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Depressão pós-parto: conheça a experiência de quem ganhou nova vida

Acompanhamento médico, pastores do Shalom em casa e muita intercessão fizeram parte do tratamento da depressão pós parto vivida por Thayane Franco.

comshalom
Thayane Franco Cabral

Me chamo Thayane Franco Cabral, tenho 36 anos, casada e faço parte da Obra Shalom há 5 anos. Tenho 3 filhas e o nascimento da terceira coincidiu com a internação dos meus sogros com a covid-19. No pós-parto fui apresentando um cansaço extremo, noites mal dormidas, mudanças hormonais, estresse, mudança na rotina e restrição alimentar, com tudo isso fiquei triste, chorosa. Perdi 17 quilos em dois meses e também o prazer em comer, nada tinha graça, tinha maus pensamentos. Não conseguia dormir, nem de dia, nem de noite, perdendo até a vontade de viver. Chorava o tempo todo e só tinha vontade de ficar deitada. 

Minha família percebeu que eu estava precisando de ajuda e foi aí que comecei com consultas psiquiátricas e medicação. Fui diagnosticada com depressão pós-parto e junto com ela veio a ansiedade e o “toc”. Não conseguia sair de casa para nada, nem na esquina. Ficava paralisada diante de qualquer situação, repetia os mesmos movimentos, tinha pânico de ver muita gente e ruídos.

Ao deitar, meus pensamentos eram muitos e se cruzavam, tinha muita irritabilidade também. Ouvia demais e tudo me incomodava, até o tic-tac do relógio! Realmente cheguei no fundo do poço. Não queria cuidar da minha filha e o sentimento era de rejeição, medo e arrependimento. Me sentia feia, magra demais e meu olhar era perdido, levantava todos os dias nervosa e com os ombros caídos, sem ânimo algum. Minhas outras filhas maiores tinham medo de mim, definitivamente não era eu! 

As sessões de terapia iniciaram, psiquiatra e remédios antidepressivos. Remédios para o humor, dormir, abrir o apetite e também muita oração. Cheguei até a indicação de internação. Minha mãe assumiu a minha filha e se mostrou incansável na luta em me trazer de volta. Ninguém acreditava no que estava acontecendo, nem eu mesma, pois sempre fui uma “fortaleza”, sempre cuidei de tudo e dava conta!  

Uma rede de apoio (família e amigos) foi formada para cuidar de mim. Oração de amigos, pastores do Shalom em casa e muita intercessão fizeram parte do tratamento também. O corpo e o espírito precisavam ser cuidados. Foram dias difíceis não só para mim, mas para todos que me amam. Muitas situações desencadearam a doença: a pandemia, o puerpério e até perdas na família. Tudo aconteceu ao mesmo tempo.

Aos poucos os remédios começaram a fazer efeito, as orações se intensificaram e fui melhorando. Fiquei doente por 3 meses e hoje já não preciso mais dos medicamentos. Aos poucos vou retomando a minha autonomia e posição enquanto mãe, mulher, esposa e profissional. Me considero um milagre de Deus, pois estava morta por dentro. Sou grata a todos que me ajudaram a superar essa doença tão cruel. Espero ainda, com esse testemunho, ajudar outras mulheres que sofrem com a depressão pós-parto.

Imagem disponibilizada por Thayane Cabral.

Por Perlla Andrade, missionária da comunidade de aliança


Comentários

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  1. Glória a Deus pela sua vida! Realmente, quem lhe conhece sabe que você era uma fortaleza, mas tudo que vivemos tem um propósito e esse, comcerteza, tem o objetivo de lhe deixar mais forte e poder ajudar outras pessoas. Glória a a Deus pela sua recuperação estou muito feliz por você!🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