Já faz mais de 40 dias que viagens, férias, cursos, passeios e compromissos inadiáveis precisaram ser adiados. E adiados por tempo indeterminado. Isso revelou o quanto somos frágeis com a incerteza! Quanta ansiedade e angústia nos invadiu nos últimos dias.
– Filha, a passagem está barata em junho. Você vem de férias?
– Não sei.
– Vamos nos ver naquele evento em setembro?
– Não sei.
– Você ainda vai fazer aquele curso? E aquela viagem?
– Não sei.
Quantos “não sei” foram ditos nos últimos dias? Fomos isolados no hoje! De forma bem concreta, Deus nos dá a oportunidade de só termos o hoje! De acordar e pensar como vou viver hoje no isolamento, afinal, o amanhã é incerto.
Não sabemos, ao certo, quando o isolamento social vai acabar. Mas sabemos que temos o hoje. E por isso, podemos viver, com o auxilio da graça, um tempo muito fecundo no tempo presente, naquilo que temos.
O chronos do isolamento está repleto do kairós, do hoje eterno, do dia que não tem fim. E isso pode encher o meu e o seu coração de esperança! Experimente rezar com isso e acolher essa graça!
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Reze agora com um trecho de um poema de Santa Terezinha do Menino Jesus:
(Só tenho hoje)
Minha vida é um instante, um rápido segundo,
Um dia só que passa e amanhã estará ausente;
Só tenho, para amar-Te, ó meu Deus, neste mundo,
O momento presente…
Como Te amo, Jesus! Por Ti minha alma anseia;
Sejas meu doce apoio por um dia somente.
Reina em meu coração: Teu sorriso incendeia
Agora, no presente!
Que me importa, Senhor, se no futuro há sombra?
Rezar pelo amanhã? Minha alma não consente!
Guarda meu coração puro! Cobre-me com tua sombra
Agora, no presente!
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Lydiana Rossetti