As Epístolas escritas por Paulo de Tarso e o Livro dos Atos dos Apóstolos escrito por São Lucas, traçam um retrato notável e surpreendente de São Paulo. É uma alma apaixonada que se consagra sem limites a um ideal. DEUS é tudo em sua vida e a ELE, serve com disposição e lealdade absoluta. Trabalhos, fadigas, sofrimentos, privações, perigos de morte, nada lhe importa, desde que possa cumprir a missão pela qual se sente responsável. Nenhum empecilho poderá separá-lo do amor de DEUS e de CRISTO.
A circunstância de seu chamado pelo SENHOR lhe inspirou imensas e santas ambições: quando confessa sua solicitude por todas as Igrejas; quando declara haver trabalhado mais que os outros; quando piedosamente exorta os fiéis a imitá-lo. Não por orgulho humano, mas em face de uma legítima altivez de um humilde santo: ele se considera o último de todos, por ter sido o perseguidor de CRISTO e por isso mesmo, atribui unicamente à graça do CRIADOR as grandes coisas que aconteceram por seu intermédio.
Encerrado nas prisões, ele não se desesperava. Lembrava-se das palavras do SENHOR que lhe antecipava sofrimentos e aflições que teria de passar, por causa do Nome de DEUS. Por isso, elevava-se a um plano que lhe permitia consolidar as suas amplas perspectivas da fé, alcançando uma profunda paz interior, ao mesmo tempo em que era amparado pelo SANTO ESPÍRITO, no permanente combate contra todas as tribulações.
O Apóstolo nos faz compreender, que a felicidade não se encontra em nossas débeis mãos, nem se mede pelos nossos méritos pessoais tão insignificantes. Antes, ela procede de um ato de amor eterno e de uma escolha da graça Divina. Foi o CRIADOR que nos escolheu e não fomos nós que O escolhemos. Escolheu cada um de nós desde a eternidade, e essa escolha guardou-a por assim dizer como um segredo, no interior do Coração Divino, até o dia em que nos chamou à existência e à luz da fé. Por esse ato eterno, o SENHOR fez de Paulo o seu Grande Apóstolo, o Apóstolo dos Gentios, que soube agradecer ao “chamado Divino” com seu empenho e sua maior dedicação, da mesma forma que sempre soube responder ao Amor de DEUS, com o seu modesto, mas sincero amor, até o último instante de sua vida.
A pregação de Paulo é o verdadeiro “querigma” apostólico, ou seja, ele proclama o CRISTO Crucificado e Ressuscitado conforme as Sagradas Escrituras.Sua pregação , embora tenha falado aos gregos e judeus, foi direcionada à conversão dos pagãos de todas as raças, na linha universalista inaugurada em Antioquia. Ao longo de sua existência sentiu bem próxima a presença de JESUS: primeiro, na ocorrência de sua conversão próxima a Damasco e depois, em diversas ocasiões, quando foi favorecido com revelações e êxtases.
Nas pregações, ele desprezava os artifícios de linguagem, procurando ser simples, direto e autêntico, não se preocupava com o poder da eloqüência humana para alcançar êxito na sua missão, mas entregava tudo ao poder da Palavra de fé, em muitas ocasiões confirmada pelos sinais do ESPÍRITO SANTO.
Embora as Epístolas de São Paulo não sejam Tratados de Teologia, mas resposta e soluções, para situações concretas que ocorriam nas Comunidades Cristãs que ele fundou e sabiamente soube orientar, serve para além delas, a todos os fieis de CRISTO. São ensinamentos preciosos e luzes que esclarecem e fundamentam pontos da doutrina cristã, sobretudo colocando em agradável evidência, a TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, o Divino ESPÍRITO SANTO. A teologia de Paulo não foi elaborada por sobre tratados de religião e nem construída somente sobre o acontecimento de sua conversão. Mas se desenvolveu conforme uma linha contínua, sempre em evolução, sob a inspiração e o impulso do Divino PARÁCLITO, que verdadeiramente dirigiu todo o seu apostolado.