“Filho de Deus pelo desejo e poder de Deus, nasceu verdadeiramente de uma Virgem” (S. Inácio de Antioquia, “Carta aos Magnésios”, 110 dC).
“E novamente, como Isaías havia expressamente previsto que Ele nasceria de uma virgem, ele declarou o seguinte: ‘Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e seu nome será chamado «Deus-conosco»’.. A frase ‘Eis que uma virgem conceberá’ significa certamente que a virgem iria conceber ser ter relacionamento. Se ela tivesse relacionamento com qualquer um que fosse, ela não poderia ser virgem. Mas o poder de Deus, vindo sobre a Virgem, a encobriu, e a induziu a conceber, embora ainda permanecesse Virgem” (S. Justino Mártir, “Primeira Apologia”, 148-155 dC).
“A Virgem Maria mostrou-se obediente ao dizer: “Eis aqui tua serva, Senhor; faça-se em mim conforme a tua palavra”. Entretanto, Eva foi desobediente; mesmo enquanto era virgem, ela não obedeceu. Como ela – que ainda era virgem embora tivesse Adão por marido… – foi desobediente, tornou-se a causa da sua própria morte e também de todo gênero humano; então, também Maria, noiva de um homem mas, apesar disso, ainda virgem, sendo obediente, se tornou a causa de salvação dela própria e de todo o gênero humano… Assim, o problema da desobediência de Eva foi eliminado pela obediência de Maria. O que a virgem Eva causou em sua incredulidade, a Virgem Maria eliminou através da sua fé” (S. Ireneu, “Contra as Heresias”, 180-199 dC).
“A Virgem Maria, tendo sido obediente à palavra de Deus, recebeu de um anjo a alegre notícia de que iria dar à luz ao próprio Deus” (S. Ireneu de Lião, “Contra as Heresias V,19,1”, 189 aD).
“Apesar de permanecer virgem enquanto carregava um filho em seu ventre, a serva e obra da sabedoria divina tornou-se a Mãe de Deus” (Efraim o Sírio, “Canções de Louvor 1,20”, 351 aD).
“O Verbo gerado do Pai do céu, inexpressavelmente, inexplicavelmente, incompreensivelmente e maneira de eterna, nasceu há tempos atrás da Virgem Maria, a Mãe de Deus” (S. Atanásio, “A Encarnação do Verbo de Deus 8”, 365 dC).
“Se alguém disser que a Santa Maria não é a Mãe de Deus, ele está em divergência com Deus. Se alguém declarar que Cristo passou pela Virgem como se passasse por um canal, e que não se desenvolveu divina e humanamente nela – divina porque não houve a participação de um homem, e humanamente segundo a lei da gestação – tal pessoa é também herege” (S. Gregório de Nanzianzo, “Carta ao Sacerdote Cledônio”, 382 dC).
“Nos ajuda a compreender os termos “primogênito” e “unigênito” quando o Evangelista diz que Maria permaneceu Virgem “até que deu à luz ao seu filho primogênito” [Mt 1,25]. Nada fez Maria, que é honrada e louvada acima de todas as outras: não se relacionou com ninguém, nem jamais foi Mãe de qualquer outro filho; mas, mesmo após o nascimento do seu filho [único], ela permaneceu sempre e para sempre uma virgem imaculada” (Dídimo o Cego, “A Trindade 3,4”, 386 DC).
“Entre todas as mulheres, Maria é a única a ser, ao mesmo tempo, Virgem e Mãe, não somente segundo o espírito, mas também pelo corpo. Ela é mãe conforme o espírito, não d’Aquele que é nossa Cabeça, isto é, do Salvador do qual ela nasceu, espiritualmente. Pois todos os que nele creram – e nesse número ela mesma se encontra – são chamado, com razão, “filhos do Esposo” [Mt 9,15]. Mas, certamente, ela é a mãe de seus membros, segundo o espírito, pois cooperou com seu amor para que nascessem os fiéis na Igreja – os membros daquela divina Cabeça – da qual ela mesma é, corporalmente, a verdadeira mãe” (S. Agostinho, “A Virgindade Consagrada 6,6”, 401 dC).
