Hoje vamos conhecer o testemunho de mais um notável irmão na fé, seu nome é Santo Elígio. Esse servo de Deus nasceu em Limoges, no ano de 588, e veio de uma importante e nobre família galo-romana. Elígio tinha uma grande capacidade de trabalho e dominou várias profissões, a vocação religiosa, no entanto, falou mais alto, por isso, abraçou o sacerdócio e foi depois nomeado bispo.
Na cidade de Paris, Santo Eligio trabalhou como aprendiz junto com um outro profissional que confeccionava moedas de ouro e prata para o reino, serviço esse desempenhado com tanta retidão e honestidade, que lhe valeu, diante do rei, funções ainda mais importantes.
Nos tempos de Dagoberto II, filho e sucessor de Clotário II, de quem Elígio foi um dos conselheiros mais influentes, o santo assumiu funções ainda mais importantes, buscando em todas elas a oportunidade de amar a Deus, por meio da promoção de espaços para a fé. Era um diplomata hábil e por mais de uma vez conseguiu evitar conflitos internos do reino, assim como guerras com outros povos. Gozava de tanta confiança junto ao rei, que emitia opiniões não apenas sobre seu governo, mas também acerca de sua vida privada que, por sinal, deixava muito a desejar.
Uma luz radiosa onde passava
Junto com esse empenho na corte, não se descuidou da oração, como homem de Deus que era. Além disso, sempre arrumava formas, diante do status que dispunha, para libertar escravos e socorrer os pobres. Zelou e promoveu recursos para a manutenção de espaços sagrados, capelas, santuários e outros locais sagrados, além de fundar vários mosteiros, entre eles, um perto de Solignac em Limousin, outro dedicado a S. Martinho de Noyon e ainda outro a seis milhas de Arras, numa colina que depois se chamaria Monte de Santo Elói (Santo Elígio).
Em 639, o monarca da época veio a falecer. Elígio, então, pediu demissão de todas as funções que desempenhava e abraçou a vocação sacerdotal. Depois, em 14 de maio de 641, foi sagrado Bispo em Ruão, ocupando a Sé Episcopal de Noyon. Foi, sem dúvida, um grande líder, um grande organizador e um sacerdote cheio de zelo, sabedoria e bondade.
A sua influência de virtudes irradiou para Flandres, Holanda e até, segundo conta, para a Suécia e a Dinamarca. Depois de irradiar tanta luz por onde passou e nas funções e serviços que desempenhou, teve seu encontro com Deus aos 71 anos de idade.
Que Deus abençoe, por intercessão de Santo Elígio, todos os bispos da Igreja. Que, a seu exemplo, saibam usar com sabedoria seu pastoreio, de modo a edificar a Igreja e todos os espaços da sociedade.
São Elígio, rogai por nós.