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Me vi necessitado em crescer na intimidade com a Mãe de Deus

Sempre ao chegar na casa minha avó materna, D. Anatilde Assunção Pinheiro, era certo encontrá-la rezando o terço no alpendre, ao final da tarde.

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Celebramos no Brasil, no terceiro domingo de agosto, a solenidade da Assunção de Maria Santíssima. Originalmente, no calendário romano, celebra-se no dia 15 de agosto. Foi em 1950 que o Papa Pio XII definiu “ser dogma divinamente revelado que a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”[1].

Não foi por suas forças que A Cheia de Graça foi assunta aos céus. Deus, em sua bondade infinita, tendo-a escolhido para carregar em seu ventre o Verbo divino, quis que seu corpo fosse poupado da corrupção do túmulo. Não há lógica ou argumentos racionais que possam ser usados para explicar, pois é um ato gratuito e livre de amor de Deus que é Todo-Poderoso. Muito antes, porém, já se celebrava a Festa da Assunção. São Gregório de Tours, falecido em 596, foi o primeiro a proclamar a Assunção corpórea de Maria ao Céu. A festa foi introduzida no calendário romano pelo imperador Carlos Magno no ano de 813, após autorização do Papa Adriano I.

Me chamo Artur Diego Pinheiro de Oliveira, sou consagrado da Comunidade de Aliança Shalom. Mesmo após minha experiência com Deus, eu tive dificuldade em me aproximar de Maria Santíssima; e olhe que fui criado em lar católico… Sempre ao chegar na casa minha avó materna, D. Anatilde Assunção Pinheiro, era certo encontrá-la rezando o terço no alpendre, ao final da tarde.

Não existia um motivo aparente para esta não aproximação. Crescendo e amadurecendo espiritualmente, me vi necessitado em crescer na intimidade com a Mãe de Deus. Eu precisava, como católico, conhecê-la e amá-la, afinal ela também é minha Mãe. Comecei a ler e quanto mais lia, mais curioso ficava. Comecei com livros oracionais como “Um mês com Maria” de Emmir O. Nogueira, entre outros. Quanto mais eu lia, mais eu amava.

Não sei se você percebeu o sobrenome da minha avó. Quando comecei a me aproximar mais da Virgem Santíssima e conheci esta solenidade, é claro que me despertou a curiosidade da relação entre elas. Ao questionar minha mãe, tive uma surpresa enorme: foi um sobrenome escolhido em honra a Virgem Maria.

O sobrenome original da minha família era Chavier Coelho; família de origem judaica, que vieram refugiados da Europa para o Brasil. Ficou incerta a geração; conversando com uma tia, ela ficou em dúvida se foi a quarta ou quinta geração anteriores a mim que, ao chegarem, casaram-se no dia em que se celebrava a festa da Assunção e por isso o novo sobrenome. Mais uma curiosidade de família: nem todas as minhas tias têm esse sobrenome e na minha casa apenas minha irmã o leva.

A providência e bondade de Deus não podiam parar e reservaram mais uma grande surpresa. Com minhas leituras e buscando saber mais e mais, ouvi falar de uma consagração a Virgem Santíssima, mas eu não sabia explicar bem e nem sabia direito como era.

Um dia, conversando com um irmão de caminhada sobre o assunto, ele me apresentou exatamente o que eu procurava: “Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” de São Luís Maria Grignion de Montfort, e junto com ela o livro “As Glórias de Maria de Santo Afonso de Ligório”. No mesmo dia, já combinamos de iniciar juntos os exercícios espirituais. Ele iria renovar e eu me consagrar pela primeira vez na próxima solenidade da Virgem Maria. Não podia ser diferente; após concluir os exercícios, a solenidade seria o dia da Assunção, em 20/08/2006.

Depois de todas experiências e providência divina eu não poderia continuar o mesmo. A presença Dela passou a ser constante e não há como duvidar que Ela está comigo e com minha família, velando-nos, intercedendo e protegendo. A oração do terço, o escapulário e os pedidos de auxílio não podem faltar no meu dia-a-dia.

Referência


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