Notícias

Em Budapeste, a rotina mudou com a chegada dos refugiados da Ucrânia

“Nós antecipamos o nosso tradicional despojamento, a gente reuniu roupas e outros itens que poderíamos doar para eles. Nós fomos a uma estação de trem para levar as doações”.

comshalom

“Você tem apenas trinta minutos para arrumar todas as suas coisas e partir para uma nova terra”. Essa foi a orientação que um casal de refugiados da Ucrânia recebeu quando o conflito com a Rússia começou. Esse casal foi, praticamente, o último a sair do país os dois juntos, pois logo em seguida a orientação mudou para que os homens permanecessem e apenas as mulheres e as crianças partissem. Histórias como essa têm marcado o trabalho dos missionários da Comunidade Católica Shalom na Hungria, país que faz fronteira com a Ucrânia. Os missionários têm realizado ações pontuais com os refugiados, levando consolo, esperança e paz aos corações de cada um.

>> Acompanhe a Comunidade Shalom no YouTube

Anderson da Silva, missionário da Comunidade de Vida e responsável pela missão Shalom em Budapeste, na Hungria, partilhou sobre algumas dessas ações que estão sendo realizadas. Antes de apresentá-las, ele comentou que, nos primeiros dias de conflito, era notória a mudança na rotina da cidade de Budapeste, pois, segundo o missionário, uma quantidade significativa de carros transitavam pelas ruas, muitos vindos da Ucrânia. Contudo, ele ressalta que a Hungria tem sido, na verdade, um ponto de passagem, pois os refugiados chegam e ficam no máximo três dias até partirem para outras terras em que trabalhos de acolhimento estão sendo realizados, como a França, a Espanha e a Alemanha.

Refugiados da Ucrânia em Budapeste

Anderson conta que a primeira ação que a Comunidade na Hungria fez com os refugiados aconteceu logo no início da Quaresma.

“Nós antecipamos o nosso tradicional despojamento, a gente reuniu roupas e outros itens que poderíamos doar para eles. Nós fomos a uma estação de trem para levar as doações”, partilha.

Outra iniciativa foi a de ir ao encontro de um grupo de mulheres e crianças que estava sendo acolhido em uma casa de retiro em outra cidade, próxima a Budapeste. Cerca de quinze membros da Comunidade e da Obra foram até o local para passar um dia com os refugiados e realizar diferentes atividades, como brincar com as crianças, ouvir os adultos e levar esperança. A casa foi organizada a partir de uma iniciativa do padre da paróquia em que a missão está inserida. Anderson conta que o sacerdote está muito envolvido com esses trabalhos sociais, buscando ajudar os refugiados. Inclusive, o padre chegou a viver por um tempo na Ucrânia e conhece bem esse povo e suas dores.

Também foi na paróquia, em que a missão Shalom está inserida na cidade de Budapeste, que Anderson e os outros missionários conheceram a história do casal que teve apenas trinta minutos para arrumar tudo e fugir do país.

“Eles tiveram meia hora para arrumar tudo e sair do país. Eles foram praticamente os últimos a sair, pois logo depois houve a lei marcial e os homens precisaram ficar. Eles precisaram colocar os documentos numa mochila e ir embora. O padre conseguiu uma casa temporária para eles”, conta o consagrado.

Além dessas ações concretas, Anderson reforça que as atividades da missão Shalom em Budapeste permanecem sendo realizadas. Além disso, os grupos de oração, as células e também os membros da Comunidade de forma pessoal estão intensificando a intercessão pelo conflito no país vizinho. Essa tem sido, inclusive, uma das principais intenções deste tempo: a paz entre a Rússia e a Ucrânia, mas sobretudo a paz nos corações de todos aqueles que sofrem devido às consequências dessa guerra.

Série Refugiados na Esperança

Leia também | Em Varsóvia, refugiados da Ucrânia encontram consolo, alívio e paz

Leia também | Em Cracóvia, sementes de esperança são lançadas no coração dos refugiados da Ucrânia

Leia também | Em Budapeste, a rotina mudou com a chegada dos refugiados da Ucrânia


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.