Hoje vamos meditar sobre a vida de Santa Rosa de Viterbo. Ela viveu numa época de grandes confrontos entre os líderes da Igreja e o imperador. Some-se a isto também vários outros conflitos civis liderados por duas famílias que disputavam o governo da cidade. Rosa nasceu num dia incerto, sabe-se, porém, que foi no ano de 1234.
Seus pais chamavam-se João e Catarina, um casal fervoroso e temente a Deus. A família possuía uma boa condição econômica e tinha uma propriedade na vizinha Santa Maria de Poggio, vivendo com o conforto da agricultura.
Os fatos históricos, mesmo nos registros oficiais, são imprecisos, o que se sabe, porém, é que Rosa teve uma vida breve e incomum. Ela e sua mãe trabalhavam na companhia das Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade. Esse acontecimento foi providente, pois Rosa pôde receber uma sólida educação na fé por meios desses grandes referenciais, desfrutando já na infância a profundidade da espiritualidade franciscana.
Rosa foi uma criança carismática, possuía dons especiais e um amor incondicional ao Senhor e à Virgem Maria. Dizem que com apenas três anos de idade transformava pães em rosas e, aos sete, pregava nas praças, comovendo corações que se dispunham a ouvi-la, mesmo tão pequenina. Aos doze anos ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, por causa de uma visão em que Nossa Senhora assim lhe encorajava.
Uma fiel combatente do exército do Senhor
No ano de 1247, a cidade de Viterbo, na época então optando por permanecer unida ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II. Este monarca era um herege, que negava a autoridade Pontifícia, assim como a dos Sacerdotes, no que tange à absolvição dos pecados e à consagração do Corpo de Cristo. Rosa, assim, teve outra
visão, desta vez, com Cristo que estava com o coração em chamas.
Ela não se conteve e saiu pelas ruas pregando com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade, muitos foram estimulados na fé, e vários hereges se converteram diante do anúncio dessa pequenina. Essa grande serva da Palavra confundia até os mais preparados. Por isto, representava uma ameaça para as autoridades locais. Em 1250, o prefeito a condenou ao exílio. Rosa e seus pais foram morar em Soriano, todavia, mesmo ali sua fama de santidade já havia chegado.
Na noite do dia 5 de dezembro de 1251, Rosa recebeu a visita de um anjo. Esse enviado de Deus disse que o imperador Frederico II morreria. Tudo se cumpriu como havia sido revelado à pequenina e o cruel monarca morreu uma semana depois. Com isto, o poder dos hereges enfraqueceu e Rosa pôde retornar a Viterbo. Toda a região voltou a viver em paz.
Curiosidades místicas de Santa Rosa
Rosa faleceu no dia 6 de março de 1252, simplesmente dormiu e, sem nenhuma agonia, morreu. No mesmo ano, o Papa Inocêncio IV mandou instaurar o processo para a canonização de Rosa. Cinco anos depois, o mesmo pontífice mandou exumar seu corpo e, para a surpresa de todos, ele foi encontrado incorrupto. Seu corpo foi transladado para o convento das Irmãs Clarissas e nesta cerimônia a instituição passou a se chamar convento de Santa Rosa.
Curiosamente, Rosa nunca foi oficialmente canonizada numa cerimônia. Foi “canonizada” pelo povo e a Igreja
consentiu. Tanto que em setembro de 1929 foi declarada, por meio do Papa Pio XI, padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Itália. No Brasil, Rosa recebeu o título de Padroeira da juventude secular dos Frades Franciscanos.
A homenagem litúrgica é realizada no dia de sua morte, mas muitos também comemoram no dia 4 de setembro, dia em que seus restos mortais foram transladados para o mosteiro das irmãs Clarissas, em Viterbo, Itália.
Que Deus abençoe, por intercessão desta serva fiel, todas mulheres. Que a seu exemplo, nunca negociem sua fé ou se tornem escravas do modismo, mas unicamente de Deus e de seu amor perfeito.
Santa Rosa, rogai por nós.
