dos pequenos são sempre dóceis aos recados do Altíssimo.
O silêncio reinava
Maria ficou com o Menino nos braços, ela não sentiu dor durante o parto, pois não tinha pecado. Mas seu corpo estava pronto para alimentá-lo; seu coração não se continha em si de tanta alegria ao segurar em seus braços o seu Senhor. José ajoelhou ao lado de sua família e se emocionou. “Como Iahweh me amou ao me escolher para cuidar de Seu Filho!”, pensou. Naquele momento o silêncio reinava, nem mesmo o Menino chorava, Ele segura o dedo de sua mãe enquanto escutava o ritmo das batidas de seu coração. Mas aqui, ao contrário, as canções não tinham fim. Mais do que nunca o Espírito dançava enquanto os anjos cantavam. O Pai sorria… e dançava junto com Ele.
A alegria era imensa, nunca sentimos tanto amor por aqui, nem durante a criação, durante aquela que foi a maior explosão de amor, sabe? Nada, em toda a história, se comparava ao nascimento do Amor do Pai que se abaixava para salvar a humanidade. Tenho certeza de que hoje o seu coração também está sentindo um pouquinho da mesma alegria e do mesmo amor que estamos experimentando aqui no Céu, não é mesmo?!
Por Maria Angélica