“Entretanto, quando eles perguntaram: ‘Maria é a mãe de um homem ou a Mãe de Deus?’, nós repondemos: ‘De ambos’. O primeiro pela natureza do que ocorreu e o segundo pela relação. Mãe de um homem porque era ser humano que estava e que saiu do ventre de Maria; e Mãe de Deus porque o homem que nasceu era o próprio Deus” (Teodoro de Mopsuéstia, “A Encarnação 15”, 405 dC).
“Agora, herético, você dirá (qualquer um de vocês que negar que Deus nasceu da Virgem) que Maria, a Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, não pode ser chamada de Mãe de Deus, mas somente de Mãe de Cristo e não de Deus, porque nenhuma mulher – afirmará você – pode dar à luz a alguém mais velho do que ela própria. A respeito deste estúpido argumento […] deixe-nos provar por testemunhos divinos de que tanto Cristo é Deus como Maria é a Mãe de Deus” (João Cassiano, “Sobre a Encarnação de Cristo contra Nestório 2,2”, 429 dC).
“O próprio Verbo, vindo por sua vontade à Bem-Aventurada Virgem, assumiu para si o seu próprio templo da substância da Virgem e saindo dela, fez-se completamente homem de modo que todos pudessem vê-lo externamente, mas sendo verdadeiramente Deus internamente. Portanto, Ele preservou sua Mãe virgem mesmo depois dela ter dado à luz” (S. Cirilo de Alexandria, “Contra aqueles que não desejam professar que a Santa Virgem é a Mãe de Deus 4”, 430 dC).
“Assim como os marinheiros são guiados ao porto por uma estrela, também os Cristãos são guiados ao céu por Maria” (S. Tomás de Aquino).
Também os “reformadores” [protestantes] foram fiéis defensores de Maria:
“Creio firmemente que Maria, conforme as palavras do Evangelho que afirmam que de uma Virgem nos nasceria o Filho de Deus, permaneceu sempre pura e intacta Virgem durante e depois do nascimento de seu Filho” (Ulrich Zwinglio, citado em “Corpus Reformatorum” v.1, p.424).
“Ele, Cristo, nosso Salvador, era o fruto real e natural do ventre virginal de Maria… Isto aconteceu sem a participação de qualquer homem e ela permaneceu virgem mesmo depois disso” (Martinho Lutero, “Sermões sobre João”, cap. 1 a 4, 1537-39 dC).
“[Maria é a] maior e a mais nobre jóia da Cristandade logo após Cristo… Ela é nobre, sábia e santamente personificada. Jamais conseguiremos honrá-la suficientemente” (Martinho Lutero, “Sermão do Natal de 1531”).
“É uma doce e piedosa crença esta que diz que a alma de Maria não possuía pecado original; esta de que, quando ela recebeu sua alma, ela também foi purificada do pecado original e adornada com os dons de Deus, recebendo de Deusuma alma pura. Assim, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo pecado” (Martinho Lutero, “Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus de 1527”).
“Certas pessoas têm desejado sugerir desta passagem [Mt 1,25] que a Virgem Maria teve outros filhos além do Filho de Deus, e que José teve relacionamento íntimo colo ela depois. Mas que estupidez! O escritor do evangelho não desejava registrar o que poderia acontecer mais tarde; ele simplesmente queria deixar bem clara a obediência de José e também desejava mostrar que José tinha sido bom e verdadeiramente acreditava que Deus enviara seu anjo a Maria. Portanto, ele jamais teve relações com Maria, mas somente compartilhou de sua companhia… Além disso, nosso Senhor Jesus Cristo é chamado o primogênito. Isto não é porque teria que haver um segundo ou terceiro [filho], mas porque o escritor do Evangelho está se referindo à precedência. Assim, a Escritura está falando sobre a titularidade do primogênito e não sobre a questão de ter havido qualquer segundo [filho]” (João Calvino, “Sermão sobre Mateus”, publicado em 1562).
“Não se pode negar que Deus escolheu e destinou Maria para ser a Mãe de Seu Filho, garantindo-lhe a mais alta honra. Isabel chama Maria de “Mãe do Senhor” porque a unidade da pessoa nas duas naturezas de Cristo era tal que ela poderia ter dito que o homem mortal gerado no ventre de Maria era, ao mesmo tempo, o Deus eterno” (João Calvino, citado em “Corpus Reformatorum” v.45, p.348).