Ser missionário é um grande dom de Deus. Porém, os frutos, as alegrias e a realização podem ser aparentemente maiores ou menores, dependendo das motivações pessoais que se escondem atrás desse chamado. Por isso, vem bem a calhar o perfil da santa que a Igreja escolheu para ser a padroeira das missões: Santa Teresinha do Menino Jesus.
Essa pequena gigante foi canonizada no dia 17 de Maio de 1925, pelo Papa Pio XI, e, dois anos depois, em 1927, recebeu esse título tão belo de padroeira das missões. Como se não bastasse, a Igreja, por meio de São João Paulo II, resolveu tornar ainda mais destacado o testemunho de Teresinha, proclamando-a, em 1997, Doutora da Igreja.
No primeiro texto desta série sobre a vida missionária, ponderamos que, a princípio, poderíamos nos perguntar: “Por que a Igreja escolheria uma irmã de vida enclausurada, que morreu tão jovem, para ser padroeira das missões, dando a ela ainda, o título de doutora da Igreja?” Respondemos que, entre as possíveis respostas, está a via pessoal de santidade que Teresinha descobriu. A jovem entendeu que o amor é a alma e o sentido de todo o agir cristão. Para Teresinha, não importam quais sejam os desafios, o amor a Deus e aos homens, objeto da predileção do Criador, será sempre a melhor motivação e estratégia de ação.
Amor e disposição para partir
Quis fazer essa introdução, partindo do testemunho de Santa Teresinha, porque há uma pergunta que muitos irmãos, sejam eles da Comunidade de Vida, Aliança ou Obra Shalom fazem: “O que vou fazer na missão? Que serviço, que ministério, que apostolado vou prestar lá? Poderia escolher um serviço específico ou é melhor deixar que escolham por mim?”
Claro, aqui não devemos achar que seja errado perguntar, escolher serviços ou mesmo missões específicas, de modo algum. Porém, talvez não seria o caminho que surpreenderia mais, o caminho de abandono nas mãos de Deus, o caminho dos santos. Então, podemos dizer que a disposição mais “convertida” é a de estarmos abertos e dispostos a partir para onde Deus nos enviar por meio da Comunidade e o apelo da Igreja nos confirmar, dizendo “sim” para os serviços e ações que a Igreja e a Obra Shalom precisarem.
Eu mesmo já vivi a experiência de, após receber um discernimento de mudança de missão ou de um apostolado com o qual não me identificava, levar um choque, mas, depois que passou o susto, as resistências iniciais caíram e a missão foi abraçada, foi possível colher os frutos na minha própria vida e na vida de muitas outras pessoas. Por isso, fica a dica: Sugira, proponha, coloque seus dons à disposição, porém, de coração aberto e abandonado à Providência Divina, para que as necessidades da Igreja e da Comunidade sejam correspondidas. Saiba que Deus, que não se deixa vencer em generosidade, lhe dará cem vezes mais.
Vocacional Aberto 2023
Não tenha medo de fazer a vontade de Deus, no tempo do vocacional é momento de se deixar moldar pelo Espírito Santo que deseja inflamar em seu coração o desejo e o ardor missionário.
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato via telefone, whatsApp ou e-mail.
Que Deus renove em nosso coração o desejo de dar de graça aquilo que de graça e tão generosamente recebemos Dele.
Que o Senhor nos abençoe sempre.
Shalom!